terça-feira, 14 de abril de 2009

Dorme comigo esta noite.

Estava frio era uma noite dessas com cara de noite de Fog Londrino. Dorme comigo está noite pensei em dizer, mas me perguntou, antes, se podia dormir em minha casa. Eu ainda moro com meus pais, gostaria muito de te levar pra minha, mas acho que temos que ir pra tua. Não sei se deveria perguntar isso pra você, mas queria que soubesse que penso muito em você quando tomo banho e não consigo estar perto e não querer ficar mais tempo. Posso. Não disse não.

Daqui a pouco será dia e um pouco mais difícil de partir, devemos ir agora. Veja a lua que linda, está encoberta pelas nuvens, vê-se apenas sua luz na frente do céu negro. Está frio, me abraça, podemos caminhar assim até lá, você se importa? Jamais me importaria em receber um abraço. Espera um pouco olha pra mim, o que tem de diferente em você? Não consigo afirmar ao certo. Deve ser você. Então um beijo.

E mais outro ainda melhor do que o primeiro da surpresa. Assim caminharam, entre beijos, abraçados, debaixo do sereno, suas mochilas nas costas, uma típica noite paulista, sem pressa, sem medo, sem mentiras, era tudo o que não era, era mais do que esperavam.

Ao chegar, banho quente sem motivo pra pensar no que não estava e apenas aproveitar o que se tinha, debaixo dos lençóis sussurros, beijos e abraços. Um ser mais do que podia ser, enquanto nada mais restava do lado de fora, além do frio que já não estava mais dentro, estava trancado embaixo do sereno daquela noite fria.

(Adoro falar de razões que não tem lógica, de sentidos que nos dão voltas)