sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

Ei, você?!

Ei, você?
Não adianta fingir que não me vê. Por que (aqui) ai no fundo você sabe que eu existo.
Sorrisinhos falsos e amarelados (entre-pessoas), não ofuscam meu brilho.
Antes de você existir eu já tinha o bolo pronto.
E até mesmo depois que você se for eu permanecerei.

Ei, você!
Não adianta me esconder, eu apareço no brilho-fosco do teu olhar.
Quando mais você me enterra, de lá do fundo eu broto.
Comecei junto com a construção do mundo.
E quando tudo for só pó, eu ainda estarei solta ao vento.

Ei você!?
Nem tente me afogar, você não conseguirá.
Nunca adiantou água, muito menos porres de cerveja.
Crio guelras em meio líquido.
E respiro em teu sopro.

Sim você!
Acha que sou tola, que não sei te dominar?
Te domino em cada trago a mais de cigarro.
Em cada noite de sexo sem sentido.
E não me apago com a brasa ou vou ralo à baixo com a água.

É! Você mesmo!
Corre e corre e nunca chega, perde o fôlego (te sufoco) em desespero.
Usa de mil artifícios pra fingir que não me aspira.
Mas eu estou aqui e quando você cai de cansaço, quase morto.
Eu tristeza (de teus poros) um pé ao chão e outro em tuas costas, ergo meus braços, campeã.


(Ando, corro, mas tem sempre alguém que chega primeiro!)

2 comentários:

Silvinha disse...

quero pegar voce no colo e agradar suas costas macias e seus braços lisinhos...

Thunderstorms, dreams and conversations disse...

Adoro!!! Hehehehe.
Luv.U