domingo, 7 de dezembro de 2008

A ponte.

São os braços que ligam um lado ao outro, mas que adianta ser só a passagem? Pois ela apenas conecta, mas não é capaz de manter, absorve um pouco da felicidade dos encontros e o pezar das partidas. Chinelos, sapatos, saltos, botas, calçados que partem no peso do arrastar ou na pressa de chegar é apenas isso que leva em suas costas, nada fica, tudo e todos querem se conectar ou desconectar de algo, se prender ou se desprender e é por meio dela que acontece. Superando grandes alturas ou grandes profundidades já uniu povos e amantes, amigos vindo de lugares distantes, também já separou famílias e as dores vizinhas, mas ela está lá pra esperança de alguns ou pra solidão de outros.

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