sábado, 28 de março de 2009

Da chuva ao sol até aqui.

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Não abri, aquele envelope que você mandou.
Não beijei as mãos da jovem senhora que criou minha mãe.
Não corri da chuva
Apenas gritei seu nome de várias maneiras diferentes
Mas, você, não escutou.
Andei, por várias ruas até chegar aqui.
O sol brilhou durante muitos dias.
Mas eu me protegi... e dele corri,
O sol queima e tem também sua poeira.
Não me faça rir de suas histórias sem nexo.
Estou alérgico hoje.
A jovem senhora não me deixou tomar o remédio.
A Cabocla quem fez...
Fez aquela simpatia que te falei.
Por isso não abri o envelope,
Não podia rir de tuas histórias.
Por isso, gritando, não corri da chuva,
Não deu tempo de chegar a jovem senhora partira antes.
Por isso do sol corri, você não me escutara e quando escureceu andei, andei e andei.
Até chegar aqui nesta rua.
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sexta-feira, 27 de março de 2009

A Felicidade É Um Par De Botas - II

Ela era uma moça moderna e independente, que passava por uma fase estranha em sua vida. Estava confusa em sua carreira profissional, tinha um chefe casado que a assediava muito, mas ela que havia se separado do marido há algum tempo não queria rolo, assim pediu para ser transferida de departamento, mas o chefe não quis dar a transferência, ela por não querer se comprometer com a verdade, decidiu então fazer de tudo para ser mandada embora. E assim foi, já fazia algum tempo que ela andava de um lado pra outro da cidade procurando alguma coisa nova, um novo emprego. Mas seus caminhos a levavam cada vez mais longe de sua própria casa. Num dia de chuva, saindo de uma entrevista, vestindo seu tailler, sapatos fechados e por cima de tudo uma capa de chuva preta e muito elegante. Ela havia ganhado esta capa de chuva do ex-marido ela a amava (ela o amava, ainda, também) era do tamanho certo, com uma modelagem perfeita, mas seus pés estavam molhados, a capa só a protegia até certo ponto, então passando frente a um brechó, viu um par de botas na janela, era tão diferente de tudo que tinha, era perfeita, suas cores a altura do seu salto não combinaria com tudo que ela tinha, mas e daí? Decidiu entrar na loja, Que capa de chuva bonita disse o moçinho da loja ela o agradeceu e pediu para experimentar as botas, tirando sua capa molhada, com seus pés úmidos, as botas não os deixariam assim, perfeita, confortável, bonita, quentinha. Única. Quando viu o preço, sua carteira estava vazia e seu cartão de crédito estava cheio, pensou em não pagar a conta de luz este mês. Mas sabia que esse seria o segundo mês sem o fazer. Ofereceu seus sapatos em troca da bota, o moçinho disse que como aqueles tinha um monte. Bicha burra são italianos são Anastasio, pensou. Desiludida, meio que quase saindo da loja, ele disse: Espera. Essa sua capa de chuva serve de valor para troca, mas ainda está chovendo, ela disse. Ele falou troco pelas botas e pra você não sair na chuva te dou uma desta capas ai. Ela olhou e viu aquelas capinhas de saco plástico transparente, no monte, na bancada frente à porta, valia dois reais e cinquenta cada uma e pensou; Porque não!
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Lá ia ela; vestida no seu tailler com suas botas maravilhosas que não combinavam com sua roupa e aquele saco-plástico-feito-capa-de-chuva. Mas ai lembrou que a vida dela já estava estranha o bastante isso não faria a menor diferença só largaria mais uma parte do seu passado pra trás, se sentiu leve, se sentiu livre, talvez esse desprendimento não mudasse quem ela era, mas talvez as botas “novas” a levassem por novos caminhos.
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(E se as botas não a levassem a lugar algum, sabia que suas novas atitudes e maneiras fariam dela, como a bota, única)

quinta-feira, 26 de março de 2009

Padrão de C´ é Hola!

Com o tempo agente percebe que o amor não está num determinado tipo físico ou aparência. Claro que quando nos aproximamos de alguém é aparência física que levamos em conta, não estou dizendo que o amor está com os feios (as) é que beleza também é algo muito relativo. Afinal existem muitos loiros e loiras de olhos claros que não são bonitos, assim como o “Menino do Rio” que parece mais menino do brejo do Rio de Janeiro ou como a Garota de Ipanema que pode se chamar Taty e não ser de Ipanema at all.
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Mas enfim tenho muitos “amigos” que se apaixonam por tipos completamente diferentes do seu ideal de beleza, como o cara que, diz, só gostar de mulatas e acaba se apaixonando pela japonesinha ou a mina que curte os saradões e acaba por se apaixonar pelo carinha normalzinho.
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O que quero dizer com isso é; o que eu tiro por mim, tive sempre um padrão que eu preferia mais do que outro, o qual não vem ao caso, mas acabei por me apaixonar por um padrão totalmente diferente do qual eu achava ideal, questão de tempo, questão de chance. Dar um tempo pra conhecer melhor alguém e dar a chance pra essa pessoa se mostrar adorável a ponto de ser necessária em todos os dias da nossa vida pode mudar nosso ponto de vista pra sempre.
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(Billy Joel - Western GIrl. They were very hot back then or they might still)

(A beleza reconhecida por todos não é a mesma que a encontrada por poucos)

quarta-feira, 25 de março de 2009

Espera

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Assim ele chega e é apressado, o tempo corrói partes de um coração que ainda aguarda.
Não aguarda por que é tolo, mas sim por que dele faz parte.
E aparte do que dizem, não é triste a lembrança.
Nada tem em troca da esperança. Nem prova nem cobrança.
Vazio em si e cheio do que não é.
Tristeza mesmo seria não pensar, pior ainda seria não lembrar.
Paralisado espera por um tempo que corre e encobre,
Os segundos intermináveis de dias de sol cinza.
Refletindo nas nuvens a esperança do que o tempo não pode.
Não pode ser o que não é. E muito menos ser o que já foi.
E ele passa rápido num contexto real, mas passa infinitamente lento na memória.
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(Existe sempre outro dia)

Marca "te" que me marca "me", pra sempre.


Agora que está feita não tem como voltar atrás e nem quero, com tantos simbolos de bom presságio e boa sorte e bom tudo de bom, espero que as coisas comecem melhorar daqui pra frente, pra quem estava curioso sobre o significado de cada coisa, ai vai...(só deu preguiça de traduzir tudo)
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Crown - The crown has long been used as a symbol of royal power and authority. Like the sceptre, the crown is a visible badge of office, granting the wearer, it's possessor, the absolute right to rule. That authority to rule was often held to be divinely inspired. In the Christian tradition the garland of thorns placed on Christ's head during the ordeal of his crucifixion is know as the "Crown of Thorns". The centerpiece of any coronation of a new monarch is always the moment when the new King, Queen, or Emperor has the state crown placed upon their head. At that moment the power to rule is transferred to the new monarch.
As a tattoo symbol, the crown doesn't just mean the right of one person to command another. It symbolizes and individual's sovereignty over their own life, feelings, thoughts, and...
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Heart - A tattoo design standard. The heart tattoo, shaped like an inverted triangle, and meant to symbolize the pubic triangle, is a universal symbol of the feminine, often used as an expression of romantic love. Heart tattoos have been popular for well over a century. Heart tattoos with banners were very popular with Servicemen in WWII; tokens of their loved ones that accompanied them on perilous journeys to far-off theatres of conflict and a constant reminder of what they were fighting for.
Add "Mom" and you have a tattoo icon...
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Anchor - The Anchor tattoo is a design that has been a fixture of modern western tattooing for the better part of two centuries, and has even more ancient symbolic roots going back several millennia. The anchor is a favorite of individuals who are associated with marine or naval careers... An anchor tattoo can be thought of as holding one steadfast, like an anchor holding a great sailing ship safe in harbour, against winds and currents that might carry it astray... more
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Rose – The Rose in the West represents what the Lotus does in the East. A symbol of love, but especially of a love that is pure. Because of the roses’ beauty, scent and shape, it is the ultimate floral symbol. Of all the flower tattoo designs, the rose is still the most popular and the most... A symbol of passion, chastity, and purity, the rose reigns supreme as the most beloved of flowers... more
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Bluebird - The bluebird -- like the swallow with which it’s often associated -- is a favourite nautical symbol of good luck. As a nautical tattoo design, the bluebird has sometimes been mistaken within popular culture for the swallow, or swift, and the two very different species of birds have quite similar colouring, with bright accents of blue and orange, verging to both red and yellow. In mythology, the bluebird is the universally acknowledged sign of happiness, prosperity, good health, and the arrival of spring. The beautiful blue of its plumage is associated with the sky and eternal happiness. Unlike the swallow, it does not have a 'dark' side. In magical symbology the bluebird represents confidence. And in the Valentine myth, the Bluebird is a man of laughter’ and symbolizes happy love...more
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But if you whish it also/or could be: Swallow - The swallow, like the bluebird, is a symbol of hope. As a nautical tattoo design, the swallow has been sometimes mistaken within popular culture for the bluebird, and the two very different species of birds - the Barn Swallow and eastern Bluebird, to be exact - have quite similar colouring, with bright accents of blue and and orange, verging to both red and yellow. In ancient times, the swallow was associated with the 'imperishable' stars and the souls of the dead. According to Greek legend, secret texts told how to transform into a swallow, something the ancient deities liked to do. It was also a totem bird for sorrowing mothers who had lost a child. To kill a swallow was very unlucky, as the swallow carried the souls of children who had died. An ancient Egyptian artwork depicts a swallow on the prow of a barque as it enters the Underworld... more
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Não sei se tudo é verdade, eu achei esse site e pensei que podia ajudar, pelo menos a inventar uma boa desculpa pra tatuar no corpo algum desenho..
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(Rasga minha pele, tudo, por que sofre, porquê marca como marca meu rosto)

segunda-feira, 23 de março de 2009

Amigo que te quero ter, meu que te quero ser.

Tenho alguns amigos, conhecido, vários, existe uma porção muito grande em mim que é “dada”, conheço gente às vezes no meio da rua como aconteceu sábado. Estava eu sentado, no degrau de uma loja que estava fechada, esperando o bumbo num ponto de ônibus da Avenida Jabaquara, tinha pegado o ônibus errado por isso desci neste ponto e estava lá esperando o ônibus certo. Chega um cara, (mano, até achei que era Elza) para do meu lado e pergunta se havia passado um tal ônibus, disse que não. Ele tira do bolso o maço de cigarros me oferece um e senta ao meu lado. Ai começa contar sua “história”, disse que estava voltando pra casa, era umas 22h, disse que tinha se dado mal no role, saiu de casa na doida para tentar encontrar uma galera que ele conhecia que costuma frequentar um pagode perto de onde estávamos, só que chegou lá e não tinha ninguém, conhecido.
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Minha pergunta foi: Por que você não ligou pra um dos amigos antes de sair?
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Ele responde que foi roubado há algum tempo atrás e não tinha mais o numero de ninguém, por isso andava pelos lugares onde ele sabia que o povo poderia estar. Então ia pra tentar encontrar, (comecei achar estranho e interessante). Então perguntei quanto tempo já fazia isso, ele disse quatro meses, eu curioso, mas você não encontrou ninguém nesse meio tempo?
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Ele disse que não, que o povo havia sumido, fiquei pensando que doido, ainda bem que sei onde meus amigos estão, me deu um pouco de pena do rapaz.
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Na hora me veio na cabeça aqueles “amigos”, ele me disse que a vida dele estava estranha tinha perdido o emprego, (quatro meses atrás e foi roubado na semana seguinte que foi demitido), e que a ultima vez que viu a turma dele foi no final de semana depois da demissão. Bom os amigos do cara sabiam que ele foi demitido! Que ia ficar difícil pagar a prestação do carro. Mas não sabiam que ele foi roubado. E que teve que, realmente, devolver o carro, por que não ia mais poder pagar. Falamos de um monte de assunto, ele queria mudar de profissão, então falei dos cursos técnicos do SENAI que são digratis e ele me acompanhou até o metro por que o busão estava demorando demais, apertamos as mãos eu desci e ele foi pegar o ônibus no terminal Vila Mariana.
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Do aperto de mão até a estação São Joaquim fui pensando na conversa e nos “amigos por ocasião”, que estão por perto enquanto está tudo bem, quando você pode dar carona, buscar em casa e devolver (a mala), deixar dormir na tua casa por que você mora sozinho, pagar a balada ou o que ele (a) bebe na balada, apresentar gente que interessa pra pessoa, tipo seus outros amigos legais como você. Existe um monte de gente assim, eu sempre reconheci de longe esse perfil, (gente sem passado “real” que os outros amigos de quem fala nunca estão por perto, agente só ouve falar mas nunca vê, chega até parecer mentira tudo o que a pessoa fala, e às vezes é mesmo).
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Mas eu acho que interesso muito pouco pra esse tipo de amigo, não tenho muito destas coisas pra oferecer, ofereço apenas o que sou além da minha charming personality, (não reclame eu posso piorar), não tenho mais nada (moeda) pra oferecer e tenho certeza que; quem fica na minha vida, fica por que gosta de mim ou me odeia o suficiente pra alugar um camarote para ver de perto eu me fuder. E isso me diverte também, porque com o tempo agente aprende que isso tudo faz parte da vida, não que seja bom ou ruim, se você sabe reconhecer os sinais e não se ilude com esse tipo de amizade beleza you are safe until the day the next one will come along and the next one, and so on, and on, and on...
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(Eu Amo Quem Está e Sempre Esteve Permanece. Eu Não Esqueço e Jamais)
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(Varre o vento, lava a chuva, mas tua alma sempre estará suja)