segunda-feira, 17 de agosto de 2009

O tempo vai se consumir me tornando em pó.

E de pó em pó aspirado pelas narinas me traz pra dentro de ti.
Pó, micro partículas de um corpo carmim.
Em pó, absorvido pelos poros, áspero em pele macia de mim.
E de dentro de ti pó. Pó, sobras de um tempo sem fim.
Pó que se mistura ao meu tédio sentado no banco daquele jardim.
.
Sem pó, por que batido pelas mãos.
Tudo será pó, te deixarei a solidão
Arrastado pelos pés que se arrastam ao chão.
Aparece mais pó. Pó de estrada, caminhando na contramão.
Nas orelhas ouço pó de boca seca e barulho de cão.
Cão que ri distante, no escuro da noite e, ele ri da solidão.
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Pó no vento e redemoinho.
Entortando árvores pelo caminho.
Estas não me deixam sozinho.
Mas, hoje, meu corpo pó solto ao vento.
Que se desfaz da ausência e do tempo.
Corpo e tempo se tornam pó e somem na noite em um dançar calado e lento.
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(Água torna pó em lama)

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