Com seus trinta e quatro anos, bonita, profissional e muito fogosa, Lúcia, separou-se de seu marido com quem foi casada por quase dez anos, voltou pra casa de seus pais e nesse meio tempo reformou uma pequena casinha que havia comprado na intenção de fazer seu próprio escritório de arquitetura. O que não rolou continuou então a trabalhar no mesmo escritório que sempre trabalhou desde que se formou. Ela não gostava muito de lá, não entendia as piadas dos “caras”, mesmo depois de tanto tempo, o dono do escritório um senhor muito inteligente vivia sofrendo pelos estagiários que nunca ficavam mais de 6 meses por lá ela deu sorte foi a única que ficou e foi efetivada. Achava que era uma boa profissional e se segurava no moto: Devo sempre fazer o melhor, por que um dia eu terei meu próprio escritório. Mas as coisas por lá não eram assim tão legais a maioria dos caras eram gays e as meninas também. As vezes se sentia perdida, com o tempo foi aprendendo um novo vocabulário o deles. De vez em quando saia com eles, mas só pra happy hours, antes não podia sair para “baladas” por que seu marido era muito ciumento, mas agora que eles não estavam mais juntos, mesmo assim evitava, não curtia muito o som dos lugares aonde a rapaziada ia. Gostava, ela, de uma coisa mais “butch”, um samba de roda com mulatos suados de mãos grandes.
E falando em mulatos na rua em que morava havia um mulato que a deixava doida, ele trabalhava na construção em frente sua casa, a primeira vez que se falaram foi num dia de muita chuva quando parou em frente ao seu portão, voltando do trabalho, para estacionar o carro esse moço de braços fortes e barriga tanquinho juntava umas pedras do chão em frente à casa em construção. Ele pediu pra ela abrir a janela e disse: Dona, mim dê a chave que abro pra tu. Ela adorou a cavalheirismo do moço e sorridente disse que não precisava (mentiu, não queria se molhar). Entrou foi até o portão e agradeceu o moço que já voltara a arrumar suas pedrinhas. Ela entrou, olhando pra trás e a imagem daquele moço, alto, forte e jovem não saia de sua cabeça.
Uma semana se passou e por ter trabalhado até tarde não tinha visto o tal moço de novo. Sábado, sem fazer nada em casa, sentiu se de "coração aberto" e decidiu ir até a obra e levar uma coca gelada para os moços, eram cinco no total, porem só havia três homens por lá, nenhum deles bonito suficiente quanto o tal moço, até tinha um outro super simpático e até dava pra perder meia hora, mas ela queria aquele. Entrou apresentou-se pros meninos deixou as cocas e perguntou sobre o tal moço (alto, bonito, gostoso, pensou), o mais ou menos bonito e também o mais novo, Francisco, disse que o “Zézinho” tinha ido com o pai, o outro trabalhador da obra, visitar uma tia doente e que amanhã ele estaria de volta.
Ela não conseguiu esconder sua cara de decepção, mas mesmo assim agradeceu e pediu aos rapazes para agradecerem Zezinho pela gentileza do outro dia. O tal Francisco deu um sorrisinho cínico e disse, apoiando a mão na "mala" por cima do jeans surrado: Pode deixar Dona nós avisa o moço. Saiu de lá com um pouco de medo de ser encurralada no canto e ter que “fazer coisas” que não queria fazer. Essa idéia lhe deu arrepios.
No domingo quase de manhã, votando de uma sambão que não rendeu muita coisa além de uns esfrega-esfregas, os mais bonitos estavam acompanhados. Chegou doida em casa e não conseguia dormir, se sentia quente, era uma noite muito quente de verão. Logo cedo depois que já havia sol ouviu o portão improvisado de madeira deixar cair a corrente, era o Zezinho que chegava com seu pai da tal visita a tia doente. Pensou é agora ou nunca! Tomou um banho rápido colocou um penoi, correu até a lavanderia e arrancou a torneira da maquina de lavar debaixo de marteladas, com água voando pra tudo quanto era lado acabou ficando molhada e o que já era transparente ficou muito mais transparente ainda. Saiu correndo descabelada ainda com o martelo na mão e foi à casa da frente chamar Zezinho, atravessou a rua gritando por ele que saiu correndo e a segurou nos braços dizendo: Dona quê que aconteceu? Ela, esperta, esbaforida não disse nada, o foi empurrando pra dentro da casa dela, chegando lá dentro ele saiu correndo vendo aquele monte de água que agora tomava todo o chão, subiu num banco que estava próximo e fechou o registro. Ela debaixo só observava a bunda do moço em cima do banco que deixava a mostra uma cuequinha velha.
Descendo ele perguntou o que tinha acontecido e ela disse fazendo biquinho que estava tentando arrumar um vazamento, ele sorriu e perguntou: Cum martelo? Ela sem graça ainda com o martelo segurado entre os peitos disse que não tinha outra coisa. Soltou o martelo no banco e foi pegando a mão do rapaz e levando-a em direção a seus seios, veja só como fiquei molhada ela disse. Ele respondeu então é melhor a sinhora ir se banhar e por uma roupa seca. Ela foi além e tentou beijar o moço. Ele se esquivou e disse: A sinhora é muito bacana e muito bonita, mas num tá certo isso não viu Dona. Ela sorriu e disse: Você não me acha atraente? Ele disse; sinhora, eu já sou comprometido se num fosse e em outra situação eu até ia gosta. Ela indignada perguntou; oquê sua fulana tem que eu não tenho?
Ele sem saber o que dizer e não vendo outro jeito disse apenas a verdade: Sinhora num é minha “fulana” é meu fulano eu sou namorado de Francisco, por quase treis anos, ele é o outro moço que trabalha na obra.
E ele foi saindo enquanto ela, desconsolada, ia se sentando ao chão molhado.
3 comentários:
sooooo cruel... hahahhahaha
amei....
Ia: I'm not, well maybe a little. ;()
Cy: Ela não...hehehe
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