quarta-feira, 25 de março de 2009

Espera

...
Assim ele chega e é apressado, o tempo corrói partes de um coração que ainda aguarda.
Não aguarda por que é tolo, mas sim por que dele faz parte.
E aparte do que dizem, não é triste a lembrança.
Nada tem em troca da esperança. Nem prova nem cobrança.
Vazio em si e cheio do que não é.
Tristeza mesmo seria não pensar, pior ainda seria não lembrar.
Paralisado espera por um tempo que corre e encobre,
Os segundos intermináveis de dias de sol cinza.
Refletindo nas nuvens a esperança do que o tempo não pode.
Não pode ser o que não é. E muito menos ser o que já foi.
E ele passa rápido num contexto real, mas passa infinitamente lento na memória.
...
(Existe sempre outro dia)

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