quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Confissões

Falo baixo em teu ouvido quase como um sussurro de confissão...
Confissão de um desespero tímido que tomou meu coração,
começa como garoa fina como vi naquela idade.
Cresce como chuva forte e vai virando tempestade.
Molha mil beijos de bocas quentes,
entreabertas e carentes.
Mastigando meu silêncio, apressado em vaidade.
Amor pequeno talvez até de falsidade.
Talvez como quem se faz um favor como uma auto-piedade.
Corri quarteirões inteiros de água do mar debaixo de chuva,
Observo enxuta,
em espelho de reflexo das confusões desta cidade
Reflete minha face ao fundo de teus verdes olhos em saudade.
Pura tolice de corações.
Também compreendo tuas confissões.
Mas sei que é melhor assim,
Enquanto de olhos abertos ainda olhas pra mim.



(Pouca vaidade não é bom, vaidade em excesso é muito pior)

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