quinta-feira, 2 de abril de 2009

Back in time. A time I'd never lived.

Alguns dias atrás, numa festa conheci uma Francesa e seu amigo, também, Frances, duas figuras pra lá de especiais, primeiro que o cara é estudante de medicina e divide seu tempo em aulas de circo e serviços comunitários, bom com a bolsa auxílio da França para os estudantes de medicina, nada mais justo ele dar um pouco de volta para o "pobre" povo Francês. Ela uma estudante de música, acho que é trompete, nem lembro o nome de mais nada a esta hora da noite, madrugada, eu sei que é um instrumento de sopro, uma super “fofa”, carinhosa, atenciosa e engraçada.
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Bon, nos conhecemos numa noite de terça e no final de semana seguinte ela ficou de nos encontrar, (Deb e eu), no Teta, mas não rolou, então ficou marcado um jantar de despedida na casa da minha amiga, super bonitinha, cozinha super bem. Saio da facul e vou pra lá, chego num horário legal porque acabei não tendo as duas últimas aulas então ainda deu tempo de ajudar nos preparativos finais do jantar, bebemos, comemos e o tal moço Francês neste dia estava mais falante e menos bêbado, a moça mais calada e menos bêbada também, rolava uma taba-de-leve, todos aquendando menos eu, é sou careta.
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Telefone toca ele atende, tenta falar em francês a pessoa do outro lado nada de entender, fala em inglês muito menos, tenta um espanhol, quase, então ele me dá o telefone, era um fulano confirmando uma festa de despedida para eles num apartamento no centro da cidade. Eu perguntei pra ele se eles iam, ele disse que sim e nos convidou pra ir junto. (arroz de festa lembra?)
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No caminho ele foi me explicando quem era o anfitrião e onde tinham se conhecido, na mesma festa que eu e minha amiga os conhecemos, tudo explicado, descemos no metro Praça da Sé, eu com o edi na mão, muita Elza por lá, então junta a bolsa perto do corpo, segura o colar de pérolas e anda rápido, dois quarteirões pronto.
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Estava já me preparando pra cair num cortiço afinal agente, sem querer, tem um pouco de preconceito com o centro, na verdade eu adoraria morar por lá e depois de ver a casa do cara, pirei, uma sobre loja antiga bem pertinho da praça, com uma escada muito longa até a parte superior, pé direito altíssimo devia ter quase doze metro de altura, janelas grandes que iam do chão até um metro do teto e que se abriam para uma balcony pra rua, muitos desenhos, esculturas, maquetes para instalações de arte, poucos móveis via-se claramente que tudo ali foi buscado em cantos diferentes da cidade, casa de amigos, bazares, feiras de antiguidades e afins. Engraçado chegar numa festa àquela hora meia noite e ainda ter criança correndo pela casa, mas sei lá né, cada um cada um.
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Festa bacana, o dono da casa um "genDelman" (créditos to Meliss). Gente bonita, descolada, cerveja quente, a geladeira não dava conta de gelar a cerveja, naquele abre e fecha desvairado, esse encontro é muito interessante, o cachorro uiva, alguns desenham e outros tocam, mas tudo meio que sem ordem, me lembra muito coisa de filme americano dos anos oitenta, muitos artistas, perdidos, modelettiisss, músicos, adés e hts numa convivência tranquila, taba, otim e padê, na era do “extasy” eu achei que as pessoas não usavam mais padê, ta Aloca que não me deixa mentir, nem tem mais tanta fila no banheiro por lá. Sei lá, só sei que vi coisas super "diferentes", pra quem se coloca apenas de otim, ver 16 pessoas num banheiro de 2X1m, com o chuveiro ligado e molhando as mãos enquanto gerações mais novas seguravam um livro de Frida pro povo mais velho “correr para dentro com a linha” sei lá, de repente (eu só bebi) eu me vi em outra época em outra cidade talvez NY com meus cabelos topetudos, brincos de corrente, maquiagem nos olhos, minha calça super apertadinha, minha camiseta cortada em gola canoa e meu tennis allstar ao som de Madonna cantando no fundo “Like a Virgin”.
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(Aurelia playing the sound is really bad but is a good remembrance)

(somanythigstodosolittletime)

quarta-feira, 1 de abril de 2009

Pois é!

Gente do céu vocês acreditam que esse bixão de 1,2 m, estava dentro de um cachorro?
Pois é, o bicho, foi descoberto pelo propietário do cachorro. Barry um Golden de 2 anos estava muito mau, todo dia evitava comer sua ração e com o passsar dos dias começou a ficar pelos cantos da casa, não brincava mais com os filhos do dono e começou a vomitar sangue, o dono percebeu que o abdômen do cão estava inchado e levou o cachorro ao veterináro.
No ultrassom descobriaram algo estranho, decidiram abrir o pobre cão e retiraram o maldito de dentro dele este bixinho ai da foto que é um verme marinho da espécie Eunice aphroditois,. Até agora ninguém sabe como foi parar dentro do cachorro.
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(Primeiro de Abril dia da Mentira)

Ando tão atrasado!

Acabei de conhecer, virtually, o artista, cantor e compositor uruguaio Jorge Drexler, e curti muito, apesar de não ser sua composição "Al otro lado del Rio" a primeira música em espanhol a ganhar o Oscar de melhor canção no filme de Walter Salles - Diários de Motocicleta e nem a música "Soledad" com Maria InRita, olha que assisti o filme e nem me lembro da canção ganhadora, mas adorei essa.

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Antes.
Composição: Jorge Drexler
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Antes de mí tu no eras tu,
antes de tí yo no era yo.
Antes de ser nosotros dos
no había ninguno de los dos,
no había ninguno de los dos.
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Antes de ser parte de mí,
antes de darte a conocer,
tú no eras tú y yo no era yo,
parece que fuera antes de ayer,
parece que fuera antes de ayer.
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Antes que nada
yo quiero aclarar
que no es que estuviera,tampoco pasándolo mal antes.
(tampoco estaba pasándolo mal antes)
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Pero algo de mí, yo no supe ver
hasta que no me lo mostró,
algo de tí, que quiero creer
que no vio nadie antes que yo,
que nadie vio antes que yo
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Después de todo
lo que quiero es decir
que no entiendo como podía vivir antes,
no entiendo como podía vivir antes
no entiendo como podía vivir antes
no entiendo como podía vivir
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Antes de mí tu no eras tu,
antes de tí yo no era yo.
Antes de ser nosotros dos
no había ninguno de los dos.
Antes de ser parte de mí,
antes de darte a conocer,
tú no eras tú y yo no era yo,
parece que fuera antes de ayer,
parece que fuera antes de ayer.
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Antes de irme
yo debo decir:
yo también pensaba que era feliz
antes
(pero)
No entiendo como podía vivir antes.
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(Antes - Jorge Drexler)


(...)

terça-feira, 31 de março de 2009

O Dia Seguinte: 35

O sol brilhava forte do lado de fora, conseguia ve-lo apenas como um filete que insistente furava o bloqueio de suas cortinas blackout. Isso a deixava puta, mais puta ainda ficava quando acordava sem lembrar como chegou em casa, olhou rápido para o lado e deu graças a Deus por não ter nenhum estranho ou conhecido por perto, então olhou pro criado mudo e o relógio digital com números vermelhos piscava em 00h00min, deve ter faltado luz no meio da noite pensou.
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Procurou seu relógio de pulso e ele não estava, achou estranho por não se lembrar de te lo tirado do pulso, tocou sua barriga e notou que estava totalmente nua, achou estranho, pois sempre dorme de camisola sem nada por baixo. Então tentou levantar sua cabeça, mas doía, maldita ressaca, eu devo ter bebido pelo menos umas 12 margueritas pra ficar assim, nos últimos anos sua resistência tinha aumentado muito. Tentava lembrar-se da noite anterior, a única coisa que lembrava era de ter saído com a galera do trabalho pra comemorar seu trigésimo quinto aniversário, apesar da idade era uma mulher bonita, todos achavam que ela parecia uns 26, 27 anos, não era magrela, tinha curvas nos lugares certos, cabelos bonitos e brilhantes, passavam um pouco dos ombros, lábios cheios, seios fartos.
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Tentava lembrar com força enquanto passava a mão pelo seu corpo, então soltou um aiii! Bem baixinho, levantou o lençol para olhar, havia um roxo no seu seio esquerdo que doía um pouco. Puta que pariu! Caralho que merda eu fiz desta vez? Sem pensar na dor de cabeça, decidiu ir ao banheiro se olhar no espelho, gosto de cigarro na boca, mas eu não fumo, merda, chegou ao banheiro usou dimmer pra não se assustar, de uma vez, com seu reflexo, abriu a torneira e deixou a água escorrer enquanto se observava. Fora a maquiagem borrada, cabelos despenteados e esse maledito roxo no peito ela ainda parecia a mesma, se não fosse por esse sorrisinho no seu reflexo, achou estranho, não era mulher de fazer caras e bocas, na verdade era bem plain, gerente de uma pequena empresa "familiar", divorciada aos trinta e sem namorado, quase nunca saia de casa, se dedicava muito à familia e aos sobrinhos.
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Decidiu lavar o rosto com água fria pra ver se aquele maldito smirk smille saísse de seu rosto, sabonete para ajudar retirar o restinho de maquiagem e bastante água, ainda de olhos fechados e cabeça abaixada esticou a mão e alcançou a toalha enquanto secava o rosto levantava seu corpo suavemente para não por muita pressão na cabeça.
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Tirou a toalha da frente do seu rosto e se olhou no espelho e aquele sorrisinho sínico ainda estava lá no canto da sua boca. Meu Deus, devo estar ficando doida, isso deve ser involuntário, eu não sinto meu corpo fazer isso, será derrame, AVC, a puta que pariu... minha cabeça ainda dói. Correu até a bolsa para pegar um frasco de Tylenol para tomar, tomou logo uns três, queria ver a dor de cabeça não passar agora.
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Pois água na cafeteira e duas fatias de pão na torradeira. Ao se virar em direção e geladeira, para pegar a manteiga, notou algo diferente do habitual, em meio às fotos dos sobrinhos e sobrinhas estava presa por um imã uma folha de caderno que dizia:
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Essa foi a melhor noite da minha vida, você é incrível. Era teu aniversário, mas quem ganhou o presente fui eu.
Obrigado
Quando quiser repetir me liga 5555 7330
Um grande beijo.
Pedro.
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Caralho um homem esteve na minha casa, nossa nem lembrava quando foi a última vez, pensou na bagunça que fizera tentando achar uma roupa pra ir trabalhar no dia que completava seus trinta e cinco anos, seu nécessaire revirado no banheiro, seu estojo de maquiagem jogado em cima do sofá, echarpes, jaquetas, tudo empilhado em cima da poltrona no quarto e no pé da cama suas roupas da noite anterior. Se sentiu naughty.
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De repente parou e pensou bem, caralho eu não conheço nenhum Pedro, além do meu sobrinho de dois anos, será que ligo pra perguntar quem era, imagina o mico, pensou em ligar pro porteiro do prédio e perguntar, mas achou que ficaria feio fazer isso, então pensou em ligar pra uma amiga do trampo, mas ela foi a ultima, todas as garotas foram embora mais cedo, tentou lembrar dos homens. Qual deles poderia ligar pra perguntar, lembrou do amigo gay que sai com o chefe, mas pensou que ele podia comentar alguma coisa com chefe e desistiu. Ai ela lembrou. Além do chefe, o namorado do chefe, os dois moços da contabilidade, o velho do back office o único outro cara que estava lá era o office boy de 18 anos, um metro e oitenta e oito de altura, loirinho bombado recém chegado do sul, cabelos lisos, olhos verdes, boca carnuda, coxas grossas, mãos grandes, lhe deu até calor. Ele se chama Pedro.
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Ficou feliz por escolher, ou ser escolhida pelo o homem mais bonito da festa, uma pena ele ter apenas dezoito anos, mas bobagem na idade dele não é ilegal, entendera então o por que aquela cara conhecida, sua própia, tinha algo diferente, se sentiu feliz, afinal nem lembrava mais quando algo assim tinha acontecido e se não fosse pelo bilhete nunca lembraria desta vez também. A dor de cabeça até passou, pegou o bilhete e foi até o telefone, iria agradecer pela carona pra casa e propor que fizessem tudo de novo, só que desta vez ela iria estar sóbria.
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(Quando menos esperamos, algo incrivelmente estúpido ou fascinante acontece na vida. Tua, minha,deles, dagente, para que correr do tempo se é só do tempo que precisamos)
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