quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Atropelado.

Acho que é mais ou menos isso que acontece. Eu nunca fui atropelado de verdade por um veículo, puxa já passou perto tantas vezes, mas nunca de verdade. Esses últimos dias tenho a sensação de que fui atropelado. Sinto tudo dentro de mim se apertar, como se o choque tivesse sido direto em meu peito, minhas costelas estão comprimidas contra minha espinha dorsal apertando meu estômago, pulmões e coração. Tá tudo dando nó dentro de mim. Minha respiração está curta, ofegante, minha boca está seca. Meus braços estão moles caídos paralelos ao meu corpo e minhas pernas estão bambas. Minha cabeça dói, caída de lado, ainda com os olhos abertos, observa tudo em volta. O brilho da luz do letreiro refletida nas poças d’água, o contraste da garoa que brilha ao passar em frente às luzes do postes. Ainda ouço buzinas que agora parecem musicas de quem espera, mas tem pressa de chegar ao outro lado sem saber exatamente onde.

Vocês dois nestes últimos tempos, estiveram tão próximos de mim, fizeram me enxergar muitas outras coisas que não tinha parado pra pensar antes. Deram-me força, apoio e carinho, fizeram dos meus sábados dias inesquecíveis. A partida está próxima, mas ela promete um novo começo para mim e para vocês, esse atropelamento não matou ninguém, na verdade trouxe com ele, mais vida, mais possibilidades, mais portas a serem abertas. Mostrou que quando se ama alguém, por qualquer motivo que seja, agente se entrega agente arrisca, e contra todos os preconceitos e medos ainda podemos ser felizes mesmo na distância de lugares mas com certeza na proximidade de corações.


Cy e Fe. Obgdo
( Se tudo hoje está cercado de surpresas e parece um mistério espera até chegar amanhã)

4 comentários:

Unknown disse...

Te amo!!!!

Silvinha disse...

...

morri?

...

Heitor Nunes disse...

Não é incrivel como os amigos sempre salvam a gente? É, é incrivel.

Thunderstorms, dreams and conversations disse...

Cy = Idem.
Ia = Morre não!
Heitor = Realmente é.