sábado, 27 de dezembro de 2008

U-Haul




You know how, suddenly you realize,
How life passes faster by.
Living the sensation that you are stopped (stucked) in time.
Feeling that people go thru some things to make you happy, but seems that you are never
satisfy.
And I realized also, I miss the person I used to be,
So curious and eager to do things on my own
I left all that behind and I don’t know why.
Did things I regret and left things undone,
Trying to find myself in people I meet or see
Desiring to be and become after all was left.
But nothing was done.
Thinking about next year, how desperate I want making things different.
Running after what in this year was absent.
Maybe more money, maybe wake up earlier, maybe try to be the old me.
Maybes. Don’t want life to be never again like this; a bucket of maybes.
Want for real, to forget people that were mean to me,
Wishing to forgive them and never more hear or see.
I like the person I’m, no worries about that, but forgot who I was.
I’m going there, because I need to, but (don't) like it here wherever it is.

terça-feira, 23 de dezembro de 2008

Tec...tec...tec.


Fazia o ponteiro, passando de um interminável segundo ao outro.
Tec...tec...tec.

Passaram-se apenas seis segundos das quatro horas da madrugada.
Tec...tec...tec.

Nove segundos, lá fora um silêncio que me dava náusea, decidi levantar e ligar a TV...

Tec-nada-tec-de-tec-bom-tec-passando-tec-essa-tec-hora-da-madrugada-tec.

Peguei então um livro pra ler, mas mesmo Anaïs Nin estava tec-boring-tec e não dava sono.

Leite morno, talvez... Nada. Tec e tec multiplicando-se até as seis da manhã.

Já sei! Peguei uma apostila de contabilidade, agora vai.

Primeira pagina, antes do final...tectectectectectec...sono finalmente veio.

Fui dormir e logo em seguida, trim, trim, trim...nove horas o relógio despertou.

Terei um longo dia de zumbi pela frente.

Tec...
Tec...
Tec...

segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Uma homen-agem aos meus queridos.

Não sabia, o que fazer para agradar pessoas tão queridas. Então peguei uma cesta e nela coloquei um Monstro para assustar a má sorte, pendurei também uma Giacheta, poderia esfriar aquela tarde, um Angel engraçado com um sorriso que faz Women Glow, precisava de mais coisas, no meio de todo este Crap decidi por uma coisa Tri-legal um pouco de Sage(l) com suas flores cor-lilás (dizem que é bom pra curar um monte de coisa) e algumas Cerejasbacanas. Mas, queria ficar “special” então vesti uma roupa diferente, roupa de coelhinho(a) assim meio Dentinho da Páscoa, eu sei wrong season, é quase Natal né, já sei então Bologs! Umas Pinhas poderiam ajudar no meu Ia e Vinha de bicicleta por ai. Obrigado gente por não me deixarem ir embora com os moços da camisa de mangas muito longas, (odeio tênis branco), não saberia por onde começar de novo, sem vocês, a vida poderia ficar um pouco Ardida.
P.S. Teve gente que deixei de fora mas não esqueci, só tava difícil, colocar todo mundo junto e fazer sentido não é "trucker lady ,meio bald, camaleando no cabaré"

Independência ou sorte.


Troquei sim, troquei todas as pedras empunhadas e todas as outras que carregava no bolso do meu vestido e casaco por outras na minha vesícula e rins. Ah! Parece engraçado é? Mas não é, saudade curva agente pra frente. Nos faz adoecer nos faz amargar. Se pulasse hoje no rio afundaria mesmo estando nua, raspada, alma assada. Girava no espeto como frango de TV de cachorro, minha pele tostava e minha alma se consumia, entre o lamber dos beiços dos meus observadores e o afiar da faca do vendedor (fãs sedentos por um pedaço). Sim você já foi um também, mas você cresceu de mim, desencantou era apenas nostalgia de ser recantada em alguma festa quando você me ou-via passar.

Bêbada sedia os teus sussurros ao pé do ouvido, tonta de Cosmos, arrastava meu sapato, enquanto você segurava minha mão, acariciava meus cabelos, sentados num canto escuro de um bar qualquer da Vila, passava sua barba por fazer sobre meu decote. Adora quando não uso sutiã, mas não quando estou com você, só quando chega no meio da noite e estou nua deitada em sua cama. Por isso nunca me pediu pra devolver aquela chave.

Me promete mundos e fundos, mas olhando tua nuca pelo espelho é que sei que você mente. Finjo acreditar por que é bom, é bom ser a outra de vez em quando, não ter a obrigação de superar tuas expectativas. Não ter seu mau-humor matinal. Eu sei! Nada de verdade sai de minha boca neste momento. Digo isso, porque quero me convencer do inevitável, por que sinto que você está escapando entre meus dedos, e por isso, me afogo em suor de meus pesadelos, grito que não sai da boca, boca que queria estar em teu corpo.

Talvez, jamais, estaremos juntos como antes, eu sei, mas me aproveitava das oportunidades que tinha. Oportunidades de fingir que o tempo não mudou nossos rumos e que nossos rumos não mudaram o tempo. Eu vou superar tudo isso, me recomendaram um remédio home(m)opático, ele me ajuda dormir, com seu corpo quente perto do meu, e sua mão grande segurando a minha em meu peito, pelo menos desta vez sei que não ficarei viciada, como fiquei em você. Quanto aquela chave, amarrei às outras pedras que restavam e a joguei ao fundo do Ipiranga.

domingo, 21 de dezembro de 2008

Oi! É, eu te liguei sim...

Queria dizer tanta coisa, queria que você soubesse como estou chateada por você não dar a mínima pelos meus sentimentos. Sim queria saber por que você tem me evitado. E às vezes me procura no meio da noite, vai embora arrependida antes do amanhecer.

Sim, sei que você ainda está puta comigo, como eu já estive puta com você várias vezes, todas que você me procurou pela cidade de bar em bar, bebendo em cada parada, e eu estava em casa esperando por você, tive que trocar meu pijama, sair pra segurar sua cabeça num puteiro qualquer da Augusta.

Eu sei as coisas entre agente sempre foram muito tensas, era na cama que resolvíamos tudo, nos acustumamos com essa tensão existen-sex-cial. Talvez fazíamos o que fazíamos pra poder fazer amor com raiva, amor de reconciliação.

Sim a ligação foi curta sim, não podia demorar tinha muito mais a dizer, mas fiquei com medo. Medo de você não querer ouvir, de você rir de mim, me chamar de mentirosa como sempre faz, sei que é difícil de acreditar em mim, já passei por isso com você. Medo de acreditar.

Sim eu sei que você me ama, que meu perfume ainda está em seu travesseiro, sim eu ainda te amo em todos os segundos que a vida consome, não, não estamos mais juntas, mas é por orgulho, amargo, engolido-a-seco-entre-tragos-de-cigarro.

É eu te liguei sim, queria te dizer muito mais, mas, naqueles poucos segundos complexos da ligação, enquanto você dizia; Alô, alô; Não tive coragem, ouvi tua voz me embananei toda com meus pensamentos e desliguei...

(Ouvindo "Futuros Amantes" Angela Roro)

Do outro lado da linha.


Eu sei que foi você quem me ligou, era de um numero estranho, podia ser um orelhão, na Alameda Santos, perto do teu trabalho, poderia ser de um número de algum amigo teu. Mas sei que era você, aquela respiração angustiada do outro lado, que por segundos me fez crer que era você.

Provavelmente você tem tanto pra me dizer quanto eu pra dizer pra você. Não devia ter desligado, é esse orgulho amargo, que não nos deixa dar o braço a torcer, empurrado-guela-a-baixo-com-goles-de-cerveja.

Se não tivesse desligado teria te dito; O quanto sinto tua falta, quando vou embora antes do amanhecer não é por que eu tenha vergonha, é medo de reconhecer o quanto te amo, e não quero esperar que as coisas mudem, não faz sentido, vamos mudar nós mesmas. Vamos nos encaixar num abraço demorado e esquecer o que passou... já foi, consumido, pelo tempo que envelhece.

Te imaginava parada em pé com o cigarro entre os dedos, nervosa, girando-o de um lado para outro da mesma forma que girava teus pensamentos.Queira-me tanto quanto eu te quero, me ligue novamente, me deixa dizer, que te amo muito e sinto tua falta, que meu relógio quebrou e fiquei parada naquele momento em que nossas vidas andavam juntas.
("Fica comigo esta noite" Angela Roro)