sábado, 14 de fevereiro de 2009

Valentine’s day.

Pessoas que acham que o amor está em coisas e não em gestos, como o pai ausente que compra presentes caros para os filhos para compensar sua ausência. Ensinando que amar é dar tudo o que pode não e deixar faltar nada. (talvez uma forma).

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Pessoas que acham que o amor está ao redor nas coisas diárias e não dentro delas mesmas, como a esposa que passa o dia inteiro correndo atrás das crianças, cozinhando e arrumando a casa, esquecendo de cuidar dela mesma, e quando o marido chega está aquela doida descabelada toda peluda... (concorrência com as “mina” do escritório é foda), mas ela faz tudo em casa e não reclama, por que naquele momento a grana ta curta, as crianças são pequenas e quem educa e ama os filhos são os pais.

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Aqueles amigos que se calam, mas estão por perto, mesmo que você não tenha a opinião deles, você tem o seu ombro. Eles deixam você descobrir as coisas sozinho, mesmo que eles tenham descoberto tudo antes, mas eles estão lá, pra quando você percebe e chega ao ponto de chorar, esse amor de amigo. (eu gosto dos que falam também).

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Pessoas que passam tanto tempo se preocupando com os outros ao redor, família, amigos, amante e esquecem que pra acompanhar todos eles é preciso estar bem primeiro com seu próprio eu. O altruísta ao extremo chega a ser tolo às vezes. (sem comentários).

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Pessoas que se preocupam tanto com seu próprio eu que esquecem que amar é dividir sim e não se dividir entre outros amores, amor não é gratuito não, (as pessoas que nos amam exigem da gente e agente delas), ninguém ama alguém só por amar, amor tem obrigações sim. Ninguém quer só amar e não ser amado de volta, já está ai a primeira “obrigação”, ela é velada (nem sempre), mas está lá embutida no contrato do cúpido.

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Amor é assim, difícil de entender difícil de decifrar às vezes difícil de acompanhar, amor supostamente não deveria doer, mas quando dói, dói por muito tempo. Amor estranho que diz que agente pode tudo, mas a outra pessoa pode nada (esse dói mais ainda).

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Amor que é amor é comprometido, sem barreiras, surdo aos vizinhos, alheio aos defeitos dos outros, mas consciente dos seus próprios, corajoso, despretensioso, amigo, companheiro, aquele que sabe e reconhece suas próprias falhas muito antes da outra pessoa percebê-las, é assim bobo, ele não é por causa do que se pode ganhar, mas pelo que também se pode dar e dar não é cobrar depois, jogar na cara tudo que foi feito. Afinal era tudo pra ser por amor e de coração, mas amor não é estúpido, e se era pra ter, também, obrigações, ele acaba cobrando, entre uma coisa ou outra (realmente é difícil de entender).

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Amor é coisa de amantes e não de fracos, só me resta dizer:

Felicidade aos amantes e aos fracos paciência .


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