quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Ciranda

Caí nessa ciranda de um corpo só
Meu corpo foi ao chão sem dó.
Sem mãos para dar
Sem sorriso para olhar
Passa pelo meu corpo o vento à soprar.
Caí nesta ciranda,
Que não é de criança
Meio infantil como tal
Mas, sem música no final.
E vejo o mundo
Girar em volta
E as coisas que não tem volta.
Largo minha mão solta
E sem sorriso na boca.
Um olho fechado
E outro fita o passado.
Caí de gaíato nesta ciranda.
E ela não gira nem anda.
Deixa o gosto de saudade.
Mas, lamantar não cabe mais nesta idade.
Não quero mais, ter em mim maldade.
Quero apenas dar adeus à infelicidade.
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Bode.

BODE!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Um bode preto cruzou a estrada.
Poxa mais um?!
Atropela ele.

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Gira, Pára, Corre

(E o tempo corre veloz, atrás dele segue o vento, ele, o vento, não tem tempo, ele, o tempo, tem pressa na carona do vento.)
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Esses dias atrás forcei a barra e acabei descobrindo algumas coisas que não deveria saber, acabei encaixando algumas peças que faltavam neste quebra-cabeça. Um pouco decepcionado sim, mas isso em parte é culpa minha também, faz parte. Talvez tenha sido melhor assim, por que acabei sentando e reavaliando um monte de coisas que deveria ter prestado atenção há muito tempo atrás.
E com isso tudo me deu uma saudade de uma amiga que está longe, que não participa de meu dia a dia, mas que me conhece bem, e sua visão crítica dos fatos ocorridos nestes últimos tempos, ela tem razão em dizer o que diz (muita coisa eu fingia não ver) e eu uma besta em não ouvir.
Mas nunca é tarde pra prestar atenção nas vozes que estão dentro da gente e nas vozes dos amigos que nos querem bem. É bom deixar a chuva molhar, correr pra tentar acompanhar ou simplesmente parar e deixar todo o resto girar em volta.

Você me faz falta.
Obrigado amiga.
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(Queria poder dizer tudo o que penso, mas não posso. Por isso guardarei em mim este momento.)

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Na dança da solidão (Marisa Monte)

(Release my soul of far gone old dreams; refresh my wishes to a fair away land, the land of forgetting what doesn’t do any good to remember.)

Solidão é lava
Que cobre tudo
Amargura em minha boca
Sorri seus dentes de chumbo...

Solidão, palavra
Cavada no coração
Resignado e mudo
No compasso da desilusão...

Viu!
Desilusão, desilusão
Danço eu, dança você
Na dança da solidão...

Camélia ficou viúva,
Joana se apaixonou,
Maria tentou a morte,
Por causa do seu amor...

Meu pai sempre me dizia:
Meu filho tome cuidado,
Quando eu penso no futuro,
Não esqueço o meu passado
Oh!...

Desilusão, desilusão
Danço eu, dança você
Na dança da solidão
Viu!
Desilusão, desilusão
Danço eu, dança você
Na dança da solidão...

Quando vem a madrugada
Meu pensamento vagueia
Corro os dedos na viola
Contemplando a lua cheia...

Apesar de tudo existe
Uma fonte de água pura
Quem beber daquela água
Não terá mais amargura
Oh!...

Desilusão, desilusão
Danço eu, dança você
Na dança da solidão
Viu!
Desilusão, desilusão
Danço eu, dança você
Na dança da solidão...

Danço eu, dança você
Na dança da solidão...

Desilusão! Oh! Oh! Oh!..

(Paulinho da Viola)

(No comments about that!)


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