sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Nada

É o dobrar, desdobrar e redobrar de novo. Às vezes passamos tanto tempo com raiva ou se lamentando do que foi e o que não foi que esquecemos os reais motivos pra ter raiva e se lamentar, quando se perde muito tempo em coisas inúteis o que se pode esperar de volta é e tão somente um vazio, um estado oco da alma. E de puro vácuo o silêncio ecoa o som do nada que transforma-se lentamente em nada, mais, é como se nada se transforma em nada do nada, é como se o “espaçoS” (uso “s” por que se tornou tão grande que merece um plural) se multiplicasse e o espaço cresce, “vazioS” cada vez mais, do centro vai as bordas... Nada.

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

E o que está errado,

talvez a vontade de ser...
A vontade de ter.
Meter.
De beber até cair,
comer por gula...
De caminhar na chuva.
De correr da chuva.
De ficar deitado preguiçoso naquele domingo.
Chegar no dia seguinte a tarde.
Culpar os outros,
culpar a si mesmo.
Por cabular aula,
Called in sick.
Erros dos erro no caminho de acertos
Re-acertos de erros que já não fazem mais diferença.
Doença...
Sentir saudade,
Ter maldade.
O humano e sua humanidade.
Imperfeita
Por vezes mesquinha.
Incrédula do divino,
comédia
bestial de preconceitos;
Merdas e hipocrisia.
Línguas grandes, palavras que não voltam.
Boca pequena incapaz de gritar a martelada no dedo.
Erro, erro, erro, erro, erro e erras.
E onde fico nisso tudo.
A mercê da sorte.
É um erro.
Em cima do muro ou
escondido no escuro.

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Será que foi um sonho?!

Hoje eu vim te visitar menino, sentada nesta poltrona laranja no lugar aonde um dia foi meu quarto te observava rolar de um lado ao outro da cama. Era como se eu pudesse ver, dentro de teus pensamentos, o que te tirava o sono, várias imagens confusas eu via ali e elas me davam até aflição.

Senti que mais uma vez ela estava aqui em minha casa, deitado em minha cama sem conseguir dormir por pensar em várias coisas que acontecem em minha vida, sentia a presença dela sentada na poltrona laranja em minha sala, ela estava com uma cara triste, meio que preocupada, eu não sei dizer ao certo se a vi ou se era sonho, na verdade não sei nem dizer com quem ela se parece, isso me deixa aflito.

Levantei de onde estava sentada e com dificuldade andei até sua cama, sentei-me ao teu lado e comecei afagar tua cabeça, queria que você soubesse que apesar de sentir se só tinha alguém estava aqui com você, alguém que não quer nada além do teu bem, sem mesmo te conhecer bem. Aliás, eu te conheço melhor do que imagina, talvez melhor até do que todos que estão ao teu lado. Eu acordo com você cantando todos os dias, conheço o teu andar de um lado pro outro quando está preocupado, e entendo tuas aflições, todas as manias que tem e todos teus sonhos.

Senti que ela vinha andando até mim, ouvia o som de seus passos arrastando uma das pernas em direção a mim, senti o peso do corpo dela sentar ao meu lado na cama, e o “calor” de sua mão em minha cabeça. Não tive medo, pois tudo parecia um sonho. De repente me sentia querido, uma sensação de conforto me recobriu.

Dorme menino, acalme esse coração, as coisas, uma hora ou outra, acontecem. Não dá pra perder a cabeça, pois ela está grudada, assim como o todo o resto que gruda na gente, o passado e quem passou fazem parte dessas coisas que agente não desgruda, sentir saudade não é feio ou ruim, faz parte assim como partir, eu sinto falta de muita coisa, sinto saudade de tantas outras, e não tenho vergonha disso. Mas você deve seguir seu caminho sem ter medo da vida ou olhar pra trás com arrependimento deixe sempre no canto da boca um sorriso.

Certo alívio acalentava meu coração, percebi que não adianta querer fugir de certas coisas, elas sempre estarão presentes dentro de mim mesmo eu querendo ou não e sei que não é feio ter medo da vida ou sentir saudade de coisas e pessoas que já passaram, não se arranca a cabeça pra esquecer o que está embutido na gente isso seria morrer. Neste momento que vivo hoje olho pra trás com um sorriso no canto da boca, pois apesar de tudo, o passado e quem passou, não foi de todo ruim, afinal existe tanta coisa boa grudada em mim.

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Ela não estava mentindo.

Parado na plataforma da estação Ana Rosa com um amigo, observava as pessoas em volta, nada além do normal era observado senão fosse aquela garota, pele morena, cabelos escuros, mais ou menos da minha altura, corpo que poderíamos chamar de “gostosa” nem muito magra nem muito gorda. Usava uma bermuda de lycra brilhante, uma camiseta dessas de competição com alguns logos de patrocinadores, sandálias Havaianas, um boné preto e nas costas uma bolsa saco pendurada.

Impaciente eu olhava para o túnel pra ver se o trem vinha, ela estava diretamente na mira do meu olhar, mas eu tentava ser discreto o suficiente para que ela não notasse, mas ela de alguma forma percebeu que olhava, ela começou insinuar-se; passava a mão na bunda e olhava com uma carinha meio “perva”. Cutuquei meu amigo e ela meio que deu um sorrisinho de canto de boca pra gente. (Chocolate ao leite com lâminas de laranja).

Logo o trem chegou, entramos todos, ela na frente. Vagão lotado, quase todos os assentos ocupados acabei ficando em pé com meu amigo frente às portas que já não abririam mais. Ao meu lado esquerdo a garota sentou-se. Em frente dela dois rapazes, que já estavam no trem quando entramos, conversavam sorridentes. Num relance de olhar o rapaz olhou pra moça e com um sorriso muito branco, fez um gesto com a cabeça para o outro moço, ela logo lhes abiu um sorriso e começou puxar assunto.

(Ah! Esses hormônios! Pensei).

-Oi tudo bom? Tá calor não é? (Ela soprava pra dentro de sua camiseta pela gola semi puxada pra baixo.)
-Sim muito quente! (O rapaz do outro lado do corredor mostrou interesse e projetou levemente suas costas para frente).
-Eu estou ficando doida com esse monte de gente e o tanto de coisa que tenho pra fazer e esse calor que não passa.
O rapaz só sorria. (Em meio a noite a lua era muito branca).
-Faculdade e treino uma correria, e essa semana tem feriado e depois mais feriado e pronto acabou o ano! (Ela disse sorrindo).
-Qual seu nome? (Perguntou o rapaz, abrindo suas pernas e colocando a mão levemente sobre seu “pacote”).
Ela soltou sua camiseta e passou uma das mãos sobre uma de suas coxas.
-Luciana. E o teu?
-Paulo.
-Você mora aonde? (Ela perguntou curvando-se pra frente também).
-Moro aqui na Consolação, mas estou indo pro Pantanal.
Nossa que longe! Mas você está indo pra lá agora? (Ela mais interessada mordia os lábios).
-Sim pro bairro Pantanal, estou indo correr, quer ir com agente?
-Há há! Eu não corro, eu nado em competição.
-Que legal! Tipo olimpíadas? (Ele muito sorridente perguntou, quase na ponta do banco onde estava sentado).
-Sim, das paraolimpíadas. (Ela falou levantando e curvando se perto do rosto do rapaz.)
Olhando pra ela ele perguntou o por quê?
-Eu não gosto de falar nisso, tenho vergonha. (Com uma das mãos apoiada na bunda)
-É que eu tenho problema! Já indo em direção a porta do vagão.
Após olhar bem para o corpo e concluir que ela não tinha nenhum problema físico aparente, ele em tom de brincadeira falou:
-Só se seu problema for mental, por que olhando pra você eu não vejo nenhum problema!
Ela sorrindo disse:
É isso mesmo eu tenho um leve retardamento mental!
Voltou e deu um beijo no rosto do rapaz e disse:
Adeus, um feliz Natal pra você!

(Ela não estava mentindo)

sábado, 7 de novembro de 2009

O ciúmes é uma causa perdida de que todos querem participar.

De repente ele se viu só, a música já não estava mais tocando, existia apenas o som dos carros passando na rua, a moto que explodia seu escapamento, numa rua tão curta, com raiva esperava que um carro viesse de frente e partisse o motoqueiro ao meio. Isso era maldade demais, mas se sentia assim um tanto quanto mal naquela manhã.

O cheiro do teu perfume, o qual você levou um tempão pra escolher, ainda estava no ar, e de certa forma isso lhe dava um pouco de aflição, o ciúmes é uma causa perdida da qual todos querem participar mesmo que involuntariamente.

O sol brilhava lá fora, mas em sua mente havia uma tempestade de pensamentos, insegurança. Olhou para a caneca ao lado e pensou em tomar um gole de seu café, mas olhando bem dentro da caneca viu uma formiguinha que tentava não se afogar, pensou em ser “bonzinho” e retira-la de dentro da caneca, mas ele estava mau naquela manhã e decidiu assistir seu esforço por um tempo até que insatisfeito foi até a pia e abriu a torneira virando tudo ralo abaixo. Lembrou do veneno que sua amiga lhe deu; pensou em seu próprio veneno, achou que ele não servia para nada tinha efeito passageiro e passageiro ele se sentia nessa nova viagem.

Ascendeu mais um cigarro, já era o terceiro na seqüência, se sentia um tanto quanto estúpido por sentir tanta aflição, sabia que tinha sido duro demais quando falou que você não poderia voltar pra dormir lá, mas na verdade nem ele mesmo sabia o porquê tinha dito isso. Pensou em ligar pra você e dizer que tinha se enganado, mas achou melhor esperar que as coisas se acalmassem. Dentro dele ele sentia;

Talvez fosse o maldito ciúme, talvez a maldita insegurança, talvez sua própria tolice.

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Ele pensou. Ele chorou e novamente sorriu.

Talvez fosse como viver em outro corpo ele sentia; Quando uma vida inteira de tombos e hematomas te torna dormente. Algumas coisas não parecem fazer sentido; como uma dor que já não dói mais. Como um corte que não sangra nem um pouco. O transpassar de uma faca por entre a carne. Mas nada faz sentido.

Talvez fosse como viver uma outra vida ele percebeu; Um coração machucado que temia amar. Vultos que davam calafrios, mas esquecido de quem eram os fantasmas. Seus braços fracos que não sabiam abraçar. Uma boca seca sem saliva pra beijar.
Talvez houvesse esperança ele pensou; Sentado em seu canto analisava as opções que tinha, não eram muitas, mas o suficiente para recomeçar algo, talvez mudar de nome fosse trágico demais. Mudar de cidade podia parecer fuga. Mas não somos todos tolos e tentamos sempre fugir de algo que não tem como se esconder.

Nós mesmos. Ele pensou. Ele chorou e novamente sorriu. Parecia, novamente, sentir algo. Começava então observar seus machucados e hematomas, todos pareciam recém feitos, sentia o sangue quente escorrer de cortes de uma pele fria que re-esquentava. Sua boca salivava pelo sabor de novas descobertas.

Retirou então a faca de seu peito.

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Um pé de garoto.

Esse semana fui visitar minha mama e morri de rir e não tive como não tirar uma foto. Embora eu seja super urbano e às vezes prefire o som dos carros a sons de passáros. Existe algo sobre bairros que me dá uma saudade dos meus dias de muleque; sentado nas calçadas jogando conversa fora,ou as tardes quentes de férias onde jogavamos voley e depois tomavamos banho de mangueira. Saudades desta época, saudades da hoodbarrapesada, suas pessoas e suas histórias.
(Qdo ele me viu com a camera ele deu uma risada gostosa e me perguntou se a pose estava boa.)

Bota, botas, pra fora.

Ali naquele espaço, naquele velho armário. Havia um par de botas, canos longos, estampa de cobra, altos saltos bem finos, muito confortáveis, muito bonitas, companheiras de vários eventos, mas com o tempo foi perdendo seu uso, me cansei de suas combinações, me cansei das suas histórias, de todas as noites usadas incansavelmente em pé em seus saltos; dancei várias músicas, pulei em vários shows, já esteve entre os sapatos que calçavam pés masculinos e femininos, enquanto beijos ardentes troquei.

Um dia, cansada de tudo que ela me lembrava, tirei de meu armário e numa esquina qualquer a deixei; estava aparentemente nova, senão fosse por suas histórias, mas a larguei e esperava que alguém as achasse e pudesse aproveitar dela como eu aproveitei. Esperava que trouxesse pra alguém as mesmas alegrias e histórias melhores das quais eu vivi.

E assim foi. Abri espaço em meu armário e deixei que outras botas, mais novas e com menos “uso” pudessem me levar a outros caminhos e novas histórias.

(If everything matches something, who am I to desagree?)

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Qualé que é?! Can u dig it?



Quando é cedo demais pra dizer certas coisas?
Não sei, mas sei quando é tarde demais, quando as coisas deixam de fazer sentido.
E dizer certas coisas é uma mera educação ou segue um protocolo.
Por que você me disse, sinto que necessito dizer o mesmo a você.
Sei que não é cedo, nunca, dizer pra alguém que você se importa, que você a quer por perto por quanto tempo for, se for; melhor, se não for. Talvez faça parte. A vida é um intricado meio, meia, rede, cachecol, inextricável de pontas e meios de fios, seus pontos tecidos lentamente de forma diferente a cada mudança de humor, a cada virada no caminho a tudo que te move pelo caminho.
Minha vida segue caminhos que desconheço, surpresas boas acontecem, quebrando alguns “mitos”, criados por mim, criados por outros, o que importa?
Sentir, viver o que se tem vontade por mais diferente ou inesperado melhor, se jogar no mundo ou “fumar até a última ponta” o que a maioria das pessoas que eu conheço quer: é sentir uma paixão, um amor, algo que vire seu próprio mundo de ponta cabeça, criando novos ângulos agudos que furam e dão aquela dorzinha de leve na gente, mas essa dorzinha gera novos medos, ansiedade e com tudo isso novas expectativas
Meu mundo se move lentamente em uma direção a qual não tenho muita certeza, mas não me importo, não é cedo pra dizer que me importo, não é cedo pra dizer que te adoro. Prefiro cedo ao tarde.

(Whatever life brings, I'm cool)

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Ah o que há?

Deixe a vida fluir
E para aonde os ventos levarem, vá.
Seja aqui, ou seja lá.
Se a lua está em touro e não onde deveria estar.
Se sua estrela cadente segue a direção oposta...
Acredite no que ai dentro há.
Não pare pra pensar nas tristezas de uma vida passada que não há.
Pense na vida que ai está.
Deixe fluir, deixe a mente viajar.
Viaje pra frente, no pra trás não dá.
Não se preocupe se brota a semente,
Olhe em volta e sorria com que há.
O mundo não acaba ai, nem aqui e nem lá.
Seja aonde for que vá.
Lembre-se que é de dentro que a semente vai brotar.
Mesmo que não acredite que aí, terra fértil há.
Dê um tempo ao tempo e colha o que virá.
Parece fácil quando não se dói a mente.
Mas o fácil é o que não há.
Se dê a vida de presente pra aproveitar o momento que virá.

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Cajuina - Cibelle

Hummm!

Sometimes...

Sometimes I do,
sometimes I don’t.
When I do, I do well,
When I don’t
I won’t.
If I won’t,
I want.
When I want I do.
And if I do only what I want?
I won’t do what I don’t want
Sometimes I won’t
and when sometimes I want.
I grant and if I grant.
I’m well

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Do que você tem medo?

De tirar da realidade fantasia ou da fantasia realidades.
De pessoas e suas atitudes pequenas e suas pequenas atitudes.
De não poder sorrir verdadeiramente por não lembrar-se mais de como se faz.
Ou de sorrir demais e incomodar as pessoas?
Medo em ser feliz!
Ser feliz e não perceber?
Ser o que é por que as pessoas podem falar de você?
Ser você e não esquentar com que falam?
Medo em sentir medo;
Medo da solidão
Medo de não superar as expectativas ou em ter expectativas demais
Ser intenso dentro do seu próprio tempo, se fazendo difícil de entender.
Não ser levado a sério?
Não entender o porquê das coisas.
Das surpresas da vida,
Boas, ruins.
Medo esse que nos poda de certas outras coisas.
Medo que nos previne que certas atitudes, tuas, dos outros.
Que acabem em merda!
Enfim, o que move teu mundo?
Medo de guerras, perder o emprego;
Se armar esperando pelo pior?
Será o medo ao invés do sexo que faz o mundo girar?
Ou ele, medo, para o mundo ao nosso redor?
Congela!
Acidentes, histórias do passado, inesperado, futuro, envelhecer, morrer, ser, esquecer, correr, não ser, cair, fingir, pular, não ter, cantar, ter demais, sorrir, chorar, não saber, traição, verdades, trair, começar, mentiras, parar, desacostumar, saudade, desespero, emoção, seu próprio coração.

Do que eu tenho medo? Acho que é de não ter medo e de me enfiar em situações as quais se tivesse medo não entraria, ou ter medo demais que me poda de coisas boas, mas na verdade penso que tenho mais medo de mim mesmo e de talvez metade destas coisas.

Gira mundo!

Oh no! Not again: Insomnia

This isn’t cool anymore I was trying, I promised, to be a good boy, go to bed early (before 3am), make my prayers, was late I know, but just because I wanted to hold it as much as I could to be really tired, so it wouldn’t happen again. So I slept I was feeling very dead beat but only my body, my mind was still awake and between dreams and initials. G that I want so much to see back in Philly and hug him again, all the hugs I got from B and everything else happening from A to Z passing by Cs, Fs, Js, Ms and Ss, I could not sleep anymore.

Was like Patsy darling sleeping thru a home fire. Was something I had no control, I worry too much and about that, nothing I can do. And it's weird but I felt loved, I felt I still have so much love in and on me, I felt a bit sad but comforted cause I know when we are not doing so well if we have friends we can survive, always, and because of that I felt Absolutely Fabulous. Hope exists and "love actually happens" gratuity love, even in eye of a tornado.

(Pet Shop Boy - Absolutely Fabulous)

(Diova Ton Dluoc Gnilrad Yrros)

sábado, 3 de outubro de 2009

O Capeta Samba Pelado em Mesa de Bar.

Gente o que anda acontecendo em volta? Alguém com uma noção melhor que a minha pode me contar? Será que essa insônia toda me deixou lesado, estou perdendo os sentidos o “sentido” das coisas que estão acontecendo. Sem detalhes.
God! Caracas; acho que preciso de um comprimido para meu entendimento, sem ironias, acho que só pode ser isso ou sei lá. Se não estou dormente meu cinismo não me deixa ver o que acontece com clareza, (foi o que me disseram). Não estou entendendo mais nada.
Por que algumas pessoas acham que elas podem fazer tudo a todo o momento e o resto tem que dançar a som de sua música. Please note "I'm not your bitch don't hang your shit on me". Aqui não tem capeta sambando pelado em cima da mesa não. Eu não preciso concordar com tudo e nem quero. Tenho personalidade e força suficiente para agir da maneira que bem entender. Não me cobre o que você acha que eu deveria fazer. Eu só faço o que quero, às vezes abro algumas exceções, não adianta lamentar-se ou me cobrar se quiser é assim, se não, pegue seu capeta e leve pra tua mesa.
Em minha mesa. Sambo pelado EU!

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

4U

So many times we laughed together.
So many times we got drunk together.
Tons of times we talked shit, meaningless but funny stuff.
So many times I needed a hand to hold. I found yours.
So many times I wanted to go away, but u made me stay
So many times I had nowhere to turn, I looked 4 u
So many times I need to talk, I talked to u.
Even when I could not talk, because I was sobbing. You were there 4 me.
And whatever happens in this life u r not alone I’m here, always, 4 u.

quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Mariposa

Coloco, às vezes, muitas expectativas em coisas que não deviam sofrer o peso de nada além do peso do que "já é". Relacionamentos, principalmente, em seu começo, notoriamente são bons, colocando expectativas e ansiedade em cima, eles podem se tornar insuportáveis. Não adianta querer medir o que é pelo que foi, parâmetros e comparações são em seu “mínimo” bons e em seu “máximo” uma barreira para tentar compreender a complexidade de cada pessoa separadamente, se é que precisamos realmente entender.

Uma tendência é tentar comparar o que não se compara, existem coisas que não adianta tentar dessecar na busca por uma formula perfeita, não creio que as coisas devem ser perfeitas. “O drama está no contraste entre luz e sombras”. Em alguns momentos me sinto como a mariposa que foge de seu esconderijo na sombra e torna-se escrava da luz. Batendo e girando em torno dela até sua exaustão.

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

inBilliesomHolidayniac

Fazia uma hora que ele havia ido dormir e faltavam três horas para ele acordar, mas ela mais uma vez voltava a lhe procurar, desta vez ela chegou assim do nada e de fininho foi aumentando e se transformando num bom sonzinho, veio em forma de Billie Holiday desta vez. Como assim? Ele achou que tivesse sonhado que estava sentado em uma mesa de jazzbar e debruçado em suas mãos observava Ms. Holiday cantar. Ela recostada ao piano com seus gestos singelos e sua voz melódica, Estes sons de piano, sax, trompete e outros instrumentos iam aumentado e ele sentado batia um dos pés ao chão e balançava seus ombros. É, a imagem não estava muito nítida, era apenas um sonho, mas ele sabia que ela estava lá, cantando em algum lugar dentro dele.

(Billie Holiday - What a little moonlight can do)



(This video was the dream I had, I was there somewhere and she is here everywhere)

domingo, 27 de setembro de 2009

Something is going to happen.

Something weird is turning my guts inside out. Have you ever been a chub kid, a too thin girl, a nerd, a gay teen or something that don’t conform to the ideal of people around? That is the sensation I’m feeling now. Right now, I’m trying not to think about things that are bothering me, I’m trying to convince myself that I’m wrong, but my gut feeling is telling me: You might be right.

That is a pity.

Lindabella Astúcia ensina seus "moves"

...
When I first saw this video I thought about you...
I thought you would like it as much as I did
When I first saw this, I was sad.
When I’m sad I remember you, because you are my friend.
Now I don’t know anymore and I still not knowing more.
But this video makes me happy and I think you will like it.
Cause is silly, is funny and sort of happy
and it makes me remember all the goofy stuff we do when we are together.
And I miss that.
...

(Este vídeo foi feito por um amigo,
(Leandro Benites),
muito “sério” e muito divertido.
Lê muito obrigado, você alegrou
meu dia e toda vez que sinto um
leve bodinho chegando eu logo me
lembro de você neste vídeo.
Muito obrigado por me deixar posta-lo aqui.)

(Lindabella Astúcia)



(Gosto das idéias simples, pois elas aliviam a complexidade dos meus pensamentos)

O que é concreto?

Fala-se tanto de concreto, o que é? O único que conheço é aquele que tem em construções, quisera eu ser concreto, ou não, queria saber como é ser “thru,” ser frio, imponente e cinza. Tudo sempre foi tão colorido, mas concreto é cor?! Apesar de que nestes últimos tempos tudo tem parecido tão sem cor. Sinto falta de algumas pessoas que conheci, mas a vida dá tantas voltas e sometimes you have to pick sides. I understand. Mas isso não me impede de sentir. Não sei ser de outra forma. E quando tudo, a dor, aperta demais eu me escondo. Percebi que quando se está triste o vento corta muito mais profundamente o nosso rosto, o concreto parece mais gelado, mais cinza, mais solitário e se tudo gira uma hora, giro eu junto. Talvez.


Me escondo. Ou, não me movo, pois tenho medo, medo de gerar tufões (como as asas das borboletas) medo sempre foi uma palavra que odiei, assim como concreto, assim como cinza. (cinzas ao vento dissolvem-se em saudade de tudo o que um dia foi). Minha vida em outras “estórias” sempre foi diferente do que tem se tornado. Tornados? NÃO. Mais vento, mas vento, mais cortes. O sangue mancha o cinza tapete, calçada, desta cidade, se não for aqui onde será? Onde está o meu caminho?

Caminho só, sentido o vento ao meu rosto, uma mão no bolso na outra meu cigarro que se consome e some com o vento, fumaça ingerida pelos meu s pulmões; concretos e se tornam cinza, preto. Mas eu não ligo. Aprendi a “não me importar com coisas pequenas”, sangue que escorre da agulha que risca, rasga minha pele deixo marcas em meu corpo que vento não sopra e concreto o tempo não me apaga.

(I would love so say something, but this time, for love I will not say)

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Ai! Em que, molhadeira, se meteu Lúcia.

Com seus trinta e quatro anos, bonita, profissional e muito fogosa, Lúcia, separou-se de seu marido com quem foi casada por quase dez anos, voltou pra casa de seus pais e nesse meio tempo reformou uma pequena casinha que havia comprado na intenção de fazer seu próprio escritório de arquitetura. O que não rolou continuou então a trabalhar no mesmo escritório que sempre trabalhou desde que se formou. Ela não gostava muito de lá, não entendia as piadas dos “caras”, mesmo depois de tanto tempo, o dono do escritório um senhor muito inteligente vivia sofrendo pelos estagiários que nunca ficavam mais de 6 meses por lá ela deu sorte foi a única que ficou e foi efetivada. Achava que era uma boa profissional e se segurava no moto: Devo sempre fazer o melhor, por que um dia eu terei meu próprio escritório. Mas as coisas por lá não eram assim tão legais a maioria dos caras eram gays e as meninas também. As vezes se sentia perdida, com o tempo foi aprendendo um novo vocabulário o deles. De vez em quando saia com eles, mas só pra happy hours, antes não podia sair para “baladas” por que seu marido era muito ciumento, mas agora que eles não estavam mais juntos, mesmo assim evitava, não curtia muito o som dos lugares aonde a rapaziada ia. Gostava, ela, de uma coisa mais “butch”, um samba de roda com mulatos suados de mãos grandes.


E falando em mulatos na rua em que morava havia um mulato que a deixava doida, ele trabalhava na construção em frente sua casa, a primeira vez que se falaram foi num dia de muita chuva quando parou em frente ao seu portão, voltando do trabalho, para estacionar o carro esse moço de braços fortes e barriga tanquinho juntava umas pedras do chão em frente à casa em construção. Ele pediu pra ela abrir a janela e disse: Dona, mim dê a chave que abro pra tu. Ela adorou a cavalheirismo do moço e sorridente disse que não precisava (mentiu, não queria se molhar). Entrou foi até o portão e agradeceu o moço que já voltara a arrumar suas pedrinhas. Ela entrou, olhando pra trás e a imagem daquele moço, alto, forte e jovem não saia de sua cabeça.

Uma semana se passou e por ter trabalhado até tarde não tinha visto o tal moço de novo. Sábado, sem fazer nada em casa, sentiu se de "coração aberto" e decidiu ir até a obra e levar uma coca gelada para os moços, eram cinco no total, porem só havia três homens por lá, nenhum deles bonito suficiente quanto o tal moço, até tinha um outro super simpático e até dava pra perder meia hora, mas ela queria aquele. Entrou apresentou-se pros meninos deixou as cocas e perguntou sobre o tal moço (alto, bonito, gostoso, pensou), o mais ou menos bonito e também o mais novo, Francisco, disse que o “Zézinho” tinha ido com o pai, o outro trabalhador da obra, visitar uma tia doente e que amanhã ele estaria de volta.

Ela não conseguiu esconder sua cara de decepção, mas mesmo assim agradeceu e pediu aos rapazes para agradecerem Zezinho pela gentileza do outro dia. O tal Francisco deu um sorrisinho cínico e disse, apoiando a mão na "mala" por cima do jeans surrado: Pode deixar Dona nós avisa o moço. Saiu de lá com um pouco de medo de ser encurralada no canto e ter que “fazer coisas” que não queria fazer. Essa idéia lhe deu arrepios.

No domingo quase de manhã, votando de uma sambão que não rendeu muita coisa além de uns esfrega-esfregas, os mais bonitos estavam acompanhados. Chegou doida em casa e não conseguia dormir, se sentia quente, era uma noite muito quente de verão. Logo cedo depois que já havia sol ouviu o portão improvisado de madeira deixar cair a corrente, era o Zezinho que chegava com seu pai da tal visita a tia doente. Pensou é agora ou nunca! Tomou um banho rápido colocou um penoi, correu até a lavanderia e arrancou a torneira da maquina de lavar debaixo de marteladas, com água voando pra tudo quanto era lado acabou ficando molhada e o que já era transparente ficou muito mais transparente ainda. Saiu correndo descabelada ainda com o martelo na mão e foi à casa da frente chamar Zezinho, atravessou a rua gritando por ele que saiu correndo e a segurou nos braços dizendo: Dona quê que aconteceu? Ela, esperta, esbaforida não disse nada, o foi empurrando pra dentro da casa dela, chegando lá dentro ele saiu correndo vendo aquele monte de água que agora tomava todo o chão, subiu num banco que estava próximo e fechou o registro. Ela debaixo só observava a bunda do moço em cima do banco que deixava a mostra uma cuequinha velha.

Descendo ele perguntou o que tinha acontecido e ela disse fazendo biquinho que estava tentando arrumar um vazamento, ele sorriu e perguntou: Cum martelo? Ela sem graça ainda com o martelo segurado entre os peitos disse que não tinha outra coisa. Soltou o martelo no banco e foi pegando a mão do rapaz e levando-a em direção a seus seios, veja só como fiquei molhada ela disse. Ele respondeu então é melhor a sinhora ir se banhar e por uma roupa seca. Ela foi além e tentou beijar o moço. Ele se esquivou e disse: A sinhora é muito bacana e muito bonita, mas num tá certo isso não viu Dona. Ela sorriu e disse: Você não me acha atraente? Ele disse; sinhora, eu já sou comprometido se num fosse e em outra situação eu até ia gosta. Ela indignada perguntou; oquê sua fulana tem que eu não tenho?

Ele sem saber o que dizer e não vendo outro jeito disse apenas a verdade: Sinhora num é minha “fulana” é meu fulano eu sou namorado de Francisco, por quase treis anos, ele é o outro moço que trabalha na obra.
E ele foi saindo enquanto ela, desconsolada, ia se sentando ao chão molhado.

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Tudo gira, e é assim?

Se tudo fosse mais fácil não teria graça.

Gosto de coisas complicadas,
Amores impossíveis.
Dores que doem até a dormência.
Não gosto de saudade,
Prefiro bebidas geladas em dias frios e em dias mais quentes, fico a sombra.
O meu café é forte.
E talvez eu tenha muita sorte.
Sem esqueletos no armário, talvez caveira no peito.
Lado esquerdo ou direito?
Não me preocupo com que falam de mim.
Mas me importo com quem gosto.
E se gosto, gosto de verdade.
Posso ler em suas entrelinhas, mas prefiro honestidade.
Não me escondo e não me mostro.
Sou tímido e sou forte.
Gosto de acordar tarde e de dormir também.
Odeio chão gelado. No calor deito no chão.
Como. Quando sinto fome,
Mas sempre me esqueço de beber. Água
Danço de olhos fechados, mas sempre sei o que está ao meu lado.
Falo com todo mundo, mas nem sempre falo tudo.
Aprendi ficar calado, mesmo exigindo; força muito grande, de mim.
O que espero?
Não espero, simplesmente. Vou atrás,
do que quero.
Muito tarde, sedo, quando sol lambe meu rosto.
Mas acabo esquecendo-me do tempo e o tempo se vai assim:
Complicado, impossível, forte, faminto, bêbado, sem fim, dormente, caveira sem dente; Olhos fechados, pedaço de mim. Tarde e lento, tímido, para sul, forte, para norte. Tudo gira, e é assim?

sábado, 19 de setembro de 2009

Vai com calma.

A minha primeira vez doeu, pra caralho, nem consegui terminar. Óbviamente é a minha primeira vez também e não fala assim...
Eu to quase amarelando.
Ah prepara direito então, você vai passar vaselina pra escorregar melhor.
Lógico que vou.
Eu acho que deve arder e esquentar um pouquinho, você pode dar umas molhadinhas pra esfriar?
Pode deixar vou cuidar bem de você.
Se doer muito posso pedir pra parar? Você não fica chateado?
Claro que não, não quero que você sofra, mas sentir um pouco de dor é normal. Mas depois passa.
Olha lá é grande viu.
Eu não acho, acho que é de um tamanho razoável.
Então tá. Manda pau!

(Com tanta coisa que tenho em minha cabeça e depois de ter chegado super tarde em casa, eu quase dormi, nem senti, na verdade senti um pouco, mas nem dei bola)

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Francamente!

Uma das vantagens de “na minha época ter sido uma pessoa muito famosa”, é que; eu ainda tenho crédito com algumas pessoas, sou convidado pra algumas coisas “legais”, algumas festas interessantes, não pego fila em outros lugares, mas por outro lado não ser anônimo me causa alguns constrangimentos, manter um up-date da minha vida pessoal pra todo mundo que conheço por ai é um tantoquanto difícil, na verdade eu não acho que devo dar satisfações de tudo que faço ou com quem ando. Mas algumas vezes me pego em situações que tenho que “abrir” alguns detalhes com tais pessoas. Principalmente quando o assunto é passado. Eu fico sabendo de um monte coisa por intermédio de pessoas que conhecem “pessoas” até fico sabendo da vida de pessoas que nem vivem mais aqui no Brasil, na verdade, em algumas ocasiões é bom saber que um amigo, colega está bem. Mas por favor, nem venha falar trasheiras de pessoas que conheço ou conheci, eu fico um tanto quanto puto, primeiro que se não falo com tais pessoas é por que tenho meus motivos, não quero saber se concordam ou não só as quero longe do meu caminho. Segundo se fulano trai sicrano, com outros amigos em comum, não é problema meu. Eu não fico feliz em ver pessoas se fodendo, na verdade fico triste, eu não sou do tipo que precisa ver que alguém está mau pra fazer meu dia mais feliz, busco satisfação em outras coisas. Vivo minha vida e pronto, se você faz parte dela é por que eu quero. Se não quero você em minha vida eu te explico os meus motivos, não gosto de small talks, não gosto de gente enxerida. Então por favor, quando tiver algo pra falar de alguém que eu conheço e você também, vá direto a pessoa, eu não preciso ser ponte pra coisas deste tipo. E meu, na boa, cuide de tua vida, eu cuido da minha e deixe que os outros cuidem das deles.

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Ah! Clarice.

"Sou como você me vê,
posso ser leve como uma brisa,
ou forte como uma ventania,
depende de quando,
e como você me vê passar."

"Gosto dos venenos mais lentos
Das bebidas mais fortes
Das drogas mais poderosas
Dos cafés mais amargos
Tenho um apetite voraz.
E os delírios mais loucos.

Você pode até me empurrar
de um penhasco
que eu vou dizer:
E daí? Eu adoro voar!"

"A única verdade é que vivo.
Sinceramente, eu vivo.
Quem sou?
Bem, isso já é demais...."

Clarice Lispector

terça-feira, 15 de setembro de 2009

3 WORDS

Bossa N' Marley
Love it, thanks Talita for the tip.

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Eu tenho outras crenças

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Por vezes acho um tanto como complicado avaliar algumas coisas que acontecem em minha vida, a diferença que algumas pessoas fazem nela e a possibilidade de fazer a diferença na vida de outras. Será que essa é uma causa que eu deveria realmente parar pra pensar e tentar mensurar? Eu penso que tudo tem um motivo pra acontecer, seja ele qual for, sendo assim será que realmente eu deveria tentar entender ou deveria simplesmente não pensar, talvez como num sonho apenas cruzar inerte um oceano com as mãos atrás da cabeça?
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Esse último dia, apesar de estar com meu coração apertado e aflito com algumas outras coisas, na verdade nem era por mim, lets not go there, aconteceu um fato que me deixou muito em paz, num minuto eu me senti estranho, mais estranho, não conseguia entender uma coisa tão simples e boba, sei lá por que, mas depois, num próximo minuto, fiquei tão feliz, feliz de verdade. Pode até parecer esquisito, mas eu percebi que “perder” nem sempre é perder, perder às vezes é ganhar, parece conversa de loco? Acho. Mesmo por que não perdi nada. Bem vindo ao meu mundo. As coisas fazem sentido pra mim assim, sem ter sentido algum. Infelizmente ou felizmente eu sou estranho, mas estranhamente estou feliz.
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Não falo isso da boca pra fora, só por que quero que achem que estou me esmerando pra provar algo, eu realmente encontro dentro de mim um coração em paz, não é paz de vingança, não é paz de conforto externo, é paz de mim comigo. Eu podia dizer tantas coisas que me levaram a isso, mas na verdade eu não penso que preciso. Eu sigo meu caminho sozinho e pela primeira vez em muito tempo isso não me assusta mais. Saber de algumas coisas antes delas acontecerem, é, eu sei coisa de doido, mas saber delas antes, me prepara pra todo o resto que não acontece mesmo quando eu acreditei que poderia acontecer. Eu não tenho motivo nenhum pra me sentir decepcionado ou com raiva de ninguém. O meu passado está onde ele deve ficar. Lá atrás. Não faz diferença se foi bom, se ruim foi, só sei que ele se foi. Junto com ele foi um monte de coisas que acreditava, mas hoje, ainda bem, tenho outras crenças.
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(Nada se aprova quando não se prova o sabor de sensação de paz verdadeira )

domingo, 6 de setembro de 2009

Mensagem.

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Não sou perfeito, eu sei, e não espero que as pessoas sejam. Mas de todos os defeitos que as pessoas têm, existe um que eu acho o pior, por que eu nunca deixo um amigo sem resposta, conheço bem a aflição de esperar, ah e como. Odeio quando mando uma mensagem pra alguém e esse alguém não me responde. Eu respondo, ás vezes não consigo responder na hora, eu sei. Mas respondo, por uma questão de educação, por uma questão de respeito e mais que tudo por uma questão de consideração.
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(Fiquei chateado sim, mas quer saber isso já não faz mais diferença, tava só esperando você ligar e se tivesse passado muito mais tempo que isso, você já sabe... Forca nele)

sábado, 5 de setembro de 2009

Eu sou lindo

Sou lindo, muita gente queria ter meus “looks”, não sou rico, mas tenho, tudo, o que quero de uma forma ou de outra. Nem que eu tenha que bater o pé, espernear, fazer chantagem ou até mesmo “fazer o que não queria muito, se é que você me entende”, mas quando penso no que posso ter, lembro daquele moço dos livros de história que dizia: Os fins justificam os meios ou as meias, acho que ele era crossdresser e queria muiiiitttooo meias de seda e uma cinta liga. Hihihihi. Às vezes meus pais tiram dinheiro de onde não existe pra comprar coisas bonitas pra mim, acho que é pra tampar esse buraco que existe aqui dentro, eles devem ficar com pena de mim, tão pobrezinho tão vazio. Eu finjo estudar na verdade eu vou pra escola só pra dar close, fazer novos amigos, inclusive no banheiro. Tem lugar melhor pra conhecer alguém, as pessoas ficam assim, como elas são de verdade né, não tem como esconder elas ficam meio desarmadas ou não hihihihi. Um tanto quanto expostas com as coisas nas mãos e com a mãos na coisa. Mas eu gosto de ser como sou, por que todos me olham e me acham lindo. Mas ninguém perde muito tempo pra conversar comigo e quando alguém faz logo mostro pra ele como sou fútil, por que se alguém tiver que gostar de mim, tem que gostar como sou; e eu sou assim mesmo. ADOROOOOO! Passo horas em casa em frente ao espelho, imitando fotos “das top” que vejo em revistas e cuidando da minha pele, que na verdade eu não cuido muito não, eu sou lindo, e também pra que me preocupar se posso usar my make pra esconder as imperfeições, mas isso é segredo. Hihihihi. Faço e falo muita besteira, chamo as pessoas que gostam de mim de gordas, mas elas NÃO sabem que as chamo assim, por que sou sensível e não quero magoá-las com a verdade. Depois das minhas festas de aniversário, minha mama, minha mestra e eu vamos ver os presentes, ah não né gente, preciso do conselho dela às vezes, mesmo sendo top às vezes me bate uma insegurança né? Quando ela acha que a roupa que algum “amigo” me deu é de algum bazar desses aís da vida ela fala pra eu não usar, por que ela diz que eu tenho que ter tudo do bom e do melhor, e quando um amigo (gordo e pobre, ai que horror) pergunta se gostei do presente. Digo que adorei e já usei um moooontee de vezes, mas foi uma pena que a empregada "minha mãe na verdade, ainda não temos uma mucama" manchou de cândida, ah é, pobre gosta de usar cândida em tudo né, ainda não conhecem Vanish, hiihihi. No fundo, no fundo eu tenho um pouco de inveja das pessoas que têm histórias né, por que eu sou novinho e “escolhi ser lindo”, sei que nunca vou ser como aquele moço crossdresser do livro que falei, mas um dia serei famoso, nem que seja nas páginas políciais, talvez por empurrar ex-namorados na escadaria de algum mêtro qualquer, Sampa é tão dramático, ou talvez por ter roubado um banco, por ter levado uma amiga gorda ao suicídio ou to starving to death (pelo menos assim ela vai ficar magrinha né gente, hihihihi) ou talvez uma coisa mais básica; ter sido pego dando atrás da banca de jornal, mas quem se importa, o importante é ser famosos e eu sou lindo.

sábado, 29 de agosto de 2009

Vazio, nada. Em gozo.

Vida, ó vida assim tão vazia. Passo horas em frente ao meu computador tentando imaginar como tudo seria se tivesse coragem para fazer outras coisas dela. Vida. Tenho horas preguiçosas imaginando como seria ser o que não sou. Durmo e acordo pensando num mundo o qual eu não pertenço e talvez nunca pertença. Faço dívidas em meu cartão de crédito, indo de balada em balada tentando encontrar minha cara metade. Faço dívidas em meu cartão de crédito, comprando coisas para parecer mais bonito. Consumo mundos de ilusões despidas das razões. Razões o que são elas mesmo? Tenho sonhos, mas não tenho forças para realizá-los, durmo encolhido num canto da cama em um quarto escuro. Não abro minhas janelas, pois meu mundo agora é palco virtual, às vezes sou o palhaço às vezes sou o máximo. Mas quando me sinto o máximo, acho que não mereço me sentir assim. Então eu me afundo em minha solidão. Não dou espaço para as pessoas que me demonstram afeto. Assim me sinto triste. Acho que no fundo gosto deste vazio. Faz-me parecer forte, por que ainda não me desmontei por inteiro. Mas na verdade vou me desmontando aos poucos. Vou me despindo de meus valores. Vou me enrolando em histórias alheias. Alheias a mim. Sou fraco e sei disso, mas também não sei como ser de outro jeito, acho que já soube um dia. Passado. Preciso de alguém pra me dizer o que fazer. Mas quando encontro tal pessoa vou de frente, bato cabeça como cervo de chifres grandes.Quem é você que invade meu território? Sou a imagem do que muitos queriam ser, mas por dentro eu me sinto nada, vazio e fraco. Despejo meu gozo de gotas a jato, e cada vez mais vou esvaziando meu coração. De esperanças, de alegrias, de vontades. Nada disso é verdadeiro, verdadeiro, nada isso. Uma mera necessidade, efêmera. Vai-se com a última gota despejada. Soluços no silêncio do meu quarto, por que mesmo sendo assim, ainda resta uma consciência do que gostaria de ser. E que mundo é este que eu vivo? VAZIO. Despedaçado e desperdiçado em gotas de mim mesmo espalhadas pelo lençol de alguém que quis me amar. Mas não quis. Como posso, eu, me sentir amado quando eu mesmo não me amo?
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(Isso tudo me deixa triste, talvez vc discorde de mim, mas me parece que essa "primeira pessoa" não sou eu. E é assim que seu retrato está sendo pintado. Não sou eu o pintor e sim vc mesmo, sou um mero observador.)

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

No final da estrada há um lago.

Por grande parte do caminho eu andei livre, havia caminhos paralelos e adjacentes, cruzamentos e bifurcações. Mas na dicotomia da dúvida estranhamente escolhi este caminho, começou florido, teve muito sol, dias quentes, mas não muito quentes. quentes o suficiente para andar sem suar. Conforme os quilômetros foram passando, eu com minha mania de olhar pra tudo e querer tudo, cheirei algumas flores e coloquei algumas pedras e tocos nos bolsos. E caminhei e caminhei, não via nada a frente, somente o que havia nas laterais e continuei beijando e catando, flores, sal, água, dores, cobras, amores, sapos, garoa, pássaros, ervas, poeira, lua, pedras, mais pedras. Perdas. Quando o caminho começou se estreitar, suas laterais agora eram cercadas, não havia modo de voltar, lá final só havia o lago, mas eu não sei nadar, mesmo que soubesse, estava carregando muitas coisas comigo, muitas pedra e tocos nos bolsos, acho que afundaria. E em meio ao medo de não conseguir e ficar parado com os pés na água me sentindo empurrado. Fiz o que achei mais óbvio... Tirei toda minha roupa e me joguei na água tentando boiar... E os ventos me levaram pra longe, muito longe...
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(Fiquei a noite inteira neste sonho, "ainda bem" que a parte que durou mais foi a parte de boiar inerte na água empurrado pelo vento)

Alice who?!

(You might think u still have some points left... But my game with u is over.)


quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Mil pensamentos sobre uma mesma idéia.

Quando, pela cabeça, me passa a idéia de tua pele encostando-se à minha logo fico confusa. Uma mistura de imagens e sensações. Boas! E quando isso realmente acontece todos os sinais de perigo são mostrados... Sinais que idicam que as coisas vão além do que conseguimos absorver, disolve-se em saliva e gozo. Amolece as pernas ao final do jogo, vem uma preocupação sobre o que deviamos ou não deviamos fazer. O que achamos e não encontramos, uma ocupação constante. Mas para que não se ocupar e se preocupar com coisas assim tão boas. Porque rotular algo que nem se sabe o que é ou porque acontece... Se não foi o que era pra ser, por que não ser o que quer? Túmido e úmido é esse pensamento não do que foi e sim do que simplesmente é.
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(Não sou vádia, mas me misturo as cachorradas gostosas da vida)

Que?!

Dorme pouco, passa o dia inteiro arrastando os pés, mas tem que ser rápido, não pode parar, no restaurante da esquina, come no carro, dentro do vagão do metrô ou na fila do busão para poder dar tempo de fazer tudo. Falar com amigos, talvez pela internet, naqueles dez minutos que tira durante o horário do almoço, ou então por celular enquanto corre de um lado para outro, às vezes no metrô o sinal pega, às vezes aproveita parado no meio trânsito, às vezes fica com vergonha, quando no ônibus, e as pessoas carrancudas olham em sua direção. Sempre sorri para elas, mas nunca recebe nada de volta, mas pelo menos elas param de olhar, mas não de escutar. E quem te escuta quando você não tem tempo de escutar você mesmo? Ainda no banho a noite enquanto se questiona para aonde a vida vai te levar e da saudade que sente do contato físico de um abraço amigo e também de um beijo amante, sente-se cansado, desmotivado, pensa que daqui a algumas horas terá que acorda e hoje ainda é Segunda. Terça, quarta, neste dia às vezes um happyhour com colegas do trabalho, para criar aproximação e quebrar a semana ao meio, mas pra quem bebe muito pra esquecer, isso pode quebra as pernas. Continua na quinta com sono, cansado, cheio de coisas pra fazer essa semana se tornou curta, mas ainda tem mais um dia... Sexta que te anima, faz tantos planos, mas o dia tem tão poucas horas e no final dele, talvez, ver seus amigos queridos melhore o mau humor se não estiver muito cansado pra fazer qualquer coisa e só pense em ir pra cama dormir até segunda feira no horário de começar tudo de novo.

Confissões

Falo baixo em teu ouvido quase como um sussurro de confissão...
Confissão de um desespero tímido que tomou meu coração,
começa como garoa fina como vi naquela idade.
Cresce como chuva forte e vai virando tempestade.
Molha mil beijos de bocas quentes,
entreabertas e carentes.
Mastigando meu silêncio, apressado em vaidade.
Amor pequeno talvez até de falsidade.
Talvez como quem se faz um favor como uma auto-piedade.
Corri quarteirões inteiros de água do mar debaixo de chuva,
Observo enxuta,
em espelho de reflexo das confusões desta cidade
Reflete minha face ao fundo de teus verdes olhos em saudade.
Pura tolice de corações.
Também compreendo tuas confissões.
Mas sei que é melhor assim,
Enquanto de olhos abertos ainda olhas pra mim.



(Pouca vaidade não é bom, vaidade em excesso é muito pior)

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

London London

O tempo está passando a hora está chegando, o coração está diminuindo e batendo mais rápido se o meu está assim imagino o teu e o dele.

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(Cibelle Londo London)

Cibelle -Uma delícia de vóz que ecoa gostoso em meus ouvídos.

Foda-se

Ufa! Que coisa né? É bom sentir se leve, de uma forma esquisita talvez, mas já nem me importo mais. Não sei o que tem acontecido, mas tenho dito muitos “foda-se” ultimamente. E acho ótimo, ótimo por que eu andava muito preocupado com coisinhas bestas. Minhas aulas na faculdade já re-recomeçaram, minhas aulas no cursinho também, tenho feito dois turnos no “caminho da sabedoria” e aonde este caminho vai me levar? Foda-se! Não sei, eu só sei que hoje, vou de peito aberto pra qualquer direção. Conheci umas pessoas que me afeiçoei muito rápido, esse é meu novo “moto”, vou destrancar todas as portas. Abrir todas as janelas e deixar a luz entrar se é do sol ou da lua, foda-se.
É bom não ter mais aquela maldita aflição (bipolar, daqui a pouco pode aparecer outra fase, mas foda-se), na verdade ando meio cansado e hoje ainda é terça feira, mas foda-se. Peguei muito transito hoje por causa da chuva, escorreguei e cai no centro da cidade, plena Praça da República, naquela água suja do vai e vem do pisar das pessoas, levantei olhei em volta todos olhavam debaixo dos guardachuvas, comecei rir sozinho e continuei meu caminho. Esse semestre terei apenas aulas que não curto, tenho pouca grana pra sair para baladas, nunca me senti tão VIP (very incredible poor), comprar regalos para mi pies, que gosto tanto, vai demorar um pouco. Mas meu, de verdade, seja lá o que acontecer daqui pra frente. FODA-SE!

terça-feira, 18 de agosto de 2009

Answer

A weird good feeling is giving me goosebumps in the back of my neck. And I have to tell you dear. The last time we talked everything was said in a freakish vogue, it hit me in such bad way. It wasn’t my cup of tea. You know how they say: “Anger is only one letter short of danger”. I was angry, you were angry, we were blood foolish. From my part this is over now.
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That letter I wrote you today, it was for real and it was very sincere, I really hope all said, I noticed that I had spent so much time thinking about things from past and it wasn’t doing me any good and I bet you must have felt the same.
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So now I think I’m able to let it go, will not forget the good parts but I’ll put a stone on top of the rest that doesn’t matter anymore. So my life shall go forward and I hope yours goes forward too. .
(If in another life we were "closer" in this one we go separate ways)

Pare.Olhe. Escute.


Pare, não mova um milímetro nem pra lá, nem pra cá.
Olhe, em meus olhos quando falo com você.
Escute, o som que de dentro do meu peito pulsa.
Parado. Olhando em teus olhos. Escutando tua voz.
Penso em quanta besteira foi dita, por minha boca e pela tua, por não querer escutar.
Pense em quantos passos errados foram dados, em caminhos opostos em direção ao nada.
E cada vez mais longe,
escuto que dentro de mim ainda existe algo.
Que fica inquieto.
Que fica cego.
Que fica surdo a todo resto, quando você está por perto.
Então parado tento fazer sentido daquela voz que me pede pra fechar os olhos ao passado.
Mas ele me faz alvo, me perseguindo rápido sem dar ouvidos ao meu lamentar.
Eu te coloquei nesta situação por não conseguir enxergar.
Eu me tirei desta situação por não querer escutar.
E assim sai disso tudo por não querer parar.
Sei que um dia foi isso que te pedi... Mas hoje faço tudo ao contrário.
Não paro. Não olho. Não escuto.
(E nesta vida algumas ruas sempre se cruzam...até mesmo quando o mapa não faz sentido, velhos endereços de uma cidade fatasma, aqui dentro de mim.)

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

O tempo vai se consumir me tornando em pó.

E de pó em pó aspirado pelas narinas me traz pra dentro de ti.
Pó, micro partículas de um corpo carmim.
Em pó, absorvido pelos poros, áspero em pele macia de mim.
E de dentro de ti pó. Pó, sobras de um tempo sem fim.
Pó que se mistura ao meu tédio sentado no banco daquele jardim.
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Sem pó, por que batido pelas mãos.
Tudo será pó, te deixarei a solidão
Arrastado pelos pés que se arrastam ao chão.
Aparece mais pó. Pó de estrada, caminhando na contramão.
Nas orelhas ouço pó de boca seca e barulho de cão.
Cão que ri distante, no escuro da noite e, ele ri da solidão.
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Pó no vento e redemoinho.
Entortando árvores pelo caminho.
Estas não me deixam sozinho.
Mas, hoje, meu corpo pó solto ao vento.
Que se desfaz da ausência e do tempo.
Corpo e tempo se tornam pó e somem na noite em um dançar calado e lento.
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(Água torna pó em lama)

sábado, 15 de agosto de 2009

Cuidado! Não transpasse a linha amarela.

(Estação Ana Rosa)

Quando se quer muito uma coisa, quando realmente está afim, mas o seu querer não depende somente da sua vontade, depende também da vontade dos outros. Ai, essa sua vontade é algo mais explícito, explícita demais... Transparente. Mas a vontade dos outros é algo um tanto quanto velada, mas cheia de pequenas coisinhas que indicam algo, mas os sinais, por hora, são confusos, misturados, oscilantes e inseguros. O que se faz? Espera-se, não se espera. Cansa-se e vai? Aflições por algumas coisas que não tenho controle me irritam um pouco, ansiedade é algo que não sei lidar.

Como saber quando devemos e quando não devemos cruzar a linha amarela?

(Pelas pontas machuca, mas pela base, mais perto, é bom)

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Atropelado.

Acho que é mais ou menos isso que acontece. Eu nunca fui atropelado de verdade por um veículo, puxa já passou perto tantas vezes, mas nunca de verdade. Esses últimos dias tenho a sensação de que fui atropelado. Sinto tudo dentro de mim se apertar, como se o choque tivesse sido direto em meu peito, minhas costelas estão comprimidas contra minha espinha dorsal apertando meu estômago, pulmões e coração. Tá tudo dando nó dentro de mim. Minha respiração está curta, ofegante, minha boca está seca. Meus braços estão moles caídos paralelos ao meu corpo e minhas pernas estão bambas. Minha cabeça dói, caída de lado, ainda com os olhos abertos, observa tudo em volta. O brilho da luz do letreiro refletida nas poças d’água, o contraste da garoa que brilha ao passar em frente às luzes do postes. Ainda ouço buzinas que agora parecem musicas de quem espera, mas tem pressa de chegar ao outro lado sem saber exatamente onde.

Vocês dois nestes últimos tempos, estiveram tão próximos de mim, fizeram me enxergar muitas outras coisas que não tinha parado pra pensar antes. Deram-me força, apoio e carinho, fizeram dos meus sábados dias inesquecíveis. A partida está próxima, mas ela promete um novo começo para mim e para vocês, esse atropelamento não matou ninguém, na verdade trouxe com ele, mais vida, mais possibilidades, mais portas a serem abertas. Mostrou que quando se ama alguém, por qualquer motivo que seja, agente se entrega agente arrisca, e contra todos os preconceitos e medos ainda podemos ser felizes mesmo na distância de lugares mas com certeza na proximidade de corações.


Cy e Fe. Obgdo
( Se tudo hoje está cercado de surpresas e parece um mistério espera até chegar amanhã)

A insuportável inconstância do ser.

Eu posso dizer que não sou uma pessoa boazinha, mas na medida do possível tento no mínimo ter um pouco de bom senso no que se refere às pessoas ao meu redor. Tento ser agradável e educado, até mesmo com quem eu não gosto (não considero educação falsidade, como muitos idiotas). Horas é um pouco difícil de segurar meus impulsos, mas juro que tento ao máximo.
Eu fico vendo minha vida mudar, no que me diz respeito, eu adiei demais algumas decisões, mas meio que fui levado, sem querer, a outras. Eu não sou criança e reconheço as conseqüências dos meus atos, por tanto, hoje, reflito muito mais diante de algumas coisas que acontecem para tentar antevê o que pode acontecer. Odeio ser tratado com infantilidade, embora minha insegurança me torne um tanto quanto infantil em outras horas. Mas rego as sementes do que planto e colho seus frutos.
Porém eu não menosprezo os sentimentos dos outros e tento no mínimo dar uma satisfação quando tomo alguma atitude. Não sou do tipo que escondo o que sinto ou finjo não sentir. Se amo, amo de verdade. E se não gosto de algo, tento no mínimo entender os motivos que me fazem não gostar daquilo. Mudo de opinião sim e não creio que seja falta de personalidade. Dou satisfações sim, por que sou um homem adulto e responsável por todos os meus atos e não vejo razão em me omitir diante das minhas decisões. Não obrigo as pessoas a gostarem de mim, não as compro, não as iludo e muito mais que tudo sou verdadeiro com elas e principalmente comigo.
Essa mania de avoid coisas não estão na minha lista de virtudes, meu defeito é perseguir coisas que deveriam ficar quietas, sou insistente e às vezes até inconveniente e já levei muito na cara por causa disso. Isso tudo está confuso, eu sei. Na verdade estou "bege", algumas pessoas estão me envergonhando ultimamente por justamente serem tão pequenas e pobres de espírito e sem entendimento dos próprios sentimentos, não me julguem por ter opnião e ser duro com ela. Me julguem por não ter medo do que sinto e por não ter vergonha de expor meus sentimentos até mesmo quando sei que não faz a menor diferença.


(Não conheço ninguém mais inconstante que eu, porém infantilidade gratuita não é minha cara, sou uma pessoa muito bem resolvida e o contrário ninguém pode falar de mim)

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Até Chuck Norris veio pra festa.

Too funny not to show, pay attention to the music.


(Só no PIROCÓPTERO)

Catavento

(JC - Self-portrait)

Roda, gira, vira, muda, mistura tuas cores catavento.

No meu sentido gira agora. Ao meu favor está o vento.

Não muda vento! Na minha direção vira, gira, roda, mistura-se em mim cores do catavento.

Mas se catavento muda tempo. Da vida não lamento.


Das cores que sopra, gira o agora. Dá-me vida catavento.

Se não percebe tua hora, fica mais tempo a favor do vento.

Redemoinho de cor e luz do dia afora.

Na brisa da noite meu catavento.

Se confusa for a hora.

Muda, gira, roda, vira a vida a favor do vento em ti catavento.


(To-JC)

Maria Que Me Callas

L'amour est un Oiseau Rebelle
...
"L'un parle bien, l'autre se tait;
Et c'est l'autre que je préfère:
Il n'a rien dit, mais il me plaît."
...
(Bizet)

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Acordar

Acordo com teus carinhos e finjo dormir para que você não pare, você percebe que já acordei e desce beijando pelo meu pescoço até o resto de meu corpo. Em uma parte qualquer dele, eu já com minha respiração ofegante não consigo mais fingir e um gemido solta-se de minha boca. Este gemido é sufocado pela tua língua que entra entre meus lábios. Beijos úmidos em um começo de dia quente. Abraços de um desejo latente. Se tivesse que morrer agora queria morrer em teus braços.
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"Donde expira un pensamiento hay una idea, en el último suspiro de la alegría otra alegría, en la punta de la espada la magia: es allí adonde voy. "
(Clarice Lispector)

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Além daquela peça "velha" do bazar.

Fui a um bazar da igreja aqui perto, na verdade sempre que tenho um tempo (esses últimos tempos tenho tido muito tempo) passo por lá. Nem sempre tem algo que me agrada e quando tem se estou com dinheiro no bolso acabo comprando algo, coisas que nem sempre são uteis pra mim, nem sempre são tão legais assim, mas também nem ligo. Sempre acho uma utilidade e adoro coisas de tempos que não voltam mais. Tempos que eu não vivi, coisas que carregam marcas de seus antigos donos, certa energia que me atrai para algumas coisas, algumas pessoas que conheço não gostam muito, mas eu adoro. Sei lá por que, sempre tive uma ligação com coisas velhas, antigas ou se preferir de segunda mão. É eu sei, sou meio estranho (Falei!). Mas continuando, lá na no bazar estão vendendo um PIANO SCHWARTZMAN, eu passei por ele várias vezes, aquela caixa marrom, quase da minha altura, acabei não resistindo e o abri. Ele está meio maltratado, meio manchado pelo tempo, talvez uma certa umidade, toquei com meus dedos levemente suas teclas, o som era muito bom. Quando eu vi que as pessoas me olhavam, talvez por eu não saber tocar, levei minha mão até a tampa e uma senhorinha chegou perto de mim e disse:
-Não feche. Por favor, me arrume uma cadeira.
Fácil tinha tantas por lá, arrumei uma cadeira pra ela. Ela sentou-se, coluna extremamente reta, parecia uma jovem de 16 anos, esticou os braços a frente do corpo, estralou os dedos. Começou a tocar, o som veio tímido, miúdo e espaçado, as pessoas foram chegando mais perto, o som foi crescendo, aumentando, alegrando, essa senhorinha de corpo frágil parecia uma criança brincando com os dentes de um monstro que sorria. Antes de acabar a música ela parou. Ajudei lhe levantar, elogiei e ela pegou-me braço e foi me acompanhado até a saída. Antes da porta ela me disse que este piano era dela, e que tinha doado a igreja por que o marido que tinha dado de presente pra ela tinha morrido o ano passado e que só agora ela teve coragem de se desfazer dele. Eu lhe agradeci pela música e lhe dei um beijo no rosto, saí de lá correndo, toda aquela alegria da música e toda aquela tristeza nos olhos dela lotaram meu coração a ponto de me sufocar, uma mistura de tristeza, esperança, mistura de tantas outras coisas juntas, que senti minha garganta secar, meu coração pular e uma vontade muito grande de chorar.
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(Tenho andado assim meio distraído, meio pelos cantos, meio chorão, as coisas que fazem sentido não fazem sentido algum, as coisas que não fazem sentido já nem noto mais, tenho tido apenas uma coisa em minha cabeça... )

terça-feira, 4 de agosto de 2009

Je panique

Tudo aconteceu assim muito, mas muito rápido mesmo. Certa noite, calçada com seus peep toes, meias pretas (muito grossas) e vestida com seu vestido listrado de roxo, cyan, vert e lilac com grandes botões carmim e um decote bem generoso atrás e na frente, no braço esquerdo pulseira de acrílico fosco e sua bolsinha vintage, em sua mão direita uma taça de Cosmopolitan. Cabelos claros ao estilo Califórnia’Sun-Kissed, com largos cachos passando dos ombros presos com algo que os deixavam com um estilo meio moicano. Pisciana.
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Tudo parecia rodar, o strobe piscava muito rápido, rápido demais. Naquela noite, ele se esquecera de por um cinto, seu jeans surrado pendia do lado do bolso da carteira, camiseta branca, blazer preto de sarja com moletom azul por baixo, no braço direito, pulseira de couro dessas compradas na Praça Benedito Calisto ou República (tanto faz). Na mão direita uma lata de cerveja (Nacional). Calçado com seu tênis verde estilo “Allstar”. Cabelos despenteados pelo vento que neste dia dava a impressão de que tudo passava num segundo. Canceriano.
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Ela estava beijando um cara que acabara de conhecer, por um momento achou que sua amiga tinha dito algo, abriu um dos olhos e não a viu, mas viu este rapaz (bonito) que passava frente ao bar onde ela estava, era parecia engraçado, ele parecia bêbado, quase que cambaleava pela tontura que o strobe dava. Fechou o olho novamente, em sua mente via a imagem do rapaz, sentiu vontade de rir. Ele apenas tentava chegar ao meio do club, acabara de sair de um relacionamento muito longo, olhava pra todo mundo, mas nem pensava em envolvimento com ninguém. Queria apenas queimar a bruxa na fogueira e suar toda sua tristeza na pista de dança. O strobe parou, ele já conseguia andar normalmente.
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O cara que ela beijava disse que ia ao banheiro, ela disse que tudo bem, virou sua taça de uma vez e colocou a no balcão. Ele ouviu uma musica gostava, começar, virou sua lata queria estar com a mãos livres. Ela foi chegando perto, tirou um cigarro da bolsa, ela tinha isqueiro, mas virou pra ele e pediu “fogo”. Ele abriu os olhos e sorriu, ela era mesmo muito bonita, disse algo em seu ouvido, mas ela não entendeu. E colocou seus lábios perto do ouvido dele e perguntou o que tinha dito. Ele sorriu de novo, sorriso branco, boca vermelha, olhos verdes. Eu não fumo foi o que ele disse. Ela pensou em voltar ao bar e enquanto começa virar os ombros e sair. Ele a puxou pela cintura e disse pra ela esperar esta música acabar por que era muito boa. Começaram a dançar juntos.
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E muito rápido, muito rápido mesmo, rápido demais até. Eles começaram a se beijar. Ela, olhos castanhos fechados, boca carnuda que encontrava a boca dele. Não perguntaram nomes, um abraço que era como entrar dentro dos braços e corpo dele. Ele tonto, excitado pelo cheiro dela. A bebida nos dois, ditava a intensidade de seus beijos. A pista começou ficar muito apertada decidiram ir pra um canto mais sossegado. Sem tempo, a vontade de mais e além era muito grande. Ele morava com amigos. Ela morava sozinha, o carro dele seguiu o dela. Do lado de fora, chuva e frio dentro de cada carro um desejo que crescia (e como crescia).
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Carro dele fora do prédio, carro dela na garagem, ele achou que tudo era bom demais para estar acontecendo, teve medo de que ela não saísse do prédio, pensou em ligar pra ela (mas desistiu). Ela se preocupava, achava que ele tivesse ido embora, o elevador demorava, pensou em ligar pra ele (na garagem não havia sinal). Muito rápido (não o suficiente). Eles estavam entrando no prédio. Elevador demorado. Moro no quinto andar, ela disse, ele encostando seu corpo no dela pensou, “ainda bem que não é no 20°”, e eles se beijaram.
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Da porta pra dentro daquele apartamento, nada muito importante foi dito, mas todo o resto foi feito, durante horas, e depois de novo e de novo. Era uma coisa louca, eles eram dois estranhos, mas isso não parecia importar. Era como se o tempo do lado de fora de lá não existisse, era como essa intimidade já fosse conhecida, era com se estes beijos já fossem de lábios “antigos” em suas vidas.
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Ele dormiu lá, corpo nu abraçado ao corpo nu dela. Quando ela pegou no sono já brilhava o sol do lado de fora do apartamento. Ao acordar beijos, aqueles de quem acabaram de acordar, mas pra eles isso não importava. E eles esquentaram, e foi muito bom para os dois. Banho, juntos, cheiro de café, cheiro de French Toast, ainda cheiro de sabonete que deu vontade de mais banho. Decidiram sair pra almoçar juntos, podiam andar até algum lugar bonitinho por perto do apartamento dela. Eles comeram e beberam, deram muitas risadas e conversaram sobre tudo que não tinham conversado antes.
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Ele a deixou na porta do apartamento. Ela o puxou pela mão e deu lhe um beijo muito sentido. Ele pensou que era cedo demais, mas era o que ele precisava mesmo. Ela achou que foi bom demais, era o que ela queria. Ele foi embora feliz pensando em mandar uma mensagem para agradecer e fez. Ela respondeu logo em seguida, arrumando a bagunça que eles fizeram no apartamento. Mas no final das contas. Eles nunca mais se viram. A vida muda tudo muito rápido, muito rápido mesmo, rápido demais até que dá pânico, insegurança, medo, e esse medo idiota, pânico e insegurança fizeram com que os dois não tentassem. Jogando tudo que aconteceu nas mãos do destino.
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(Quando não tentamos o destino faz apenas o que ele quer e quando quer)
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