quarta-feira, 29 de abril de 2009

Macia

Pra quem não conhece esta americana, que está por ai desde anos 90, vale a pena dar uma olhada nela, muito mais conhecida nos meios undergrounds de NY e do mundo, ela é poeta, artista-visual, compositora, cantora e dançarina, voz macia sussurrada e aspirada, a palavra cantada, cheia de líricas sexual-mente insinuantes, pop-triphop-jazzy-eletronica-underground.



Vanessa Daou (get more here)
Near the Black Forest
(Erica Mann Jong)

Living in a house
near the Black Forest,
without any clocks,
she's begun
.
to listen to the walls.
Her neighbors have clocks,
not one
but twenty clocks apiece.
.
Sometimes
a claque of clocks
applauds
the passing of each day.
.
Listen to the walls
& wind your watch.
Poor love, poor love,
have they caught you
.
by the pendulum?
Do they think they've
got you stopped?
Have you
.
already gathered how,
living near the Black Forest,
she gets by
on cups of borrowed time?
.
(Vanesssa Daou -Near the Black Forest)

(Às vezes tenho a impressão que meus vizinhos também estão cheios de relógios nas paredes, mas eu não "estou perto da Floresta Negra" eu estou dentro das paredes)

Essas canções, que me tiram do sério.

Ai, ai hoje depois de ficar num dorme e acorda sem fim dentro do busão no caminho pra facul, estava super atrasado para primeira aula, teria prova na quarta e quinta aula, tecnologia têxtil, super legal a matéria, mas muito foda. Já cansado antes mesmo de chegar, finalmente alcanço a Avenida Rio Branco no centro, super charmosa com suas pequenas casinhas de strip e suas moças trabalhadoras e distintas de famílias boas, seus barzinhos lotados de simpáticos e perfumosos nigerianos, (tentando ser um pouco “Melissoliana”) e foi num destes bares que parei pra comprar cigarro, precisaria fumar um maço inteiro pra conter meu nervosismo antes da prova, dez perguntas dissertativas, sobre cores, tingimento, luz, espectrum de cor, estampa, cilindros, enxofre, banhos, alvejamento e afins, no meio de todos estes pensamentos enquanto observava em volta um barzinho simpático com azulejos brancos até a metade da parede o resto era de uma cor alaranjada, tinha mesinhas de aluminio e um radinho numa prateleira, pintada da mesma cor que a parede, no alto atrás do caixa, eu esperava o moço me dar meu troco e do radinho lá de cima pra baixo, em cima de mim, abriu a fossa...
.
(Bethania - As Canções...)

(Uhum, aham, ah táh, a bit hard to think straight about the test or about anything else, just grabed my change and flew away, whishing for a hard rain to start)

segunda-feira, 27 de abril de 2009

No mesmo eixo, correndo atrás da mesma volta

Sempre falamos, eu pelo menos, que: Posso não saber o que quero, mas tenho certeza do que não quero”. Ai me pergunto será que 100% das vezes realmente sabemos o que não queremos com 100% de certeza?
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Muitas coisas são um pouco dificeis de explicar como o cachorro que, incansavelmente, corre em volta do próprio rabo, alguns dias sinto-me assim correndo atrás do meu próprio rabo. Sim por que me pego tentando fugir de algumas coisas inevitáveis, de pessoas inevitáveis, de histórias inevitáveis, são coisas que digo que não quero mais, são pessoas que tento me convencer que já foram, são histórias que tento me convencer que já acabaram.
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Tudo poderia ser muito mais simples, sabe quando você quer tanto ficar longe de algo, é como o “triangulo-das-bermudas” uma força ainda maior que a sua própria, te atrai, não adianta alta tecnologia e strong willpower is just there unavoidable and unattainable.
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Mas é bom quando é bom e é ruim quando é ruim, às vezes penso. Correr pra que? Fugir do que? Se não adianta, existe muito mais além do que entendemos, do que eu mesmo entendo, forças maiores que eu dentro de mim mesmo, dentro de outras pessoas que amo, algumas coisas simplesmente são do jeito que são e não adianta tentar fugir, tentar entender, tentar mudar, correr atrás do próprio rabo, se você não é um cachorro ficará apenas tonto e ainda mais confuso.
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(Existem coisas muito maiores do que agente, dentro de nós mesmos. A razão pra querer independe da razão de ser.)