sexta-feira, 21 de agosto de 2009

No final da estrada há um lago.

Por grande parte do caminho eu andei livre, havia caminhos paralelos e adjacentes, cruzamentos e bifurcações. Mas na dicotomia da dúvida estranhamente escolhi este caminho, começou florido, teve muito sol, dias quentes, mas não muito quentes. quentes o suficiente para andar sem suar. Conforme os quilômetros foram passando, eu com minha mania de olhar pra tudo e querer tudo, cheirei algumas flores e coloquei algumas pedras e tocos nos bolsos. E caminhei e caminhei, não via nada a frente, somente o que havia nas laterais e continuei beijando e catando, flores, sal, água, dores, cobras, amores, sapos, garoa, pássaros, ervas, poeira, lua, pedras, mais pedras. Perdas. Quando o caminho começou se estreitar, suas laterais agora eram cercadas, não havia modo de voltar, lá final só havia o lago, mas eu não sei nadar, mesmo que soubesse, estava carregando muitas coisas comigo, muitas pedra e tocos nos bolsos, acho que afundaria. E em meio ao medo de não conseguir e ficar parado com os pés na água me sentindo empurrado. Fiz o que achei mais óbvio... Tirei toda minha roupa e me joguei na água tentando boiar... E os ventos me levaram pra longe, muito longe...
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(Fiquei a noite inteira neste sonho, "ainda bem" que a parte que durou mais foi a parte de boiar inerte na água empurrado pelo vento)

Alice who?!

(You might think u still have some points left... But my game with u is over.)


quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Mil pensamentos sobre uma mesma idéia.

Quando, pela cabeça, me passa a idéia de tua pele encostando-se à minha logo fico confusa. Uma mistura de imagens e sensações. Boas! E quando isso realmente acontece todos os sinais de perigo são mostrados... Sinais que idicam que as coisas vão além do que conseguimos absorver, disolve-se em saliva e gozo. Amolece as pernas ao final do jogo, vem uma preocupação sobre o que deviamos ou não deviamos fazer. O que achamos e não encontramos, uma ocupação constante. Mas para que não se ocupar e se preocupar com coisas assim tão boas. Porque rotular algo que nem se sabe o que é ou porque acontece... Se não foi o que era pra ser, por que não ser o que quer? Túmido e úmido é esse pensamento não do que foi e sim do que simplesmente é.
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(Não sou vádia, mas me misturo as cachorradas gostosas da vida)

Que?!

Dorme pouco, passa o dia inteiro arrastando os pés, mas tem que ser rápido, não pode parar, no restaurante da esquina, come no carro, dentro do vagão do metrô ou na fila do busão para poder dar tempo de fazer tudo. Falar com amigos, talvez pela internet, naqueles dez minutos que tira durante o horário do almoço, ou então por celular enquanto corre de um lado para outro, às vezes no metrô o sinal pega, às vezes aproveita parado no meio trânsito, às vezes fica com vergonha, quando no ônibus, e as pessoas carrancudas olham em sua direção. Sempre sorri para elas, mas nunca recebe nada de volta, mas pelo menos elas param de olhar, mas não de escutar. E quem te escuta quando você não tem tempo de escutar você mesmo? Ainda no banho a noite enquanto se questiona para aonde a vida vai te levar e da saudade que sente do contato físico de um abraço amigo e também de um beijo amante, sente-se cansado, desmotivado, pensa que daqui a algumas horas terá que acorda e hoje ainda é Segunda. Terça, quarta, neste dia às vezes um happyhour com colegas do trabalho, para criar aproximação e quebrar a semana ao meio, mas pra quem bebe muito pra esquecer, isso pode quebra as pernas. Continua na quinta com sono, cansado, cheio de coisas pra fazer essa semana se tornou curta, mas ainda tem mais um dia... Sexta que te anima, faz tantos planos, mas o dia tem tão poucas horas e no final dele, talvez, ver seus amigos queridos melhore o mau humor se não estiver muito cansado pra fazer qualquer coisa e só pense em ir pra cama dormir até segunda feira no horário de começar tudo de novo.

Confissões

Falo baixo em teu ouvido quase como um sussurro de confissão...
Confissão de um desespero tímido que tomou meu coração,
começa como garoa fina como vi naquela idade.
Cresce como chuva forte e vai virando tempestade.
Molha mil beijos de bocas quentes,
entreabertas e carentes.
Mastigando meu silêncio, apressado em vaidade.
Amor pequeno talvez até de falsidade.
Talvez como quem se faz um favor como uma auto-piedade.
Corri quarteirões inteiros de água do mar debaixo de chuva,
Observo enxuta,
em espelho de reflexo das confusões desta cidade
Reflete minha face ao fundo de teus verdes olhos em saudade.
Pura tolice de corações.
Também compreendo tuas confissões.
Mas sei que é melhor assim,
Enquanto de olhos abertos ainda olhas pra mim.



(Pouca vaidade não é bom, vaidade em excesso é muito pior)

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

London London

O tempo está passando a hora está chegando, o coração está diminuindo e batendo mais rápido se o meu está assim imagino o teu e o dele.

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(Cibelle Londo London)

Cibelle -Uma delícia de vóz que ecoa gostoso em meus ouvídos.

Foda-se

Ufa! Que coisa né? É bom sentir se leve, de uma forma esquisita talvez, mas já nem me importo mais. Não sei o que tem acontecido, mas tenho dito muitos “foda-se” ultimamente. E acho ótimo, ótimo por que eu andava muito preocupado com coisinhas bestas. Minhas aulas na faculdade já re-recomeçaram, minhas aulas no cursinho também, tenho feito dois turnos no “caminho da sabedoria” e aonde este caminho vai me levar? Foda-se! Não sei, eu só sei que hoje, vou de peito aberto pra qualquer direção. Conheci umas pessoas que me afeiçoei muito rápido, esse é meu novo “moto”, vou destrancar todas as portas. Abrir todas as janelas e deixar a luz entrar se é do sol ou da lua, foda-se.
É bom não ter mais aquela maldita aflição (bipolar, daqui a pouco pode aparecer outra fase, mas foda-se), na verdade ando meio cansado e hoje ainda é terça feira, mas foda-se. Peguei muito transito hoje por causa da chuva, escorreguei e cai no centro da cidade, plena Praça da República, naquela água suja do vai e vem do pisar das pessoas, levantei olhei em volta todos olhavam debaixo dos guardachuvas, comecei rir sozinho e continuei meu caminho. Esse semestre terei apenas aulas que não curto, tenho pouca grana pra sair para baladas, nunca me senti tão VIP (very incredible poor), comprar regalos para mi pies, que gosto tanto, vai demorar um pouco. Mas meu, de verdade, seja lá o que acontecer daqui pra frente. FODA-SE!

terça-feira, 18 de agosto de 2009

Answer

A weird good feeling is giving me goosebumps in the back of my neck. And I have to tell you dear. The last time we talked everything was said in a freakish vogue, it hit me in such bad way. It wasn’t my cup of tea. You know how they say: “Anger is only one letter short of danger”. I was angry, you were angry, we were blood foolish. From my part this is over now.
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That letter I wrote you today, it was for real and it was very sincere, I really hope all said, I noticed that I had spent so much time thinking about things from past and it wasn’t doing me any good and I bet you must have felt the same.
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So now I think I’m able to let it go, will not forget the good parts but I’ll put a stone on top of the rest that doesn’t matter anymore. So my life shall go forward and I hope yours goes forward too. .
(If in another life we were "closer" in this one we go separate ways)

Pare.Olhe. Escute.


Pare, não mova um milímetro nem pra lá, nem pra cá.
Olhe, em meus olhos quando falo com você.
Escute, o som que de dentro do meu peito pulsa.
Parado. Olhando em teus olhos. Escutando tua voz.
Penso em quanta besteira foi dita, por minha boca e pela tua, por não querer escutar.
Pense em quantos passos errados foram dados, em caminhos opostos em direção ao nada.
E cada vez mais longe,
escuto que dentro de mim ainda existe algo.
Que fica inquieto.
Que fica cego.
Que fica surdo a todo resto, quando você está por perto.
Então parado tento fazer sentido daquela voz que me pede pra fechar os olhos ao passado.
Mas ele me faz alvo, me perseguindo rápido sem dar ouvidos ao meu lamentar.
Eu te coloquei nesta situação por não conseguir enxergar.
Eu me tirei desta situação por não querer escutar.
E assim sai disso tudo por não querer parar.
Sei que um dia foi isso que te pedi... Mas hoje faço tudo ao contrário.
Não paro. Não olho. Não escuto.
(E nesta vida algumas ruas sempre se cruzam...até mesmo quando o mapa não faz sentido, velhos endereços de uma cidade fatasma, aqui dentro de mim.)

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

O tempo vai se consumir me tornando em pó.

E de pó em pó aspirado pelas narinas me traz pra dentro de ti.
Pó, micro partículas de um corpo carmim.
Em pó, absorvido pelos poros, áspero em pele macia de mim.
E de dentro de ti pó. Pó, sobras de um tempo sem fim.
Pó que se mistura ao meu tédio sentado no banco daquele jardim.
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Sem pó, por que batido pelas mãos.
Tudo será pó, te deixarei a solidão
Arrastado pelos pés que se arrastam ao chão.
Aparece mais pó. Pó de estrada, caminhando na contramão.
Nas orelhas ouço pó de boca seca e barulho de cão.
Cão que ri distante, no escuro da noite e, ele ri da solidão.
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Pó no vento e redemoinho.
Entortando árvores pelo caminho.
Estas não me deixam sozinho.
Mas, hoje, meu corpo pó solto ao vento.
Que se desfaz da ausência e do tempo.
Corpo e tempo se tornam pó e somem na noite em um dançar calado e lento.
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(Água torna pó em lama)