Por grande parte do caminho eu andei livre, havia caminhos paralelos e adjacentes, cruzamentos e bifurcações. Mas na dicotomia da dúvida estranhamente escolhi este caminho, começou florido, teve muito sol, dias quentes, mas não muito quentes. quentes o suficiente para andar sem suar. Conforme os quilômetros foram passando, eu com minha mania de olhar pra tudo e querer tudo, cheirei algumas flores e coloquei algumas pedras e tocos nos bolsos. E caminhei e caminhei, não via nada a frente, somente o que havia nas laterais e continuei beijando e catando, flores, sal, água, dores, cobras, amores, sapos, garoa, pássaros, ervas, poeira, lua, pedras, mais pedras. Perdas. Quando o caminho começou se estreitar, suas laterais agora eram cercadas, não havia modo de voltar, lá final só havia o lago, mas eu não sei nadar, mesmo que soubesse, estava carregando muitas coisas comigo, muitas pedra e tocos nos bolsos, acho que afundaria. E em meio ao medo de não conseguir e ficar parado com os pés na água me sentindo empurrado. Fiz o que achei mais óbvio... Tirei toda minha roupa e me joguei na água tentando boiar... E os ventos me levaram pra longe, muito longe...
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(Fiquei a noite inteira neste sonho, "ainda bem" que a parte que durou mais foi a parte de boiar inerte na água empurrado pelo vento)
4 comentários:
what a dream
Tell me about.Beijo
em choque... nossas vidas correram separadas por muito tempo, continuam se separando, separando e voltando, voltando porque te conheço, me conheço te conhecendo
E me conhecendo me abre teu mundo e eu divido o meu.
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