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terça-feira, 17 de março de 2009

Alone

From the childhood's hours I have not been
As others were - I have not seen
As others saw - I could not bring
My passions from a common spring.
From the same source I have not taken
My sorrow; I could not awaken
My heart to joy at the same tone;
And all I lov'd, I lov'd alone.
Then - in my childhood - in the dawn
Of a most stormy life - was drawn
From ev'ry depth of good and ill
The mystery which binds me still:
From the torrent, or the fountain,
From the red cliff of the mountain,
From the sun that 'round me roll'd
In its autumn tint of gold -
From the lightning in the sky
As it pass'd me flying by -
From the thunder and the storm,
And the cloud that took the form
(When the rest of Heaven was blue)
Of a demon in my view.
.
(Edgar Allan Poe)
.
(Este é um poema que eu gosto muito, sempre gostei e hoje enquanto limpava a estante, o livro de Collected Poems, caiu aberto no chão na pagina 23 que é a pagina deste poema. ai eu o li e re-li novamente e lembrei do dia que comprei o livro, estava em Beacon Hill, Boston, indo encontrar minha amiga Simona (Italiana doida), iamos para o seu apartamento, mas ao passar por uma livraria gigante que tinha lá, eu acabei entrando e me perdi entre tantos livros e acabei comprando este e me atrasando , ela já estava preocupada comigo e estava no seu segundo café. Libreria? Má que!! Ah! Libro? Edgard Poe, okeie!! Ai que saudade dela e daqueles dias que não voltam.)

terça-feira, 23 de dezembro de 2008

Tec...tec...tec.


Fazia o ponteiro, passando de um interminável segundo ao outro.
Tec...tec...tec.

Passaram-se apenas seis segundos das quatro horas da madrugada.
Tec...tec...tec.

Nove segundos, lá fora um silêncio que me dava náusea, decidi levantar e ligar a TV...

Tec-nada-tec-de-tec-bom-tec-passando-tec-essa-tec-hora-da-madrugada-tec.

Peguei então um livro pra ler, mas mesmo Anaïs Nin estava tec-boring-tec e não dava sono.

Leite morno, talvez... Nada. Tec e tec multiplicando-se até as seis da manhã.

Já sei! Peguei uma apostila de contabilidade, agora vai.

Primeira pagina, antes do final...tectectectectectec...sono finalmente veio.

Fui dormir e logo em seguida, trim, trim, trim...nove horas o relógio despertou.

Terei um longo dia de zumbi pela frente.

Tec...
Tec...
Tec...

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Quarta é feira.

Quarta feira acordo logo depois que fui dormir com a barulheira e a gritaria dos feirantes da feira da rua aqui perto, meio quarteirão acima, seus caminhões param em quase toda a minha rua. A feira sempre é a ultima coisa a se fazer antes das duas horas, até esqueço algumas vezes...

Ponho o lixo pra fora, tranco meu portão e lá vou, hoje não levo mais sacola, pois sei que ninguém merece ver frutas apodrecerem na fruteira, viver sozinho é isso, dividi-se quase tudo com o lixo.

A feira é um lugar interessante, entre outras pessoas, a moça gorda que mora na esquina, passa, com seu minúsculo shorts branco, “Olha a uva fresquinha” – Grita o feirante fortão,todo tatuado e de regata . Faz biquinhos.

Ela continua seu trajeto, carregando uma sacola, sob suas axilas com pelos crescidos. “Tenho manga madura, sem fiapo, boa de chupar” – Grita outro feirante gordo e todo suado. Cara de susto ela faz.

Ela continua e mais umas barracas adiante, com seu top, deixando umas gordurinhas à mostra ela para na barraca do pastel. – "Dois especiais, por favor. É pra viagem!"

“Minha banana não é Nanica não, é de Itu” – Grita o homem das bananas. Ela olha para trás com ar de deboche parecendo não acreditar ele é um japonesinho, meio velho e desdentado com cara de safado e pequenino. E eu que vejo toda a cena morro de rir e continuo com minhas compras.

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Arrumando, cantando e lembrando

Ah! Calcanhoto companheira...


(Vambora) Ano Novo chegando ainda minha casa não está totalmente pronta, ainda algumas coisas empacotadas, “entre por essa porta agora” livros, CDs, vídeos, pornô, aventura, terror, “por que meu coração dispara quando tem o seu cheiro dentro de um livro”.

Tento achar um lugar pra cada coisa, má tem tralha viu, dá vontade de jogar tudo fora, “na cinza das horas” muitas fotos antigas, muitas cartinhas, bilhetes, diga que me adora, você tem meia hora.

E não sei onde por tudo isso, separando pilhas de coisas, livros, memórias, empilhadas num canto aqui dentro, “é o que o tempo leva”, mas enfim preciso acabar com essa arrumação, só parei um minuto para ver se desencanava, foi ontem. No hoje ainda,

Mais, “ainda tem o seu perfume pela casa”. Acho que não consigo, já está tarde e não fiz a metade do que deveria ter feito, “dentro da noite veloz”. Só mais um pouco de arrumação antes de dormir. "Aa ah a".





(Essa foi minha primeira tentativa de criar um vídeo, com fotos minhas, no moviemaker. Pode parecer "corny" mas só queria traduzir em imagens, a música e pensamentos)

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Ele, telefone, o outro e eu com isso e isso errado e esperando por aquilo e aquilo certo.


Ele – Olá boa tarde!
Eu – Boa tarde entra!
Eu – Nossa demorou era pra você vir aqui antes das 13h.
Ele – É final de ano todo mundo quer fazer um “upgradi
Eu – Entendi (meio impaciente)
Ele – Então a ordem de serviço é essa, é pra fazer isso e isso?
Eu – Mas, não foi isso e isso que eu pedi; Pedi aquilo e aquilo.
Ele – Estranho. Vou ter que estar ligando na central.
Eu – Tudo bem ligue então na central pra saber o que aconteceu.
Ele – Então “outro” o “Eu” disse que ta tudo errado, ele não quer isso e isso não.
Outro – Mas é o que mostra aqui. Vou estar ligando pro “Eu”
Telefone – Trin, trin...
Outro – Olá “Eu” tudo bom? Então senhor estou ligando pra estar confirmando a ordem de serviço.
Eu – Não existe ordem de serviço pra confirmar por que o serviço está errado!
Outro – Não é possível senhor, está no computador e o computador não erra.
Eu – Então o computador não erra, mas a pecinha que fica na frente dele vendendo serviço pode errar não é? Eu pedi aquilo e aquilo e não isso e isso.
Ele – (apenas observando e escutando)
Outro – Senhor dá pra você estar explicando que não estou entendo.
Eu – Então, quando me ligaram me ofereceram aquilo e aquilo isso eu tenho e outro isso viria junto com o aquilo, um isso tá certo, mas tá faltando um aquilo.
Outro – Senhor, ainda não estou conseguindo estar entendendo.
Eu – Tudo bem explico de novo. (puto já). Aquilo e aquilo ao contrário do isso e isso.
Outro – Senhor ainda não deu pra estar entendendo.
Eu – Posso te perguntar uma coisa?
Outro – Pode sim senhor estar me perguntando o que quiser.
Eu – Você é bonito?
Ele – (olhos arregalados)
Outro – (gaguejando) Senhor não estou entendo a pergunta?!
Eu – Você só pode ser bonito, acho que você escolheu ser bonito não é?
Outro – Ainda não entendo senhor.
Eu – Explico então, você só pode ser bonito, aliás, lindo, por que você escolheu ser burro como uma porta. (Falei)
Ele – HAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHA
Só então “Eu” me dei conta da grosseria, que feiura!
Outro – (disse nada)
Telefone – Tun, tun, tun, tun, tun

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

A Panela


Bom eu não sei se vocês lembram, mas eu tinha um problema, na verdade eu tenho até um pouco de vergonha de falar disso por que temo que voces achem que sou desleixado, doido ou sei lá.

Bom, dia 28 de Novembro do ano passado, mudei algumas coisas de lugar em minha casa, peguei outras coisas que julgava importante pra algumas semaninhas e lá fui eu pra casa do B. enquanto minha casa era reformada.

Deixei tudo que eu tinha aqui, Tv, DVD, roupas, fotos, computador enfim, algumas outras coisas eu fui levando aos poucos, mas existia uma coisa que me incomodava...alguns dias antes de começar a reforma, a qual foi super bem programada pois era pra começar dia 1º de Novembro, eu tinha cozinhado feijão, bom e velho feijão preto com paio bacon e sei lá mais o que se pode por lá dentro. Fui embora e deixei a panela na geladeira, a qual permaneceu ligada todo esse tempo, mesmo com o move de cá pra lá ela sempre esteve firme na tensão 110.

Os dias foram passando e a geladeira de um lado pro outro e eu olhava e a panela de pressão fechada lá dentro...um mês, dois ,três, 10 meses depois eu finalmente decidi lidar com o tal problema, a bendita panela de pressão.

Ai Jesus, todo esse tempo fechada e eu sem saber o que me esperarava lá dentro. Será que só um martelo na mão seria suficiente pra matar o besta que poderia sair de lá de dentro, será que eu deveria usar máscara ante gás, roupa de proteção, luvas?

Eu dormia, acordava e era como se mais alguém estivesse aqui comigo, meu pensamento não saia da bendita panela de pressão, eu limpei toda a geladeira, mas não tive coragem de pegar na panela, apenas movi com as costas da mão de um lado pro outro.

Mas hoje acordei decidido, sexta feira dia de lixeiro, pensei comigo, qualquer coisa saio gritando rua a fora, alguém irá me escutar e talvez me salvar do monstro da panela de pressão, no pior eu só teria que tomar banho de criolina pra tirar o cheiro de min, e defumar minha casa com incensos pra amenizar o budum.

Bom o resultado foi, eu abri a panela, todo cheio de luvas de borracha e um lenço amarrado no rosto pra evitar qualquer cheiro desagradável, mas nada encontrei lá dentro estava limpinha, alguém acha que os Zé Pedreiros iriam deixar passar um feijãosinho, eles devem ter consumido já na primeira semana.

O que mais agradeço é que pelo menos eles lavaram a panela.