domingo, 8 de abril de 2018

Aquelas últimas palavras.

Aquilo...
Aquelas últimas palavras,
Martelavam em minha mente. Como uma torneira que pinga; Pinga invadindo o silêncio da madrugada.
Honestamente por mais que eu tentasse tirar aquilo tudo de dentro de mim, não conseguia.
Aquilo não era um apêndice, não servia para doer e assim se arrancaria.
Remove aquilo doía e doe. Tamanha intensidade. Lateja como dor de dente.

Mas nada daquilo. Aquelas últimas palavras, não serviam pra mim, não cabiam na minha verdade. Então por que me incomodavam tanto? Talvez fosse porquê nada daquilo era verdade e eu me sentia duplamente ofendido, talvez por não ser verdade.

E sentia raiva, um tanto quanto humilhado, sabe quando te pegam em uma mentira e não tem como continuar mentindo esse tipo de humilhação, mas eu não era o mentiroso. A gente sabe, não adianta olhar para o chão, tremer os lábios, fudeu; pegaram te, era assim que aquilo parecia, não era uma mentira havia tanta verdade no tom, era como vento de uma tempestade curvando arvores até o chão e aquilo me fez curvar.

E curvar, não em reverencia,pela vergonha de ser pego, mas porquê não conseguia aceitar, nada daquilo era eu, nada daquilo fazia parte dos meus dias. Mas aquelas foram as últimas palavras; que eu ouvi e jã não existe mais tempo, chance ou condição, depois de arremessadas contra nossa face... elas ficam aqui dentro e estrondando ficam aqui dentro.
.

Nenhum comentário: