sábado, 7 de março de 2009

Curves in all the right places.

Dou graças a Deus em não ser mulher. Mas não posso negar minha admiração e amor por todas que conheço e que estão em minha vida. E meu, puta que pariu né? Não deve ser fácil! Por todas as outras coisas e ainda mais por essa ditadura do corpo “perfeito” e da imagem de beleza padronizada e exacerbada a um contexto que foge da realidade, nem todas as mulheres tem o corpo à La Bündchen. Veja bem não acho que ela seja feia, alias pelo contrário mulherão. Mas existem outros, mulherões, modelos de outro tipo de beleza também, só que diferente deste embutido pelas grandes revistas de moda. Como a modelo brasileira famosa lá fora e desconhecida pra muita gente, ela é uma modelo plus size Fluvia Lacerda igualmente bela, só que cheinha. E eu acho ótimo que existam outros modelos de beleza, além das capas da Vogue, Bazar e Elle. Pra outras mulheres que não fazem parte deste padrão e são felizes do jeito que são.
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É, outros padrões, como em quad
ros e esculturas do colombiano Fernando Botero, seus homens rotundos e suas mulheres grandes que em alguns quadros estão nuas e em poses sexies, claro que a primeira vista parece haver um ar cômico em seu trabalho, mas observando bem se percebe sua critica à nossa sociedade, sua inércia e estática, como em seus quadros que criticam os EUA e a postura de alguns soldados, (tortura, humilhação e agressão), para com os prisioneiros da guerra do Iraque. Não consigo me imaginar, como artista e pessoa, sem sua influência, sua crítica político-social me encanta, pela forma que abre os olhos das pessoas, mesmo que elas não consigam absor-ver o que ele mostra pelo menos ele consegue embutir um novo padrão estético em alguns. Um artista e sua obra não mudam o mundo, mas podem de uma forma sutil, ou não, contestar os hábitos e costumes de nossos povos e sociedades. E acredito que se estivermos de olhos abertos para tentar entender ou pelo menos aceitar as diferenças, o artista já conseguiu um pontinho.
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Feliz dia Internacional da Mulher a todas que fazem parte de minha vida, mas em especial a todas que fogem dos “padrões” impostos.
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(Mika - Big Girl)


(Ô lá em MI-KAsa)

sexta-feira, 6 de março de 2009

Ilusões. Uma vida. Três amores, uma escolha.

Tenho 37 anos e sómente agora muitas coisas fazem sentido pra mim, percebi que vivera uma vida muito boa, até então. Sempre tive tudo, até mesmo o que não quis. Estudei nas melhores escolas, viajei quase o mundo todo à custa do esforço e dinheiro de minha família.
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Família essa que descobri que não era minha de verdade, bom era de verdade, pois era a única que conheci, mas mesmo assim nossa relação não era de sangue. Descobri isso há dois anos quando minha mãe faleceu. Antes de morrer ela me pediu pra continuar visitando meu pai e nunca sentir raiva dele por nenhum motivo. Ela me disse que fui adotado ainda muito pequeno. Mas não falou mais nada além disso, porque não ter raiva de meu pai?
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Meu pai sempre foi um homem muito carinhoso com seus amigos, mas nunca me deu muita atenção, sempre achei que ele não gostava muito de mim. Minha mãe, muito carinhosa, era quase uma esposa japonesa, sempre andava atrás dele nunca ao seu lado. Ele lhe dava muitos presentes, pra mim também.
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Ele falava pouco. Era muito bom em dar broncas, sempre exigiu muito de mim, às vezes parecia que ele tinha raiva de mim, eu sempre fui livre pra fazer o que queria, mas eu tinha que ser bom na escola, nos esportes, e principalmente nas aulas de piano. Nas noites de sábado, antes de sair com os amigos, era obrigado jantar com meus pais e depois do jantar, tocava sempre uma música no piano para ele, só nestes dias achava que ele gostava de mim. Ao acabar ele beijava a mão de minha mãe, me dava um beijo na testa e ia dormir; Falava; maravilhoso filho, cada vez melhor, mas ainda tem que praticar mais.
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Mas já faz alguns dias que ele se foi, havia ficado por um tempo em um asilo, uns cinco anos antes de minha mãe morrer ele já havia ido pra lá. Com meu trabalho e todas as viagens, eu ia pouco ver meu pai, mas depois que minha mãe morreu comecei visitá-lo uma vez por semana. Todo sábado no final do dia, levava comigo uma fita cassete com a gravação de uma música tocada no piano por mim. Me doía um pouco velo daquele jeito.
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Numa sala meio escura sentado em uma cadeira em frente uma janela muito grande ia do chão ao teto, parecia esperar por alguém, sempre com a luz do dia morrendo atrás de sua silueta. Suas mãos brancas e enrugadas pareciam sempre frias e seus olhos verdes, sempre estáticos. Alguns dias ele estava inerte em seus pensamentos e outros bem lúcido me chamava pelo nome e foi aí, nestes dias de lucidez, que comecei entender o passado.
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Ele falava sempre de um Beto e da saudade que sentia do tal melhor amigo dele por muitos anos, Carlos Roberto Bianchi, que havia sumido no mundo faz muito tempo. Ele era um homem muito bonito, alto, forte, com seus olhos azuis e cabelos loiros, mas andava sempre sozinho, não era casado e nunca casou pelo que sei. Ele viajava muito com minha família, viagens internacionais e nacionais, praia e fazenda, mas lembro muito dele na fazenda, ele e meu pai saiam a cavalo e passavam horas fora, às vezes o dia inteiro.
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Lembro que no começo minha mãe reclamava um pouco, mas distraia-se conversando com o peão, eu morria de ciúmes dele (Beto), com ele meu pai parecia mais feliz, eles riam muito juntos, dava um pouco de raiva, pois ele conseguia arrancar, com cochichos, risadas estrondosas de meu pai. E eles se tocavam muito, eu nunca achei estranho nada disso, por que cresci com isso, mas morria de inveja de Beto que recebia mais atenção que eu.
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Foi no meu aniversário de vinte e um anos, que vi Beto pela última vez, eu já estava um pouco bêbado e vi meu pai e ele na sacada conversando, eles pareciam na verdade discutir por algum motivo, gesticulavam muito, mas sempre num tom baixo, só lembro de ouvir Beto dizer: Ele já tem vinte e um, agora é a hora! Meu pai respondeu: Você não entende, não me faça escolher. Beto foi embora deixando meu pai falando sozinho e com seus olhos cheios de lágrimas. Eu voltei pra dentro de casa e nada falei ou perguntei.
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Aquela havia sido a última vez que vi Beto, até o dia do enterro de meu pai, dezesseis anos depois, ele ainda é um homem bonito, o tempo não apagou de seu rosto o mesmo ar calmo que tinha, muitas rugas e marcas sim, mas aqueles olhos nunca perderam o brilho.
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E quando ele me disse: Menino, precisamos conversar. Senti minhas pernas tremerem sabia que talvez fosse melhor deixar o passado no passado. Mas também sentia muita curiosidade em saber por que ele sumira por tantos anos. Peguei em seu braço como meu pai fazia, e o convidei para tomarmos um café.
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Andamos para um restaurante meio que butequin na Dr. Arnaldo próximo ao cemitério, sentamos perto da janela, calados, ele só olhava o movimento dos carros e das pessoas passarem apressadas. Num instante ele me fitou nos olhos e disse: Teu pai te amava muito, do jeito dele mas te amava. Ele abriu mão de muita coisa, aliás tua mãe também.
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Abri a boca pensando em dizer algo, mas aqueles olhos calmos, controlavam minha boca, fechei e ele continuou:
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Seu pai foi um homem muito bem sucedido em sua carreira, diretor geral da América latina de uma grande empresa Americana, mas isso gastou muito sua alegria, muitos problemas, naquele tempo era diferente, ele teve que casar-se contra a vontade. Foi quando sem querer conehcemos tua mãe, ela era do interior, sem familia, veio pra São Paulo com sonho de ser atriz, mas acabou onde muitas meninas novas e sem familia acabam, pela vida, e numa noite andando pela Augusta após o teatro, nós a conhecemos, era uma noite fria de inverno e ela, recostada num carro parado, tremia dentro de suas roupas reduzidas, tinha dezessete anos e era muito bonita, anbiciosa, angelical e com o frescor da juventude, ficamos com pena dela e a convidamos pra tomar um café quente.
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E daí em diante, a vida dela, do teu pai e a minha mudou para sempre, ela precisava de um lar, teu pai de uma esposa e eu por amor estava disposto a aceitar qualquer coisa para velo feliz. Eles se casaram, seu pai foi promovido e transferido para a sede em Atlanta, eu fui junto, mas eles achavam que eles precisam de mais cobertura para aquelo “ato” então tua mãe se fingiu de grávida enquanto eu girava pelo inteiror à procura de uma criança para adotar, mas sem que ninguém soubesse de nada, o dinheiro cala as bocas mais famintas, foram longos nove meses, mas no oitavo mês, tudo deu certo, seu pai pegou a diretoria.
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E assim voce surgiu, filho de mãe solteira que morrera no parto, sem familia alguma pra tomar conta de voce e estes teus olhos amendoados, brilhavam pra mim, voce é tanto meu filho como filho deles eu te escolhi. Misto de raiva e e surpresa fazia girar minha cabeça, sentia vontade de levantar e sair correndo, chorando, minha vida, não, a vida deles tinha sido uma grande farsa.
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Aquela noite de seu aniversário de vinte e um anos e queria obrigar teu pai a largar tudo e finalmente dar continuidade ao nosso velho sonho, ir embora do Brasil, morar longe de tudo isso aqui, da família dele, dos compromissos com o escritório, faltava pouco pra ele se aposentar, eu queria fugir das paixões tóxicas de tua mãe e da influência que elas tinham em teu pai, ele ficava deprimido, pensavamos em levar você, mas isso sabiamos que seria dificil, voce já era adulto, podia ficar só. Mas teu pai jamais te abandonaria, nem mesmo por amor.
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Foi ai que fui embora, fui morar numa pequena casinha no interior e depois de dois anos tentando em vão convencer teu pai, decidi, eu, ir morar na Itália, seu pai quem me ajudou comprar minha casa lá, disse que essa seria minha parte no divórcio. E nunca mais nos falamos desde de então. Tua mãe me visitava sempre que queria fugir do teu pai, riamos muito lembrando do passado e das tolices dele, ela sempre trazia fotos tuas, me falava de tuas conquistas, dos teu casos e eu sempre tive muito orgulho de você.
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Eu não sabia o que dizer, não sentia raiva, apenas pena deles três. Tentava me imaginar no lugar deles três ou de pelo menos de um deles, no final das contas eles tiveram, ao mesmo tempo, tudo e nada, como deve ser sofrido fazer certas escolhas, me escolher, por isso entendo como meu pai era exigente comigo e com todos, o quanto ele me dava oportunidades de tentar as coisas e exigia que fosse bom em cada uma delas, por isso fez vista grossa em minha fase bissexual que passou super rápido, ainda bem, e eu achando que os enganava, todos esses pensamentos correram minha cabeça enquanto Beto tomava folego pra continuar:
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A vida é cheia de sacrifícios, não tenha raiva de teu pai por todas estas mentiras, ele amou tua mãe, mas nunca a tocou, ele me amava e disso tenho certeza, e o entendo, mas mais que tudo ele sempre te amou muito mais do que nós dois, viveu mentiras gigantescas e abriu mão da própia felicidade pra ficar perto de você.
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(Para BPN e FB e todos os outros que acreditam em sacrifícios e amores)

quarta-feira, 4 de março de 2009

Não se cozinha arroz de festa.


Depois de alguns acontecimentos toscos da vida. Andava de bode de sair de casa. Precisava ficar só comigo mesmo. Acho que às vezes, somente às vezes é bom, tinha também aquele lance de inferno astral e tal. Mas eu sei que não consigo ser diferente do que sou, sou do mundo e do povo, adoro estar por aí e conhecer gente. Assim, voltei a aceitar todos os convites. Terça-feira uma dear amiga (Debbye) que já estava, quase, desistindo de me convidar para os “eventos” me chamou pra ver a apresentação de uns curtas, do grupo Coletivo Cultural Baobá, três curtas muito bons, teve um que me comoveu muito “Os Sapatos” de Aristeu Luiz René Guerra-São Paulo, 2008, 17’, ótemo, mas enfim a festa não tinha só isso, foi na Casas das Caldeiras um espaço muitíssimo interessante, tinha DJ (bem alternativo) com um set list só de brasilidades e muito boas, exposição de arte, meio que instalações que eu adoro, e muita free cachaça, gente bonita, doida, depois de brincar de vira-vira (cachaça) com hot argentinos, e conversar, muito, em inglês com uma francesa linda, sai turvo de lá por volta das cinco e trinta da madruga, da manhã, who cares.
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Tudo muito bonito, muito “mara”, mas no dia seguinte, não, três horas depois, às oito, tinha que, encontrar uma amiga (Ráh) pra ir num lançamento de uma coleção de tecidos do grupo Advance Têxtil, fino tá, foi no Buffet Tôrres, comunidade Judaica em peso compareceu, um povo chique sabe. Naquele calor, quase todos de preto básico, (eu também, no meu caso foi a pressa). Minhas olheiras até o pé, bafo de pinga e ressaca de cigarro, praticamente todo cagado, havia dormido duas horas apenas, mas valeu, pra caralho, a pena, muitas idéias, tecidos lindos, modelos melhores ainda, rolava um desfile de moda praia, fitness, fashion, underwear, tinha até um ator da Globo desfilando, mas abafa. Na verdade, ultimamente tá tudo valendo, convite pra Batizados, Bat Mitzvahs, vou. Velório, Casamento vou. Raves, Roubadas, Sambão no morro. Tô lá nêgo.
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Porque no final das contas “constipada ficava a tua vó”.

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(Esse foi o único video que dá pra ver alguma coisa, Uila, Debbye, Thi, Fê e o resto do povo)

terça-feira, 3 de março de 2009

Eita comidinha boa.

Era antes do almoço e já com tudo pronto. Depois de quase um mês de silêncio, falta de grana, reclamações sobre a vida e tédio, vendo as moscas pousarem no balcão. Decidiu que só sabia fazer aquilo mesmo, não ligava mais, se as carolas vizinhas iriam dizer sobre ela.
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Pegou um monte de panfletos e falou ao João pra arrumar o resto e esperar por ela, havia pensado em uma coisa, que talvez pudesse ajudá-los. Subiu correndo as escadas na lateral do quintal, que levavam pra parte de cima do sobrado.
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Tomou um longo banho em sua banheira vitoriana, pétalas de rosa e essência de leite de cabra. Secou seus cachos com a toalha, sem calcinhas e sem sutiã, vestiu seu vestido mais curto e mais vermelho, sabia que teria que ser assim, só assim se sentia, ela, como sempre foi. Dona da situação.
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Passou um perfume americano, importado, made in china. Mas é importado do mesmo jeito. Pensou. Pendurou sua bolsa a tira-colo. Pegou suas chaves e trancou seu portão lateral. "O Zé" só olhava, sabia que podia confiar na mulher.
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A carola na janela da casa ao lado lhe espiava e quando viu o vento bater e levantar seu vestido. Logo correu fazendo o sinal da cruz, e foi ter com a outra vizinha que cantava enquanto varria o seu quintal. João observava bravo, quase bufando.
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- Desavergonhada, esse marido deve ser um corno mesmo.

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- Ou é froxo, já num deve dar no coro, falou a outra.

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João pensou em falar algo, mas a mulher olhou pra ele e piscou. Ela fingiu não ouvir sabia o que tinha que fazer. Foi praquele ponto de ônibus frente à construção. Sabia que era questão de minutos, era só esperar o vento bater, sabia que eles sentiriam o cheiro, do seu desespero, de longe.

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E assim foi, começam os assobios, beijos mandados pelo vento em sua direção. Eles já estavam na mão, sorriu com o seu próprio pensamento. Começou sinalizar pra que eles descessem dos andaimes. Ela não tinha medo do que podia acontecer, seu desespero era maior.

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E eles foram se empilhando em volta dela, como sacos sujos de areia, ela lhes esticava as mãos com os folhetos. Elogios, deve ser boa mesmo, vontade de experimentar. Ela ria e se fingia de tímida, vamos lá então.

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João não acreditou quando viu aquele monte de homens seguindo sua mulher de volta, ria de alegria e felicidade, parecia que as coisas iriam se acertar daqui pra frente, ele mesmo já não se importava mais com o falatório das vizinhas.

-Essa é a melhor comida caseira do bairro com certeza! Concordava ele, recebendo os pedreiros em seu humilde restaurante.

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(Ela era moça da vida mesmo, até o dia que conheceu João e eles se apaixonaram, mesmo assim, ainda não era fácil, a vida, ela fazia falta na zona não só porque era bonita, mas também porque era a melhor cozinheira de lá)
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Leigo.

Um dia um professor de arte nos EUA estava muito bravo sobre uma crítica que fizeram à um new comer new yorker artist, ele disse: "Os leigos em arte deveriam se concentrar no todo e não nas pequenas partes.Por que o todo define o artista e suas técnicas e as pequenas partes definem apenas as técnicas do momento e não o artista." Mesmo acreditando que pequenos gestos também são importantes digo o mesmo aos leigos no assunto AMOR se concentrem no todo e não nas pequenas partes.

Don't. Do.

Don't say a word. They might be listening.
Don't dance. They are watching.
Don't think; they have mind readers.
Don't sing. It might bother them.
Don't laugh. They don't like happiness.
Don't look or you'll be blind. They don't like to be seeing.
Don’t make a move; they'll nail you on the floor.
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You might lose your tongue.
They might break your legs.
They want eat your brain.
You could be mute forever.
You could lose your sight. It'll be memories.
You could be stuck in time.
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But 'll always be unhappy if I don’t do any of those things.
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(That won't do for me)

segunda-feira, 2 de março de 2009

Vento Ventania

(Biquini Cavadão)
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Lê, Lê, Lê, Lê, Lê, Lê, Lê...
Vento, ventania
Me leve para
As bordas do céu
Pois vou puxar
As barbas de Deus
Vento, ventania
Me leve prá onde
Nasce a chuva
Prá lá de onde
O vento faz a curva...
Me deixe cavalgar
Nos seus desatinos
Nas revoadas
Redemoinhos...
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Vento, ventania
Me leve sem destino
Quero juntar-me a você
E carregar
Os balões pro mar
Quero enrolar
As pipas nos fios
Mandar meus beijos
Pelo ar...
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Vento, ventania
Me leve prá qualquer lugar
Me leve para
Qualquer canto do mundo
Ásia, europa, américa...
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Lê, Lê, Lê, Lê, Lê, Lê, Lê....
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Vento, ventania
Me leve para
As bordas do céu
Pois vou puxar
As barbas de Deus...
Vento, ventania
Me leve para
Os quatro cantos do mundo
Me leve prá qualquer lugar
Hum! Me deixe cavalgar
Nos seus desatinos
Nas revoadas
Redemoinhos...
Vento, ventania
Me leve sem destino
Quero mover
As pás dos moinhos
E abrandar o calor do sol
Quero emaranhar
O cabelo da menina
Mandar meus beijos pelo ar...
.
Vento, ventania
Me leve prá qualquer lugar
Me leve para
Qualquer canto do mundo
Ásia, europa, américa...
.
Lê, Lê, Lê, Lê, Lê, Lê, Lê....
.
Me deixe cavalgar
Nos seus desatinos
Nas revoadas
Redemoinhos
Vento, ventania
Me leve sem destino
Quero juntar-me a você
E carregar os balões pro mar
Quero enrolar as pipas nos fios
Mandar meus beijos pelo ar
Vento, ventania
Agora que estou solto na vida
Me leve prá qualquer lugar
Me leve mas não me faça voltar...
.
Lê, Lê, Lê, Lê, Lê, Lê, Lê....
Me leve mas não me faça voltar...
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(Biquini Cavadão - Vento Ventania)

(A bit nostalgic)