domingo, 4 de janeiro de 2009

Sem pontos vírgulas sem nada apenas tontura

(Leia de uma vez mas não esteja com sede ao ler)

Maldita confusão de pensamentos gira minha cabeça solta ao chão como tumbleweed gira gira corre corra solta ao vento de um lado para outro rolando circulando em seu próprio eixo ao centro aos lados tontura seca saudade que esmaga em pedaços aquilo que não consigo parar de pensar pensamentos que giram sede de um beijo distante de outro tempo mais distante ainda sufoca esse céu escaldante na poeira desta cidade maluca cheia de gente cheia de sonhos cheias de vontades cheias de sofrimentos gira gira sem parar pior que o carrossel com seus cavalos olhos vidrados e sorrisos cínicos pior que fila pra pagar a conta longa chata só gira gira gira em torno de si mesma tontura tão dura esquece o que ta fora esquece o que ta dentro angústia Augusta como de quem corre pra chegar e nunca chega e de quem chega mas só sozinho está então o rodeia e o gira culminam tontura excessiva vômito inevitável desprezo ao alívio inesperado mas em seu eixo cabeça em torno de si mesma nunca nunca nunca para de girar

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