sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Wrong Options and Bad Doings


E eu que não tinha muito... Agora contemplava minhas outras opções, alinhadas uma a uma (como balas no pente) em minha frente, pouco restara pra escolher, pouco restara da própria escolha. Senão tudo que se pode esperar de uma escolha errada. Nada parecia promissor a não ser o tiro certeiro de uma roleta russa ao inverso.


Eu que deixei minha sombra zombar de mim, mesmo, dando passos a meia luz, pândega, (Arrependida), traído pelos próprios pensamentos e imaginação, achava muita coisa, metade verdade, metade mentira, sempre dividi o que tinha, como se fosse, só meu. (outra opção errada, a-certo). Oprimido pela esperança, de refresh em refresh, nada entrava na minha caixa e-mail, nem mesmo os torpedos de bom dia, ou o cantar do “corujão”. Agora que me (se) fodam todos os outros... Torpedos promocionais, não quero concorrer a carros! Não quero tickets para ver shows que não consegui, durante toda a madrugada, comprar o ingresso.


Olhava pelo vidro embaçado da porta, sua voz era distorcida (...), (Não, não é uma arma; é apenas a fivela do meu cinto), como as imagens da casa de espelhos do circo. É, é mesmo, tudo palhaçada. A vida toma rumos, os quais o palhaço desconfia e freira grita (de horror aos pensamentos pronunciados), cansado de olhar pra trás esperando que você me seguisse até aqui. Mas nada escorreu morro acima.


Nada, por vezes pode ser mais abrangente que tudo, por que tudo se define e nada, nada se pode esperar. É como uma queimada que abaixo consome tudo (de saudade) (aqui dentro), quem tem asas voa e quem tem pernas corre e só ficam as brasas e cinzas. Um sopro pode apagar uma vela, mas não pode apagar um incêndio. Pelo menos não este aqui.

Nos embalos do Youtube.

Um grande amigo o Bolog escreveu um post super legal e inteligente sobre o Youtube, eu concordo com tudo o que ele disse apesar de só conhecer a história, de como começou, através dele. Então achei que seria legal falar do lado B do youtube.
Muita coisa bacana e curiosa existe lá, diferente do Myspace pagina de relacionamento que também é um site de divulgação de novos artistas. No Youtube encontramos sempre aquela musica e vídeo que gostamos, aquela “old school” que não se acha mais nem o CD, talvez por que era da época do vinil, sei lá.
Tem coisas bizarras também como os vídeos “2 girls 1 cup” ou “2 girls 1 finger”, mas eu nunca assisti, fiquei curioso pra saber do que se tratava, mas nunca achei o vídeo só a reação das pessoas, que não é nada boa. Deve ser horrível, mas ainda assim estou curioso se alguém souber o que é me conta?
Mas, uma das coisas que mais me diverte no Youtube, são as pessoas que viram celebridades instantâneas, alguns só no cyber space e outros chegam a TV em horário nobre sendo entrevistados em talkshows, bem coisa de americano, seja lá porque fez um cover brilhante de uma canção conhecida, ou por que copiou a coreografia de um vídeo de uma cantora qualquer.
Achei dois vídeos que curti, um é engraçado (Troy Miller), pelo desapego com a self consciousness e outro por que o cara (Single Man) é muito bom mesmo. Eu conheço o vídeo original da Beyoncé e ele dança igualzinho.


quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

"Quem Fo De Bem Sai Saindo!"

Não sei se vocês sabem, mas eles estão despejando os moradores do Edifício Mercúrio, nas imediações do Mercado Municipal, pois ele e seu irmão siamês o São Vito serão demolidos para dar lugar a uma praça.

Sinto pelas as famílias de bem que ainda residem no tal prédio, o Natal ta ae gente! Podiam esperar até que ele passasse, depois do Ano Novo, talvez. Imagino que criar filhos dividindo corredores, escadas e elevadores com marginais, prostitutas e afins, é ruim, mas ficar no meio da rua é muito pior.

O prédio construído nos anos 50 ta detonado, feio, pixado, considerado uma das maiores desgraças paulistanas, (uma favela vertical), com 24 andares e 84 apartamentos, ainda assim está com sua estrutura intacta. (não dá pra controlar quem mora ou deixa de morar lá).

É impossível falar apenas do que se sabe e entende, não sei muito e pouco entendo de certas coisas. Mas, sei que um dia, anos atrás conheci um garoto loiro de olhos azuis que havia sido largado pela mãe. E uma moça, colega de trabalho, da mãe, o pegou pra criar junto com seus outros dois filhos, ela é negra (o politicamente correto é afrobrasileira?). Era mãe solteira (mas, tinha vários namorados que a ajudavam) e com todas as dificuldades e podendo passar por outras mais com um filho branco, (tem que dar muita explicação para as pessoas), sem vacilar pegou o menino abandonado, pela amiga, pra criar.

Ele morava num prédio próximo ao "Treme-treme", e às vezes quando ia visitá-lo era divertido ficar olhando todos os tipos que viviam e passavam pelo prédio, observávamos as putas atendendo seus clientes em um andar, a pianista em outro. Em sua frente, homens trocavam papeis com outras pessoas que passam de carro e famílias saiam com várias sacolas e barracas indo trabalhar na 25 de Março.

No terceiro andar, ouvíamos o cantar rouco de uma travesti e víamos o penar da senhorinha aposentada que olhava o resto da vida passar, junto com o barulho dos caminhões vindo do CEASA, ou no quarto o dançar, em frente ao espelho, de outra pessoa.

Tudo parecia tão colorido, tão vivo e alegre, por vezes triste quando víamos brigas por causa de acordos mal acordados, mas era assim algumas de nossas tardes ou manhãs, debruçados na janela observando a vida diferente da nossa e nem sabíamos do que aquilo tudo (todo aquele intercalar de vidas) se tratava.

Essa é só uma lembrança de um prédio que só fez uma pequena diferença em minha vida, pois eu era apenas um visitante de um prédio vizinho, imagina pra quem viveu lá por mais de sete, doze anos ou grande parte da própria vida.


(Achei que essa musica tinha a ver com o post, peguei umas imagens da cidade, favelas, pessoas, conflitos, street art e fotos de outros prédios abandonados inclusive o próprio)

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Quarta é feira.

Quarta feira acordo logo depois que fui dormir com a barulheira e a gritaria dos feirantes da feira da rua aqui perto, meio quarteirão acima, seus caminhões param em quase toda a minha rua. A feira sempre é a ultima coisa a se fazer antes das duas horas, até esqueço algumas vezes...

Ponho o lixo pra fora, tranco meu portão e lá vou, hoje não levo mais sacola, pois sei que ninguém merece ver frutas apodrecerem na fruteira, viver sozinho é isso, dividi-se quase tudo com o lixo.

A feira é um lugar interessante, entre outras pessoas, a moça gorda que mora na esquina, passa, com seu minúsculo shorts branco, “Olha a uva fresquinha” – Grita o feirante fortão,todo tatuado e de regata . Faz biquinhos.

Ela continua seu trajeto, carregando uma sacola, sob suas axilas com pelos crescidos. “Tenho manga madura, sem fiapo, boa de chupar” – Grita outro feirante gordo e todo suado. Cara de susto ela faz.

Ela continua e mais umas barracas adiante, com seu top, deixando umas gordurinhas à mostra ela para na barraca do pastel. – "Dois especiais, por favor. É pra viagem!"

“Minha banana não é Nanica não, é de Itu” – Grita o homem das bananas. Ela olha para trás com ar de deboche parecendo não acreditar ele é um japonesinho, meio velho e desdentado com cara de safado e pequenino. E eu que vejo toda a cena morro de rir e continuo com minhas compras.

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Arrumando, cantando e lembrando

Ah! Calcanhoto companheira...


(Vambora) Ano Novo chegando ainda minha casa não está totalmente pronta, ainda algumas coisas empacotadas, “entre por essa porta agora” livros, CDs, vídeos, pornô, aventura, terror, “por que meu coração dispara quando tem o seu cheiro dentro de um livro”.

Tento achar um lugar pra cada coisa, má tem tralha viu, dá vontade de jogar tudo fora, “na cinza das horas” muitas fotos antigas, muitas cartinhas, bilhetes, diga que me adora, você tem meia hora.

E não sei onde por tudo isso, separando pilhas de coisas, livros, memórias, empilhadas num canto aqui dentro, “é o que o tempo leva”, mas enfim preciso acabar com essa arrumação, só parei um minuto para ver se desencanava, foi ontem. No hoje ainda,

Mais, “ainda tem o seu perfume pela casa”. Acho que não consigo, já está tarde e não fiz a metade do que deveria ter feito, “dentro da noite veloz”. Só mais um pouco de arrumação antes de dormir. "Aa ah a".





(Essa foi minha primeira tentativa de criar um vídeo, com fotos minhas, no moviemaker. Pode parecer "corny" mas só queria traduzir em imagens, a música e pensamentos)

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Na fila conversando com uma vaca.

Quanto é hein?
Vinte pros anônimos e dez para artistas
Não eu não vou pagar tudo isso não, éh, vinte reais é muito cahro é pretensioso pra esse lugarzinho aqui, se fosse nos Jardins, mas aqui é Centro Anhagabaú. (com boca de peixe) Eu vou pagar dez.
Nossa mas por que você paga menos?
Eu sou da classe artística amorr, Tô nem ai se Gianequinha ta ai, sou famosa também táh , tenho DRT.
Que legal será que rola mesmo?
Documentos por favor?
Ai moço segurança olha pra mim... Se acha mesmo que eu preciso de RG, você não me reconhece...te dou leite bemheê. Olha o tamanho das tetas...Sou famosa viu...Várias capas de revista nacionais e internacionais, váhrias (carioqueiz) Globo Rurais. Várias Wild Life. Fui até imortalizada no Cow Parade de N.Y.
Pois é vaca famosa sem RG aqui não entra, sorryee.

domingo, 14 de dezembro de 2008

O amor é confuso e pode ser lido de várias formas.

Não quero te perder.
Mas a vida passa e...
Precisamos de um novo começo
De outro jeito.
Quero repetir tudo de outra maneira.
Não consigo esperar e sei o por que.
Se não falo, preciso escrever.
Não consigo mais ficar parado.
Quero que você suma.
Já não te amo mais!
É tudo mentira quando digo.
É verdade
Mas assim não devia ser.
Como aquela historia que minha amiga conta
Isso se repete e se repete.

(Inspirado por um texto de Clarice Lispector, leia de baixo pra cima)

(reading, chi-chi-chi, old e-mails )