sexta-feira, 18 de dezembro de 2009
Nada
quarta-feira, 25 de novembro de 2009
E o que está errado,
A vontade de ter.
Meter.
De beber até cair,
comer por gula...
De caminhar na chuva.
De correr da chuva.
De ficar deitado preguiçoso naquele domingo.
Chegar no dia seguinte a tarde.
Culpar os outros,
culpar a si mesmo.
Por cabular aula,
Called in sick.
Erros dos erro no caminho de acertos
Re-acertos de erros que já não fazem mais diferença.
Doença...
Sentir saudade,
Ter maldade.
O humano e sua humanidade.
Imperfeita
Por vezes mesquinha.
Incrédula do divino,
comédia
bestial de preconceitos;
Merdas e hipocrisia.
Línguas grandes, palavras que não voltam.
Boca pequena incapaz de gritar a martelada no dedo.
Erro, erro, erro, erro, erro e erras.
E onde fico nisso tudo.
A mercê da sorte.
É um erro.
Em cima do muro ou
escondido no escuro.
terça-feira, 24 de novembro de 2009
Será que foi um sonho?!
Senti que mais uma vez ela estava aqui em minha casa, deitado em minha cama sem conseguir dormir por pensar em várias coisas que acontecem em minha vida, sentia a presença dela sentada na poltrona laranja em minha sala, ela estava com uma cara triste, meio que preocupada, eu não sei dizer ao certo se a vi ou se era sonho, na verdade não sei nem dizer com quem ela se parece, isso me deixa aflito.
Levantei de onde estava sentada e com dificuldade andei até sua cama, sentei-me ao teu lado e comecei afagar tua cabeça, queria que você soubesse que apesar de sentir se só tinha alguém estava aqui com você, alguém que não quer nada além do teu bem, sem mesmo te conhecer bem. Aliás, eu te conheço melhor do que imagina, talvez melhor até do que todos que estão ao teu lado. Eu acordo com você cantando todos os dias, conheço o teu andar de um lado pro outro quando está preocupado, e entendo tuas aflições, todas as manias que tem e todos teus sonhos.
Senti que ela vinha andando até mim, ouvia o som de seus passos arrastando uma das pernas em direção a mim, senti o peso do corpo dela sentar ao meu lado na cama, e o “calor” de sua mão em minha cabeça. Não tive medo, pois tudo parecia um sonho. De repente me sentia querido, uma sensação de conforto me recobriu.
Dorme menino, acalme esse coração, as coisas, uma hora ou outra, acontecem. Não dá pra perder a cabeça, pois ela está grudada, assim como o todo o resto que gruda na gente, o passado e quem passou fazem parte dessas coisas que agente não desgruda, sentir saudade não é feio ou ruim, faz parte assim como partir, eu sinto falta de muita coisa, sinto saudade de tantas outras, e não tenho vergonha disso. Mas você deve seguir seu caminho sem ter medo da vida ou olhar pra trás com arrependimento deixe sempre no canto da boca um sorriso.
Certo alívio acalentava meu coração, percebi que não adianta querer fugir de certas coisas, elas sempre estarão presentes dentro de mim mesmo eu querendo ou não e sei que não é feio ter medo da vida ou sentir saudade de coisas e pessoas que já passaram, não se arranca a cabeça pra esquecer o que está embutido na gente isso seria morrer. Neste momento que vivo hoje olho pra trás com um sorriso no canto da boca, pois apesar de tudo, o passado e quem passou, não foi de todo ruim, afinal existe tanta coisa boa grudada em mim.
sexta-feira, 20 de novembro de 2009
Ela não estava mentindo.
Impaciente eu olhava para o túnel pra ver se o trem vinha, ela estava diretamente na mira do meu olhar, mas eu tentava ser discreto o suficiente para que ela não notasse, mas ela de alguma forma percebeu que olhava, ela começou insinuar-se; passava a mão na bunda e olhava com uma carinha meio “perva”. Cutuquei meu amigo e ela meio que deu um sorrisinho de canto de boca pra gente. (Chocolate ao leite com lâminas de laranja).
Logo o trem chegou, entramos todos, ela na frente. Vagão lotado, quase todos os assentos ocupados acabei ficando em pé com meu amigo frente às portas que já não abririam mais. Ao meu lado esquerdo a garota sentou-se. Em frente dela dois rapazes, que já estavam no trem quando entramos, conversavam sorridentes. Num relance de olhar o rapaz olhou pra moça e com um sorriso muito branco, fez um gesto com a cabeça para o outro moço, ela logo lhes abiu um sorriso e começou puxar assunto.
(Ah! Esses hormônios! Pensei).
-Oi tudo bom? Tá calor não é? (Ela soprava pra dentro de sua camiseta pela gola semi puxada pra baixo.)
-Sim muito quente! (O rapaz do outro lado do corredor mostrou interesse e projetou levemente suas costas para frente).
-Eu estou ficando doida com esse monte de gente e o tanto de coisa que tenho pra fazer e esse calor que não passa.
O rapaz só sorria. (Em meio a noite a lua era muito branca).
-Faculdade e treino uma correria, e essa semana tem feriado e depois mais feriado e pronto acabou o ano! (Ela disse sorrindo).
-Qual seu nome? (Perguntou o rapaz, abrindo suas pernas e colocando a mão levemente sobre seu “pacote”).
Ela soltou sua camiseta e passou uma das mãos sobre uma de suas coxas.
-Luciana. E o teu?
-Paulo.
-Você mora aonde? (Ela perguntou curvando-se pra frente também).
-Moro aqui na Consolação, mas estou indo pro Pantanal.
Nossa que longe! Mas você está indo pra lá agora? (Ela mais interessada mordia os lábios).
-Sim pro bairro Pantanal, estou indo correr, quer ir com agente?
-Há há! Eu não corro, eu nado em competição.
-Que legal! Tipo olimpíadas? (Ele muito sorridente perguntou, quase na ponta do banco onde estava sentado).
-Sim, das paraolimpíadas. (Ela falou levantando e curvando se perto do rosto do rapaz.)
Olhando pra ela ele perguntou o por quê?
-Eu não gosto de falar nisso, tenho vergonha. (Com uma das mãos apoiada na bunda)
-É que eu tenho problema! Já indo em direção a porta do vagão.
Após olhar bem para o corpo e concluir que ela não tinha nenhum problema físico aparente, ele em tom de brincadeira falou:
-Só se seu problema for mental, por que olhando pra você eu não vejo nenhum problema!
Ela sorrindo disse:
É isso mesmo eu tenho um leve retardamento mental!
Voltou e deu um beijo no rosto do rapaz e disse:
Adeus, um feliz Natal pra você!
(Ela não estava mentindo)
sábado, 7 de novembro de 2009
O ciúmes é uma causa perdida de que todos querem participar.
O cheiro do teu perfume, o qual você levou um tempão pra escolher, ainda estava no ar, e de certa forma isso lhe dava um pouco de aflição, o ciúmes é uma causa perdida da qual todos querem participar mesmo que involuntariamente.
O sol brilhava lá fora, mas em sua mente havia uma tempestade de pensamentos, insegurança. Olhou para a caneca ao lado e pensou em tomar um gole de seu café, mas olhando bem dentro da caneca viu uma formiguinha que tentava não se afogar, pensou em ser “bonzinho” e retira-la de dentro da caneca, mas ele estava mau naquela manhã e decidiu assistir seu esforço por um tempo até que insatisfeito foi até a pia e abriu a torneira virando tudo ralo abaixo. Lembrou do veneno que sua amiga lhe deu; pensou em seu próprio veneno, achou que ele não servia para nada tinha efeito passageiro e passageiro ele se sentia nessa nova viagem.
Ascendeu mais um cigarro, já era o terceiro na seqüência, se sentia um tanto quanto estúpido por sentir tanta aflição, sabia que tinha sido duro demais quando falou que você não poderia voltar pra dormir lá, mas na verdade nem ele mesmo sabia o porquê tinha dito isso. Pensou em ligar pra você e dizer que tinha se enganado, mas achou melhor esperar que as coisas se acalmassem. Dentro dele ele sentia;
Talvez fosse o maldito ciúme, talvez a maldita insegurança, talvez sua própria tolice.
segunda-feira, 2 de novembro de 2009
Ele pensou. Ele chorou e novamente sorriu.
Talvez fosse como viver uma outra vida ele percebeu; Um coração machucado que temia amar. Vultos que davam calafrios, mas esquecido de quem eram os fantasmas. Seus braços fracos que não sabiam abraçar. Uma boca seca sem saliva pra beijar.
Talvez houvesse esperança ele pensou; Sentado em seu canto analisava as opções que tinha, não eram muitas, mas o suficiente para recomeçar algo, talvez mudar de nome fosse trágico demais. Mudar de cidade podia parecer fuga. Mas não somos todos tolos e tentamos sempre fugir de algo que não tem como se esconder.
Nós mesmos. Ele pensou. Ele chorou e novamente sorriu. Parecia, novamente, sentir algo. Começava então observar seus machucados e hematomas, todos pareciam recém feitos, sentia o sangue quente escorrer de cortes de uma pele fria que re-esquentava. Sua boca salivava pelo sabor de novas descobertas.
Retirou então a faca de seu peito.
quarta-feira, 28 de outubro de 2009
quinta-feira, 22 de outubro de 2009
Um pé de garoto.
Bota, botas, pra fora.
Um dia, cansada de tudo que ela me lembrava, tirei de meu armário e numa esquina qualquer a deixei; estava aparentemente nova, senão fosse por suas histórias, mas a larguei e esperava que alguém as achasse e pudesse aproveitar dela como eu aproveitei. Esperava que trouxesse pra alguém as mesmas alegrias e histórias melhores das quais eu vivi.
E assim foi. Abri espaço em meu armário e deixei que outras botas, mais novas e com menos “uso” pudessem me levar a outros caminhos e novas histórias.
(If everything matches something, who am I to desagree?)
sexta-feira, 16 de outubro de 2009
Qualé que é?! Can u dig it?
Quando é cedo demais pra dizer certas coisas?
Não sei, mas sei quando é tarde demais, quando as coisas deixam de fazer sentido.
E dizer certas coisas é uma mera educação ou segue um protocolo.
Por que você me disse, sinto que necessito dizer o mesmo a você.
Sei que não é cedo, nunca, dizer pra alguém que você se importa, que você a quer por perto por quanto tempo for, se for; melhor, se não for. Talvez faça parte. A vida é um intricado meio, meia, rede, cachecol, inextricável de pontas e meios de fios, seus pontos tecidos lentamente de forma diferente a cada mudança de humor, a cada virada no caminho a tudo que te move pelo caminho.
Minha vida segue caminhos que desconheço, surpresas boas acontecem, quebrando alguns “mitos”, criados por mim, criados por outros, o que importa?
Sentir, viver o que se tem vontade por mais diferente ou inesperado melhor, se jogar no mundo ou “fumar até a última ponta” o que a maioria das pessoas que eu conheço quer: é sentir uma paixão, um amor, algo que vire seu próprio mundo de ponta cabeça, criando novos ângulos agudos que furam e dão aquela dorzinha de leve na gente, mas essa dorzinha gera novos medos, ansiedade e com tudo isso novas expectativas
Meu mundo se move lentamente em uma direção a qual não tenho muita certeza, mas não me importo, não é cedo pra dizer que me importo, não é cedo pra dizer que te adoro. Prefiro cedo ao tarde.
(Whatever life brings, I'm cool)
sexta-feira, 9 de outubro de 2009
Ah o que há?
E para aonde os ventos levarem, vá.
Seja aqui, ou seja lá.
Se a lua está em touro e não onde deveria estar.
Se sua estrela cadente segue a direção oposta...
Acredite no que ai dentro há.
Não pare pra pensar nas tristezas de uma vida passada que não há.
Pense na vida que ai está.
Deixe fluir, deixe a mente viajar.
Viaje pra frente, no pra trás não dá.
Não se preocupe se brota a semente,
Olhe em volta e sorria com que há.
O mundo não acaba ai, nem aqui e nem lá.
Seja aonde for que vá.
Lembre-se que é de dentro que a semente vai brotar.
Mesmo que não acredite que aí, terra fértil há.
Dê um tempo ao tempo e colha o que virá.
Parece fácil quando não se dói a mente.
Mas o fácil é o que não há.
Se dê a vida de presente pra aproveitar o momento que virá.
quinta-feira, 8 de outubro de 2009
Sometimes...
When I do, I do well,
When I don’t
I won’t.
If I won’t,
I want.
When I want I do.
And if I do only what I want?
I won’t do what I don’t want
Sometimes I won’t
and when sometimes I want.
I grant and if I grant.
I’m well
quarta-feira, 7 de outubro de 2009
Do que você tem medo?
De pessoas e suas atitudes pequenas e suas pequenas atitudes.
De não poder sorrir verdadeiramente por não lembrar-se mais de como se faz.
Ou de sorrir demais e incomodar as pessoas?
Medo em ser feliz!
Ser feliz e não perceber?
Ser o que é por que as pessoas podem falar de você?
Ser você e não esquentar com que falam?
Medo em sentir medo;
Medo da solidão
Medo de não superar as expectativas ou em ter expectativas demais
Ser intenso dentro do seu próprio tempo, se fazendo difícil de entender.
Não ser levado a sério?
Não entender o porquê das coisas.
Das surpresas da vida,
Boas, ruins.
Medo esse que nos poda de certas outras coisas.
Medo que nos previne que certas atitudes, tuas, dos outros.
Que acabem em merda!
Enfim, o que move teu mundo?
Medo de guerras, perder o emprego;
Se armar esperando pelo pior?
Será o medo ao invés do sexo que faz o mundo girar?
Ou ele, medo, para o mundo ao nosso redor?
Congela!
Acidentes, histórias do passado, inesperado, futuro, envelhecer, morrer, ser, esquecer, correr, não ser, cair, fingir, pular, não ter, cantar, ter demais, sorrir, chorar, não saber, traição, verdades, trair, começar, mentiras, parar, desacostumar, saudade, desespero, emoção, seu próprio coração.
Do que eu tenho medo? Acho que é de não ter medo e de me enfiar em situações as quais se tivesse medo não entraria, ou ter medo demais que me poda de coisas boas, mas na verdade penso que tenho mais medo de mim mesmo e de talvez metade destas coisas.
Gira mundo!
Oh no! Not again: Insomnia
Was like Patsy darling sleeping thru a home fire. Was something I had no control, I worry too much and about that, nothing I can do. And it's weird but I felt loved, I felt I still have so much love in and on me, I felt a bit sad but comforted cause I know when we are not doing so well if we have friends we can survive, always, and because of that I felt Absolutely Fabulous. Hope exists and "love actually happens" gratuity love, even in eye of a tornado.
(Pet Shop Boy - Absolutely Fabulous)
(Diova Ton Dluoc Gnilrad Yrros)
sábado, 3 de outubro de 2009
O Capeta Samba Pelado em Mesa de Bar.
God! Caracas; acho que preciso de um comprimido para meu entendimento, sem ironias, acho que só pode ser isso ou sei lá. Se não estou dormente meu cinismo não me deixa ver o que acontece com clareza, (foi o que me disseram). Não estou entendendo mais nada.
Por que algumas pessoas acham que elas podem fazer tudo a todo o momento e o resto tem que dançar a som de sua música. Please note "I'm not your bitch don't hang your shit on me". Aqui não tem capeta sambando pelado em cima da mesa não. Eu não preciso concordar com tudo e nem quero. Tenho personalidade e força suficiente para agir da maneira que bem entender. Não me cobre o que você acha que eu deveria fazer. Eu só faço o que quero, às vezes abro algumas exceções, não adianta lamentar-se ou me cobrar se quiser é assim, se não, pegue seu capeta e leve pra tua mesa.
Em minha mesa. Sambo pelado EU!
sexta-feira, 2 de outubro de 2009
4U
So many times we got drunk together.
Tons of times we talked shit, meaningless but funny stuff.
So many times I needed a hand to hold. I found yours.
So many times I wanted to go away, but u made me stay
So many times I had nowhere to turn, I looked 4 u
So many times I need to talk, I talked to u.
Even when I could not talk, because I was sobbing. You were there 4 me.
And whatever happens in this life u r not alone I’m here, always, 4 u.
quarta-feira, 30 de setembro de 2009
Mariposa
Uma tendência é tentar comparar o que não se compara, existem coisas que não adianta tentar dessecar na busca por uma formula perfeita, não creio que as coisas devem ser perfeitas. “O drama está no contraste entre luz e sombras”. Em alguns momentos me sinto como a mariposa que foge de seu esconderijo na sombra e torna-se escrava da luz. Batendo e girando em torno dela até sua exaustão.
segunda-feira, 28 de setembro de 2009
inBilliesomHolidayniac
Fazia uma hora que ele havia ido dormir e faltavam três horas para ele acordar, mas ela mais uma vez voltava a lhe procurar, desta vez ela chegou assim do nada e de fininho foi aumentando e se transformando num bom sonzinho, veio em forma de Billie Holiday desta vez. Como assim? Ele achou que tivesse sonhado que estava sentado em uma mesa de jazzbar e debruçado em suas mãos observava Ms. Holiday cantar. Ela recostada ao piano com seus gestos singelos e sua voz melódica, Estes sons de piano, sax, trompete e outros instrumentos iam aumentado e ele sentado batia um dos pés ao chão e balançava seus ombros. É, a imagem não estava muito nítida, era apenas um sonho, mas ele sabia que ela estava lá, cantando em algum lugar dentro dele.
(Billie Holiday - What a little moonlight can do)
(This video was the dream I had, I was there somewhere and she is here everywhere)
domingo, 27 de setembro de 2009
Something is going to happen.
Something weird is turning my guts inside out. Have you ever been a chub kid, a too thin girl, a nerd, a gay teen or something that don’t conform to the ideal of people around? That is the sensation I’m feeling now. Right now, I’m trying not to think about things that are bothering me, I’m trying to convince myself that I’m wrong, but my gut feeling is telling me: You might be right.
That is a pity.
Lindabella Astúcia ensina seus "moves"
I thought you would like it as much as I did
When I first saw this, I was sad.
When I’m sad I remember you, because you are my friend.
Now I don’t know anymore and I still not knowing more.
But this video makes me happy and I think you will like it.
Cause is silly, is funny and sort of happy
and it makes me remember all the goofy stuff we do when we are together.
And I miss that.
(Leandro Benites),
muito “sério” e muito divertido.
Lê muito obrigado, você alegrou
meu dia e toda vez que sinto um
leve bodinho chegando eu logo me
lembro de você neste vídeo.
Muito obrigado por me deixar posta-lo aqui.)
(Lindabella Astúcia)
(Gosto das idéias simples, pois elas aliviam a complexidade dos meus pensamentos)
O que é concreto?
Me escondo. Ou, não me movo, pois tenho medo, medo de gerar tufões (como as asas das borboletas) medo sempre foi uma palavra que odiei, assim como concreto, assim como cinza. (cinzas ao vento dissolvem-se em saudade de tudo o que um dia foi). Minha vida em outras “estórias” sempre foi diferente do que tem se tornado. Tornados? NÃO. Mais vento, mas vento, mais cortes. O sangue mancha o cinza tapete, calçada, desta cidade, se não for aqui onde será? Onde está o meu caminho?
Caminho só, sentido o vento ao meu rosto, uma mão no bolso na outra meu cigarro que se consome e some com o vento, fumaça ingerida pelos meu s pulmões; concretos e se tornam cinza, preto. Mas eu não ligo. Aprendi a “não me importar com coisas pequenas”, sangue que escorre da agulha que risca, rasga minha pele deixo marcas em meu corpo que vento não sopra e concreto o tempo não me apaga.
(I would love so say something, but this time, for love I will not say)
quarta-feira, 23 de setembro de 2009
Ai! Em que, molhadeira, se meteu Lúcia.
segunda-feira, 21 de setembro de 2009
Tudo gira, e é assim?
sábado, 19 de setembro de 2009
Vai com calma.
Eu to quase amarelando.
Ah prepara direito então, você vai passar vaselina pra escorregar melhor.
Lógico que vou.
Eu acho que deve arder e esquentar um pouquinho, você pode dar umas molhadinhas pra esfriar?
Pode deixar vou cuidar bem de você.
Se doer muito posso pedir pra parar? Você não fica chateado?
Claro que não, não quero que você sofra, mas sentir um pouco de dor é normal. Mas depois passa.
Olha lá é grande viu.
sexta-feira, 18 de setembro de 2009
Francamente!
quarta-feira, 16 de setembro de 2009
Ah! Clarice.
ou forte como uma ventania,
depende de quando,
e como você me vê passar."
"Gosto dos venenos mais lentos
Das bebidas mais fortes
Das drogas mais poderosas
Dos cafés mais amargos
Tenho um apetite voraz.
E os delírios mais loucos.
Você pode até me empurrar
de um penhasco
que eu vou dizer:
E daí? Eu adoro voar!"
"A única verdade é que vivo.
Sinceramente, eu vivo.
Quem sou?
Bem, isso já é demais...."
Clarice Lispector
terça-feira, 15 de setembro de 2009
segunda-feira, 14 de setembro de 2009
Eu tenho outras crenças
Por vezes acho um tanto como complicado avaliar algumas coisas que acontecem em minha vida, a diferença que algumas pessoas fazem nela e a possibilidade de fazer a diferença na vida de outras. Será que essa é uma causa que eu deveria realmente parar pra pensar e tentar mensurar? Eu penso que tudo tem um motivo pra acontecer, seja ele qual for, sendo assim será que realmente eu deveria tentar entender ou deveria simplesmente não pensar, talvez como num sonho apenas cruzar inerte um oceano com as mãos atrás da cabeça?
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Esse último dia, apesar de estar com meu coração apertado e aflito com algumas outras coisas, na verdade nem era por mim, lets not go there, aconteceu um fato que me deixou muito em paz, num minuto eu me senti estranho, mais estranho, não conseguia entender uma coisa tão simples e boba, sei lá por que, mas depois, num próximo minuto, fiquei tão feliz, feliz de verdade. Pode até parecer esquisito, mas eu percebi que “perder” nem sempre é perder, perder às vezes é ganhar, parece conversa de loco? Acho. Mesmo por que não perdi nada. Bem vindo ao meu mundo. As coisas fazem sentido pra mim assim, sem ter sentido algum. Infelizmente ou felizmente eu sou estranho, mas estranhamente estou feliz.
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Não falo isso da boca pra fora, só por que quero que achem que estou me esmerando pra provar algo, eu realmente encontro dentro de mim um coração em paz, não é paz de vingança, não é paz de conforto externo, é paz de mim comigo. Eu podia dizer tantas coisas que me levaram a isso, mas na verdade eu não penso que preciso. Eu sigo meu caminho sozinho e pela primeira vez em muito tempo isso não me assusta mais. Saber de algumas coisas antes delas acontecerem, é, eu sei coisa de doido, mas saber delas antes, me prepara pra todo o resto que não acontece mesmo quando eu acreditei que poderia acontecer. Eu não tenho motivo nenhum pra me sentir decepcionado ou com raiva de ninguém. O meu passado está onde ele deve ficar. Lá atrás. Não faz diferença se foi bom, se ruim foi, só sei que ele se foi. Junto com ele foi um monte de coisas que acreditava, mas hoje, ainda bem, tenho outras crenças.
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(Nada se aprova quando não se prova o sabor de sensação de paz verdadeira )
domingo, 6 de setembro de 2009
Mensagem.
Não sou perfeito, eu sei, e não espero que as pessoas sejam. Mas de todos os defeitos que as pessoas têm, existe um que eu acho o pior, por que eu nunca deixo um amigo sem resposta, conheço bem a aflição de esperar, ah e como. Odeio quando mando uma mensagem pra alguém e esse alguém não me responde. Eu respondo, ás vezes não consigo responder na hora, eu sei. Mas respondo, por uma questão de educação, por uma questão de respeito e mais que tudo por uma questão de consideração.
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(Fiquei chateado sim, mas quer saber isso já não faz mais diferença, tava só esperando você ligar e se tivesse passado muito mais tempo que isso, você já sabe... Forca nele)
sábado, 5 de setembro de 2009
Eu sou lindo
sábado, 29 de agosto de 2009
Vazio, nada. Em gozo.
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(Isso tudo me deixa triste, talvez vc discorde de mim, mas me parece que essa "primeira pessoa" não sou eu. E é assim que seu retrato está sendo pintado. Não sou eu o pintor e sim vc mesmo, sou um mero observador.)
sexta-feira, 21 de agosto de 2009
No final da estrada há um lago.
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(Fiquei a noite inteira neste sonho, "ainda bem" que a parte que durou mais foi a parte de boiar inerte na água empurrado pelo vento)
quinta-feira, 20 de agosto de 2009
Mil pensamentos sobre uma mesma idéia.
Que?!
Confissões
Confissão de um desespero tímido que tomou meu coração,
começa como garoa fina como vi naquela idade.
Cresce como chuva forte e vai virando tempestade.
Molha mil beijos de bocas quentes,
entreabertas e carentes.
Mastigando meu silêncio, apressado em vaidade.
Amor pequeno talvez até de falsidade.
Talvez como quem se faz um favor como uma auto-piedade.
Corri quarteirões inteiros de água do mar debaixo de chuva,
Observo enxuta,
em espelho de reflexo das confusões desta cidade
Reflete minha face ao fundo de teus verdes olhos em saudade.
Pura tolice de corações.
Também compreendo tuas confissões.
Mas sei que é melhor assim,
Enquanto de olhos abertos ainda olhas pra mim.
(Pouca vaidade não é bom, vaidade em excesso é muito pior)
quarta-feira, 19 de agosto de 2009
London London
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(Cibelle Londo London)
Cibelle -Uma delícia de vóz que ecoa gostoso em meus ouvídos.
Foda-se
É bom não ter mais aquela maldita aflição (bipolar, daqui a pouco pode aparecer outra fase, mas foda-se), na verdade ando meio cansado e hoje ainda é terça feira, mas foda-se. Peguei muito transito hoje por causa da chuva, escorreguei e cai no centro da cidade, plena Praça da República, naquela água suja do vai e vem do pisar das pessoas, levantei olhei em volta todos olhavam debaixo dos guardachuvas, comecei rir sozinho e continuei meu caminho. Esse semestre terei apenas aulas que não curto, tenho pouca grana pra sair para baladas, nunca me senti tão VIP (very incredible poor), comprar regalos para mi pies, que gosto tanto, vai demorar um pouco. Mas meu, de verdade, seja lá o que acontecer daqui pra frente. FODA-SE!
terça-feira, 18 de agosto de 2009
Answer
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That letter I wrote you today, it was for real and it was very sincere, I really hope all said, I noticed that I had spent so much time thinking about things from past and it wasn’t doing me any good and I bet you must have felt the same.
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So now I think I’m able to let it go, will not forget the good parts but I’ll put a stone on top of the rest that doesn’t matter anymore. So my life shall go forward and I hope yours goes forward too. .
(If in another life we were "closer" in this one we go separate ways)
Pare.Olhe. Escute.
Olhe, em meus olhos quando falo com você.
Escute, o som que de dentro do meu peito pulsa.
Parado. Olhando em teus olhos. Escutando tua voz.
Penso em quanta besteira foi dita, por minha boca e pela tua, por não querer escutar.
Pense em quantos passos errados foram dados, em caminhos opostos em direção ao nada.
E cada vez mais longe,
escuto que dentro de mim ainda existe algo.
Que fica inquieto.
Que fica cego.
Que fica surdo a todo resto, quando você está por perto.
Então parado tento fazer sentido daquela voz que me pede pra fechar os olhos ao passado.
Mas ele me faz alvo, me perseguindo rápido sem dar ouvidos ao meu lamentar.
Eu te coloquei nesta situação por não conseguir enxergar.
Eu me tirei desta situação por não querer escutar.
E assim sai disso tudo por não querer parar.
Sei que um dia foi isso que te pedi... Mas hoje faço tudo ao contrário.
Não paro. Não olho. Não escuto.
segunda-feira, 17 de agosto de 2009
O tempo vai se consumir me tornando em pó.
Pó, micro partículas de um corpo carmim.
Em pó, absorvido pelos poros, áspero em pele macia de mim.
E de dentro de ti pó. Pó, sobras de um tempo sem fim.
Pó que se mistura ao meu tédio sentado no banco daquele jardim.
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Sem pó, por que batido pelas mãos.
Tudo será pó, te deixarei a solidão
Arrastado pelos pés que se arrastam ao chão.
Aparece mais pó. Pó de estrada, caminhando na contramão.
Nas orelhas ouço pó de boca seca e barulho de cão.
Cão que ri distante, no escuro da noite e, ele ri da solidão.
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Pó no vento e redemoinho.
Entortando árvores pelo caminho.
Estas não me deixam sozinho.
Mas, hoje, meu corpo pó solto ao vento.
Que se desfaz da ausência e do tempo.
Corpo e tempo se tornam pó e somem na noite em um dançar calado e lento.
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(Água torna pó em lama)
sábado, 15 de agosto de 2009
Cuidado! Não transpasse a linha amarela.
Como saber quando devemos e quando não devemos cruzar a linha amarela?
(Pelas pontas machuca, mas pela base, mais perto, é bom)
quarta-feira, 12 de agosto de 2009
Atropelado.
Vocês dois nestes últimos tempos, estiveram tão próximos de mim, fizeram me enxergar muitas outras coisas que não tinha parado pra pensar antes. Deram-me força, apoio e carinho, fizeram dos meus sábados dias inesquecíveis. A partida está próxima, mas ela promete um novo começo para mim e para vocês, esse atropelamento não matou ninguém, na verdade trouxe com ele, mais vida, mais possibilidades, mais portas a serem abertas. Mostrou que quando se ama alguém, por qualquer motivo que seja, agente se entrega agente arrisca, e contra todos os preconceitos e medos ainda podemos ser felizes mesmo na distância de lugares mas com certeza na proximidade de corações.
Cy e Fe. Obgdo
A insuportável inconstância do ser.
Eu fico vendo minha vida mudar, no que me diz respeito, eu adiei demais algumas decisões, mas meio que fui levado, sem querer, a outras. Eu não sou criança e reconheço as conseqüências dos meus atos, por tanto, hoje, reflito muito mais diante de algumas coisas que acontecem para tentar antevê o que pode acontecer. Odeio ser tratado com infantilidade, embora minha insegurança me torne um tanto quanto infantil em outras horas. Mas rego as sementes do que planto e colho seus frutos.
Porém eu não menosprezo os sentimentos dos outros e tento no mínimo dar uma satisfação quando tomo alguma atitude. Não sou do tipo que escondo o que sinto ou finjo não sentir. Se amo, amo de verdade. E se não gosto de algo, tento no mínimo entender os motivos que me fazem não gostar daquilo. Mudo de opinião sim e não creio que seja falta de personalidade. Dou satisfações sim, por que sou um homem adulto e responsável por todos os meus atos e não vejo razão em me omitir diante das minhas decisões. Não obrigo as pessoas a gostarem de mim, não as compro, não as iludo e muito mais que tudo sou verdadeiro com elas e principalmente comigo.
Essa mania de avoid coisas não estão na minha lista de virtudes, meu defeito é perseguir coisas que deveriam ficar quietas, sou insistente e às vezes até inconveniente e já levei muito na cara por causa disso. Isso tudo está confuso, eu sei. Na verdade estou "bege", algumas pessoas estão me envergonhando ultimamente por justamente serem tão pequenas e pobres de espírito e sem entendimento dos próprios sentimentos, não me julguem por ter opnião e ser duro com ela. Me julguem por não ter medo do que sinto e por não ter vergonha de expor meus sentimentos até mesmo quando sei que não faz a menor diferença.
(Não conheço ninguém mais inconstante que eu, porém infantilidade gratuita não é minha cara, sou uma pessoa muito bem resolvida e o contrário ninguém pode falar de mim)
terça-feira, 11 de agosto de 2009
Até Chuck Norris veio pra festa.
Too funny not to show, pay attention to the music.
(Só no PIROCÓPTERO)
Catavento
Das cores que sopra, gira o agora. Dá-me vida catavento.
Maria Que Me Callas
quinta-feira, 6 de agosto de 2009
Acordar
quarta-feira, 5 de agosto de 2009
Além daquela peça "velha" do bazar.
-Não feche. Por favor, me arrume uma cadeira.
Fácil tinha tantas por lá, arrumei uma cadeira pra ela. Ela sentou-se, coluna extremamente reta, parecia uma jovem de 16 anos, esticou os braços a frente do corpo, estralou os dedos. Começou a tocar, o som veio tímido, miúdo e espaçado, as pessoas foram chegando mais perto, o som foi crescendo, aumentando, alegrando, essa senhorinha de corpo frágil parecia uma criança brincando com os dentes de um monstro que sorria. Antes de acabar a música ela parou. Ajudei lhe levantar, elogiei e ela pegou-me braço e foi me acompanhado até a saída. Antes da porta ela me disse que este piano era dela, e que tinha doado a igreja por que o marido que tinha dado de presente pra ela tinha morrido o ano passado e que só agora ela teve coragem de se desfazer dele. Eu lhe agradeci pela música e lhe dei um beijo no rosto, saí de lá correndo, toda aquela alegria da música e toda aquela tristeza nos olhos dela lotaram meu coração a ponto de me sufocar, uma mistura de tristeza, esperança, mistura de tantas outras coisas juntas, que senti minha garganta secar, meu coração pular e uma vontade muito grande de chorar.
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(Tenho andado assim meio distraído, meio pelos cantos, meio chorão, as coisas que fazem sentido não fazem sentido algum, as coisas que não fazem sentido já nem noto mais, tenho tido apenas uma coisa em minha cabeça... )
terça-feira, 4 de agosto de 2009
Je panique
Tudo parecia rodar, o strobe piscava muito rápido, rápido demais. Naquela noite, ele se esquecera de por um cinto, seu jeans surrado pendia do lado do bolso da carteira, camiseta branca, blazer preto de sarja com moletom azul por baixo, no braço direito, pulseira de couro dessas compradas na Praça Benedito Calisto ou República (tanto faz). Na mão direita uma lata de cerveja (Nacional). Calçado com seu tênis verde estilo “Allstar”. Cabelos despenteados pelo vento que neste dia dava a impressão de que tudo passava num segundo. Canceriano.
Ela estava beijando um cara que acabara de conhecer, por um momento achou que sua amiga tinha dito algo, abriu um dos olhos e não a viu, mas viu este rapaz (bonito) que passava frente ao bar onde ela estava, era parecia engraçado, ele parecia bêbado, quase que cambaleava pela tontura que o strobe dava. Fechou o olho novamente, em sua mente via a imagem do rapaz, sentiu vontade de rir. Ele apenas tentava chegar ao meio do club, acabara de sair de um relacionamento muito longo, olhava pra todo mundo, mas nem pensava em envolvimento com ninguém. Queria apenas queimar a bruxa na fogueira e suar toda sua tristeza na pista de dança. O strobe parou, ele já conseguia andar normalmente.
O cara que ela beijava disse que ia ao banheiro, ela disse que tudo bem, virou sua taça de uma vez e colocou a no balcão. Ele ouviu uma musica gostava, começar, virou sua lata queria estar com a mãos livres. Ela foi chegando perto, tirou um cigarro da bolsa, ela tinha isqueiro, mas virou pra ele e pediu “fogo”. Ele abriu os olhos e sorriu, ela era mesmo muito bonita, disse algo em seu ouvido, mas ela não entendeu. E colocou seus lábios perto do ouvido dele e perguntou o que tinha dito. Ele sorriu de novo, sorriso branco, boca vermelha, olhos verdes. Eu não fumo foi o que ele disse. Ela pensou em voltar ao bar e enquanto começa virar os ombros e sair. Ele a puxou pela cintura e disse pra ela esperar esta música acabar por que era muito boa. Começaram a dançar juntos.
E muito rápido, muito rápido mesmo, rápido demais até. Eles começaram a se beijar. Ela, olhos castanhos fechados, boca carnuda que encontrava a boca dele. Não perguntaram nomes, um abraço que era como entrar dentro dos braços e corpo dele. Ele tonto, excitado pelo cheiro dela. A bebida nos dois, ditava a intensidade de seus beijos. A pista começou ficar muito apertada decidiram ir pra um canto mais sossegado. Sem tempo, a vontade de mais e além era muito grande. Ele morava com amigos. Ela morava sozinha, o carro dele seguiu o dela. Do lado de fora, chuva e frio dentro de cada carro um desejo que crescia (e como crescia).
Carro dele fora do prédio, carro dela na garagem, ele achou que tudo era bom demais para estar acontecendo, teve medo de que ela não saísse do prédio, pensou em ligar pra ela (mas desistiu). Ela se preocupava, achava que ele tivesse ido embora, o elevador demorava, pensou em ligar pra ele (na garagem não havia sinal). Muito rápido (não o suficiente). Eles estavam entrando no prédio. Elevador demorado. Moro no quinto andar, ela disse, ele encostando seu corpo no dela pensou, “ainda bem que não é no 20°”, e eles se beijaram.
Da porta pra dentro daquele apartamento, nada muito importante foi dito, mas todo o resto foi feito, durante horas, e depois de novo e de novo. Era uma coisa louca, eles eram dois estranhos, mas isso não parecia importar. Era como se o tempo do lado de fora de lá não existisse, era como essa intimidade já fosse conhecida, era com se estes beijos já fossem de lábios “antigos” em suas vidas.
Ele dormiu lá, corpo nu abraçado ao corpo nu dela. Quando ela pegou no sono já brilhava o sol do lado de fora do apartamento. Ao acordar beijos, aqueles de quem acabaram de acordar, mas pra eles isso não importava. E eles esquentaram, e foi muito bom para os dois. Banho, juntos, cheiro de café, cheiro de French Toast, ainda cheiro de sabonete que deu vontade de mais banho. Decidiram sair pra almoçar juntos, podiam andar até algum lugar bonitinho por perto do apartamento dela. Eles comeram e beberam, deram muitas risadas e conversaram sobre tudo que não tinham conversado antes.
Ele a deixou na porta do apartamento. Ela o puxou pela mão e deu lhe um beijo muito sentido. Ele pensou que era cedo demais, mas era o que ele precisava mesmo. Ela achou que foi bom demais, era o que ela queria. Ele foi embora feliz pensando em mandar uma mensagem para agradecer e fez. Ela respondeu logo em seguida, arrumando a bagunça que eles fizeram no apartamento. Mas no final das contas. Eles nunca mais se viram. A vida muda tudo muito rápido, muito rápido mesmo, rápido demais até que dá pânico, insegurança, medo, e esse medo idiota, pânico e insegurança fizeram com que os dois não tentassem. Jogando tudo que aconteceu nas mãos do destino.
(Quando não tentamos o destino faz apenas o que ele quer e quando quer)