sexta-feira, 17 de julho de 2009

Que confusão.

Vivo uma vida tranquila, per say, mas hoje enquanto voltava pra casa, pegando a Paulista sentido Consolação, me irritava com o transito, cada quarteirão me dava a sensação de que perdera, pelo menos, meia hora da minha vida e era verdade, lembro dos dias da faculdade em que costumava fazer este mesmo caminho e gastava no máximo 20 minutos entre Brigadeiro e Consolação.
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Enquanto lembrava disso em meio todas as buzinas e o barulho da britadeira do moço ao lado na reforma da calçada, o garupa do motoqueiro andando muito próximo a calçada subtraiu a bolsa da senhora elegante que usava scarpin, mas a frente o senhor taxista distraído abriu a porta do carro e derrubou o motoqueiro e o garupa, o policial que tentava explicar ao gringo que o casarão 1919 não era um museu correu em direção ao taxi largando o turista perdido, a senhora vendo tudo aquilo, tirou o scarpin dos pés e saiu correndo com eles nas mãos.
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A fila andou e eu queira ver a confusão, apenas via parte do movimento pelo retrovisor, mas nada dava pra tirar daquela história, voltei aos meus pensamentos, e imaginava minha própia confusão, meu passado que não me larga, o gigante gentil que abriu seu coração, o violino que voltou a tocar no meu telefone e os olhos verdes (I’m a sucker for them) que de repente me encantou prometendo que tudo ia mudar e que eu só precisa atravessar a rua.
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E me imagino como aquele policial que corria para tenta apartar o velhinho taxista que segurava o motoqueiro pelo colarinho, mas no caminho se deparou com o garupa que pensava em fugir com a bolsa e numa braçada o agarrou enquanto a senhora que com umas das mãos tentava tomar dos braços do garupa a bolsa e com a outra mão batia com um dos scarpins nas costas deles.
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A pista abriu, a vida continua, tudo no olhar "back" me intriga, mas quero parar de olhar pelo retrovisor.

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