domingo, 28 de dezembro de 2008

Volver

Yo adivino el parpadeo
De las luces que a lo lejos
Van marcando mi retorno.
Son las mismas que alumbraron
Con sus plidos reflejos
Hondas horas de dolor.
Y aunque no quise el regreso
Siempre se vuelve
Al primer amor.
La vieja calle
Donde me cobijo
Tuya es su vida
Tuyo es su querer.
Bajo el burln
Mirar de las estrellas
Que con indiferencia
Hoy me ven volver.
Volver
Con la frente marchita
Las nieves del tiempo
Platearon mi sien.
Sentir
Que es un soplo la vida
Que veinte aos no es nada
Que febril la mirada
Errante en las sombras
Te busca y te nombra.
Vivir
Con el alma aferrada
A un dulce recuerdo
Que lloro otra vez.
Tengo miedo del encuentro
Con el pasado que vuelve
A enfrentarse con mi vida.
Tengo miedo de las noches
Que pobladas de recuerdos
Encadenen mi soar.
Pero el viajero que huye
Tarde o temprano
Detiene su andar.
Y aunque el olvido
Que todo destruye
Haya matado mi vieja ilusin,
Guardo escondida
Una esperanza humilde
Que es toda la fortuna
De mi corazon.
Volver
Con la frente marchita
Las nieves del tiempo
Platearon mi sien.
Sentir
Que es un soplo la vida
Que veinte aos no es nada
Que febril la mirada
Errante en las sombras
Te busca y te nombra.
Vivir
Con el alma aferrada
A un dulce recuerdo
Que lloro otra vez.

(Gardel)



(Cena do Filme "Volver"de Pedro Almodóvar - Com Pénelope Cruz)

sábado, 27 de dezembro de 2008

U-Haul




You know how, suddenly you realize,
How life passes faster by.
Living the sensation that you are stopped (stucked) in time.
Feeling that people go thru some things to make you happy, but seems that you are never
satisfy.
And I realized also, I miss the person I used to be,
So curious and eager to do things on my own
I left all that behind and I don’t know why.
Did things I regret and left things undone,
Trying to find myself in people I meet or see
Desiring to be and become after all was left.
But nothing was done.
Thinking about next year, how desperate I want making things different.
Running after what in this year was absent.
Maybe more money, maybe wake up earlier, maybe try to be the old me.
Maybes. Don’t want life to be never again like this; a bucket of maybes.
Want for real, to forget people that were mean to me,
Wishing to forgive them and never more hear or see.
I like the person I’m, no worries about that, but forgot who I was.
I’m going there, because I need to, but (don't) like it here wherever it is.

terça-feira, 23 de dezembro de 2008

Tec...tec...tec.


Fazia o ponteiro, passando de um interminável segundo ao outro.
Tec...tec...tec.

Passaram-se apenas seis segundos das quatro horas da madrugada.
Tec...tec...tec.

Nove segundos, lá fora um silêncio que me dava náusea, decidi levantar e ligar a TV...

Tec-nada-tec-de-tec-bom-tec-passando-tec-essa-tec-hora-da-madrugada-tec.

Peguei então um livro pra ler, mas mesmo Anaïs Nin estava tec-boring-tec e não dava sono.

Leite morno, talvez... Nada. Tec e tec multiplicando-se até as seis da manhã.

Já sei! Peguei uma apostila de contabilidade, agora vai.

Primeira pagina, antes do final...tectectectectectec...sono finalmente veio.

Fui dormir e logo em seguida, trim, trim, trim...nove horas o relógio despertou.

Terei um longo dia de zumbi pela frente.

Tec...
Tec...
Tec...

segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Uma homen-agem aos meus queridos.

Não sabia, o que fazer para agradar pessoas tão queridas. Então peguei uma cesta e nela coloquei um Monstro para assustar a má sorte, pendurei também uma Giacheta, poderia esfriar aquela tarde, um Angel engraçado com um sorriso que faz Women Glow, precisava de mais coisas, no meio de todo este Crap decidi por uma coisa Tri-legal um pouco de Sage(l) com suas flores cor-lilás (dizem que é bom pra curar um monte de coisa) e algumas Cerejasbacanas. Mas, queria ficar “special” então vesti uma roupa diferente, roupa de coelhinho(a) assim meio Dentinho da Páscoa, eu sei wrong season, é quase Natal né, já sei então Bologs! Umas Pinhas poderiam ajudar no meu Ia e Vinha de bicicleta por ai. Obrigado gente por não me deixarem ir embora com os moços da camisa de mangas muito longas, (odeio tênis branco), não saberia por onde começar de novo, sem vocês, a vida poderia ficar um pouco Ardida.
P.S. Teve gente que deixei de fora mas não esqueci, só tava difícil, colocar todo mundo junto e fazer sentido não é "trucker lady ,meio bald, camaleando no cabaré"

Independência ou sorte.


Troquei sim, troquei todas as pedras empunhadas e todas as outras que carregava no bolso do meu vestido e casaco por outras na minha vesícula e rins. Ah! Parece engraçado é? Mas não é, saudade curva agente pra frente. Nos faz adoecer nos faz amargar. Se pulasse hoje no rio afundaria mesmo estando nua, raspada, alma assada. Girava no espeto como frango de TV de cachorro, minha pele tostava e minha alma se consumia, entre o lamber dos beiços dos meus observadores e o afiar da faca do vendedor (fãs sedentos por um pedaço). Sim você já foi um também, mas você cresceu de mim, desencantou era apenas nostalgia de ser recantada em alguma festa quando você me ou-via passar.

Bêbada sedia os teus sussurros ao pé do ouvido, tonta de Cosmos, arrastava meu sapato, enquanto você segurava minha mão, acariciava meus cabelos, sentados num canto escuro de um bar qualquer da Vila, passava sua barba por fazer sobre meu decote. Adora quando não uso sutiã, mas não quando estou com você, só quando chega no meio da noite e estou nua deitada em sua cama. Por isso nunca me pediu pra devolver aquela chave.

Me promete mundos e fundos, mas olhando tua nuca pelo espelho é que sei que você mente. Finjo acreditar por que é bom, é bom ser a outra de vez em quando, não ter a obrigação de superar tuas expectativas. Não ter seu mau-humor matinal. Eu sei! Nada de verdade sai de minha boca neste momento. Digo isso, porque quero me convencer do inevitável, por que sinto que você está escapando entre meus dedos, e por isso, me afogo em suor de meus pesadelos, grito que não sai da boca, boca que queria estar em teu corpo.

Talvez, jamais, estaremos juntos como antes, eu sei, mas me aproveitava das oportunidades que tinha. Oportunidades de fingir que o tempo não mudou nossos rumos e que nossos rumos não mudaram o tempo. Eu vou superar tudo isso, me recomendaram um remédio home(m)opático, ele me ajuda dormir, com seu corpo quente perto do meu, e sua mão grande segurando a minha em meu peito, pelo menos desta vez sei que não ficarei viciada, como fiquei em você. Quanto aquela chave, amarrei às outras pedras que restavam e a joguei ao fundo do Ipiranga.

domingo, 21 de dezembro de 2008

Oi! É, eu te liguei sim...

Queria dizer tanta coisa, queria que você soubesse como estou chateada por você não dar a mínima pelos meus sentimentos. Sim queria saber por que você tem me evitado. E às vezes me procura no meio da noite, vai embora arrependida antes do amanhecer.

Sim, sei que você ainda está puta comigo, como eu já estive puta com você várias vezes, todas que você me procurou pela cidade de bar em bar, bebendo em cada parada, e eu estava em casa esperando por você, tive que trocar meu pijama, sair pra segurar sua cabeça num puteiro qualquer da Augusta.

Eu sei as coisas entre agente sempre foram muito tensas, era na cama que resolvíamos tudo, nos acustumamos com essa tensão existen-sex-cial. Talvez fazíamos o que fazíamos pra poder fazer amor com raiva, amor de reconciliação.

Sim a ligação foi curta sim, não podia demorar tinha muito mais a dizer, mas fiquei com medo. Medo de você não querer ouvir, de você rir de mim, me chamar de mentirosa como sempre faz, sei que é difícil de acreditar em mim, já passei por isso com você. Medo de acreditar.

Sim eu sei que você me ama, que meu perfume ainda está em seu travesseiro, sim eu ainda te amo em todos os segundos que a vida consome, não, não estamos mais juntas, mas é por orgulho, amargo, engolido-a-seco-entre-tragos-de-cigarro.

É eu te liguei sim, queria te dizer muito mais, mas, naqueles poucos segundos complexos da ligação, enquanto você dizia; Alô, alô; Não tive coragem, ouvi tua voz me embananei toda com meus pensamentos e desliguei...

(Ouvindo "Futuros Amantes" Angela Roro)

Do outro lado da linha.


Eu sei que foi você quem me ligou, era de um numero estranho, podia ser um orelhão, na Alameda Santos, perto do teu trabalho, poderia ser de um número de algum amigo teu. Mas sei que era você, aquela respiração angustiada do outro lado, que por segundos me fez crer que era você.

Provavelmente você tem tanto pra me dizer quanto eu pra dizer pra você. Não devia ter desligado, é esse orgulho amargo, que não nos deixa dar o braço a torcer, empurrado-guela-a-baixo-com-goles-de-cerveja.

Se não tivesse desligado teria te dito; O quanto sinto tua falta, quando vou embora antes do amanhecer não é por que eu tenha vergonha, é medo de reconhecer o quanto te amo, e não quero esperar que as coisas mudem, não faz sentido, vamos mudar nós mesmas. Vamos nos encaixar num abraço demorado e esquecer o que passou... já foi, consumido, pelo tempo que envelhece.

Te imaginava parada em pé com o cigarro entre os dedos, nervosa, girando-o de um lado para outro da mesma forma que girava teus pensamentos.Queira-me tanto quanto eu te quero, me ligue novamente, me deixa dizer, que te amo muito e sinto tua falta, que meu relógio quebrou e fiquei parada naquele momento em que nossas vidas andavam juntas.
("Fica comigo esta noite" Angela Roro)

sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Wrong Options and Bad Doings


E eu que não tinha muito... Agora contemplava minhas outras opções, alinhadas uma a uma (como balas no pente) em minha frente, pouco restara pra escolher, pouco restara da própria escolha. Senão tudo que se pode esperar de uma escolha errada. Nada parecia promissor a não ser o tiro certeiro de uma roleta russa ao inverso.


Eu que deixei minha sombra zombar de mim, mesmo, dando passos a meia luz, pândega, (Arrependida), traído pelos próprios pensamentos e imaginação, achava muita coisa, metade verdade, metade mentira, sempre dividi o que tinha, como se fosse, só meu. (outra opção errada, a-certo). Oprimido pela esperança, de refresh em refresh, nada entrava na minha caixa e-mail, nem mesmo os torpedos de bom dia, ou o cantar do “corujão”. Agora que me (se) fodam todos os outros... Torpedos promocionais, não quero concorrer a carros! Não quero tickets para ver shows que não consegui, durante toda a madrugada, comprar o ingresso.


Olhava pelo vidro embaçado da porta, sua voz era distorcida (...), (Não, não é uma arma; é apenas a fivela do meu cinto), como as imagens da casa de espelhos do circo. É, é mesmo, tudo palhaçada. A vida toma rumos, os quais o palhaço desconfia e freira grita (de horror aos pensamentos pronunciados), cansado de olhar pra trás esperando que você me seguisse até aqui. Mas nada escorreu morro acima.


Nada, por vezes pode ser mais abrangente que tudo, por que tudo se define e nada, nada se pode esperar. É como uma queimada que abaixo consome tudo (de saudade) (aqui dentro), quem tem asas voa e quem tem pernas corre e só ficam as brasas e cinzas. Um sopro pode apagar uma vela, mas não pode apagar um incêndio. Pelo menos não este aqui.

Nos embalos do Youtube.

Um grande amigo o Bolog escreveu um post super legal e inteligente sobre o Youtube, eu concordo com tudo o que ele disse apesar de só conhecer a história, de como começou, através dele. Então achei que seria legal falar do lado B do youtube.
Muita coisa bacana e curiosa existe lá, diferente do Myspace pagina de relacionamento que também é um site de divulgação de novos artistas. No Youtube encontramos sempre aquela musica e vídeo que gostamos, aquela “old school” que não se acha mais nem o CD, talvez por que era da época do vinil, sei lá.
Tem coisas bizarras também como os vídeos “2 girls 1 cup” ou “2 girls 1 finger”, mas eu nunca assisti, fiquei curioso pra saber do que se tratava, mas nunca achei o vídeo só a reação das pessoas, que não é nada boa. Deve ser horrível, mas ainda assim estou curioso se alguém souber o que é me conta?
Mas, uma das coisas que mais me diverte no Youtube, são as pessoas que viram celebridades instantâneas, alguns só no cyber space e outros chegam a TV em horário nobre sendo entrevistados em talkshows, bem coisa de americano, seja lá porque fez um cover brilhante de uma canção conhecida, ou por que copiou a coreografia de um vídeo de uma cantora qualquer.
Achei dois vídeos que curti, um é engraçado (Troy Miller), pelo desapego com a self consciousness e outro por que o cara (Single Man) é muito bom mesmo. Eu conheço o vídeo original da Beyoncé e ele dança igualzinho.


quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

"Quem Fo De Bem Sai Saindo!"

Não sei se vocês sabem, mas eles estão despejando os moradores do Edifício Mercúrio, nas imediações do Mercado Municipal, pois ele e seu irmão siamês o São Vito serão demolidos para dar lugar a uma praça.

Sinto pelas as famílias de bem que ainda residem no tal prédio, o Natal ta ae gente! Podiam esperar até que ele passasse, depois do Ano Novo, talvez. Imagino que criar filhos dividindo corredores, escadas e elevadores com marginais, prostitutas e afins, é ruim, mas ficar no meio da rua é muito pior.

O prédio construído nos anos 50 ta detonado, feio, pixado, considerado uma das maiores desgraças paulistanas, (uma favela vertical), com 24 andares e 84 apartamentos, ainda assim está com sua estrutura intacta. (não dá pra controlar quem mora ou deixa de morar lá).

É impossível falar apenas do que se sabe e entende, não sei muito e pouco entendo de certas coisas. Mas, sei que um dia, anos atrás conheci um garoto loiro de olhos azuis que havia sido largado pela mãe. E uma moça, colega de trabalho, da mãe, o pegou pra criar junto com seus outros dois filhos, ela é negra (o politicamente correto é afrobrasileira?). Era mãe solteira (mas, tinha vários namorados que a ajudavam) e com todas as dificuldades e podendo passar por outras mais com um filho branco, (tem que dar muita explicação para as pessoas), sem vacilar pegou o menino abandonado, pela amiga, pra criar.

Ele morava num prédio próximo ao "Treme-treme", e às vezes quando ia visitá-lo era divertido ficar olhando todos os tipos que viviam e passavam pelo prédio, observávamos as putas atendendo seus clientes em um andar, a pianista em outro. Em sua frente, homens trocavam papeis com outras pessoas que passam de carro e famílias saiam com várias sacolas e barracas indo trabalhar na 25 de Março.

No terceiro andar, ouvíamos o cantar rouco de uma travesti e víamos o penar da senhorinha aposentada que olhava o resto da vida passar, junto com o barulho dos caminhões vindo do CEASA, ou no quarto o dançar, em frente ao espelho, de outra pessoa.

Tudo parecia tão colorido, tão vivo e alegre, por vezes triste quando víamos brigas por causa de acordos mal acordados, mas era assim algumas de nossas tardes ou manhãs, debruçados na janela observando a vida diferente da nossa e nem sabíamos do que aquilo tudo (todo aquele intercalar de vidas) se tratava.

Essa é só uma lembrança de um prédio que só fez uma pequena diferença em minha vida, pois eu era apenas um visitante de um prédio vizinho, imagina pra quem viveu lá por mais de sete, doze anos ou grande parte da própria vida.


(Achei que essa musica tinha a ver com o post, peguei umas imagens da cidade, favelas, pessoas, conflitos, street art e fotos de outros prédios abandonados inclusive o próprio)

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Quarta é feira.

Quarta feira acordo logo depois que fui dormir com a barulheira e a gritaria dos feirantes da feira da rua aqui perto, meio quarteirão acima, seus caminhões param em quase toda a minha rua. A feira sempre é a ultima coisa a se fazer antes das duas horas, até esqueço algumas vezes...

Ponho o lixo pra fora, tranco meu portão e lá vou, hoje não levo mais sacola, pois sei que ninguém merece ver frutas apodrecerem na fruteira, viver sozinho é isso, dividi-se quase tudo com o lixo.

A feira é um lugar interessante, entre outras pessoas, a moça gorda que mora na esquina, passa, com seu minúsculo shorts branco, “Olha a uva fresquinha” – Grita o feirante fortão,todo tatuado e de regata . Faz biquinhos.

Ela continua seu trajeto, carregando uma sacola, sob suas axilas com pelos crescidos. “Tenho manga madura, sem fiapo, boa de chupar” – Grita outro feirante gordo e todo suado. Cara de susto ela faz.

Ela continua e mais umas barracas adiante, com seu top, deixando umas gordurinhas à mostra ela para na barraca do pastel. – "Dois especiais, por favor. É pra viagem!"

“Minha banana não é Nanica não, é de Itu” – Grita o homem das bananas. Ela olha para trás com ar de deboche parecendo não acreditar ele é um japonesinho, meio velho e desdentado com cara de safado e pequenino. E eu que vejo toda a cena morro de rir e continuo com minhas compras.

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Arrumando, cantando e lembrando

Ah! Calcanhoto companheira...


(Vambora) Ano Novo chegando ainda minha casa não está totalmente pronta, ainda algumas coisas empacotadas, “entre por essa porta agora” livros, CDs, vídeos, pornô, aventura, terror, “por que meu coração dispara quando tem o seu cheiro dentro de um livro”.

Tento achar um lugar pra cada coisa, má tem tralha viu, dá vontade de jogar tudo fora, “na cinza das horas” muitas fotos antigas, muitas cartinhas, bilhetes, diga que me adora, você tem meia hora.

E não sei onde por tudo isso, separando pilhas de coisas, livros, memórias, empilhadas num canto aqui dentro, “é o que o tempo leva”, mas enfim preciso acabar com essa arrumação, só parei um minuto para ver se desencanava, foi ontem. No hoje ainda,

Mais, “ainda tem o seu perfume pela casa”. Acho que não consigo, já está tarde e não fiz a metade do que deveria ter feito, “dentro da noite veloz”. Só mais um pouco de arrumação antes de dormir. "Aa ah a".





(Essa foi minha primeira tentativa de criar um vídeo, com fotos minhas, no moviemaker. Pode parecer "corny" mas só queria traduzir em imagens, a música e pensamentos)

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Na fila conversando com uma vaca.

Quanto é hein?
Vinte pros anônimos e dez para artistas
Não eu não vou pagar tudo isso não, éh, vinte reais é muito cahro é pretensioso pra esse lugarzinho aqui, se fosse nos Jardins, mas aqui é Centro Anhagabaú. (com boca de peixe) Eu vou pagar dez.
Nossa mas por que você paga menos?
Eu sou da classe artística amorr, Tô nem ai se Gianequinha ta ai, sou famosa também táh , tenho DRT.
Que legal será que rola mesmo?
Documentos por favor?
Ai moço segurança olha pra mim... Se acha mesmo que eu preciso de RG, você não me reconhece...te dou leite bemheê. Olha o tamanho das tetas...Sou famosa viu...Várias capas de revista nacionais e internacionais, váhrias (carioqueiz) Globo Rurais. Várias Wild Life. Fui até imortalizada no Cow Parade de N.Y.
Pois é vaca famosa sem RG aqui não entra, sorryee.

domingo, 14 de dezembro de 2008

O amor é confuso e pode ser lido de várias formas.

Não quero te perder.
Mas a vida passa e...
Precisamos de um novo começo
De outro jeito.
Quero repetir tudo de outra maneira.
Não consigo esperar e sei o por que.
Se não falo, preciso escrever.
Não consigo mais ficar parado.
Quero que você suma.
Já não te amo mais!
É tudo mentira quando digo.
É verdade
Mas assim não devia ser.
Como aquela historia que minha amiga conta
Isso se repete e se repete.

(Inspirado por um texto de Clarice Lispector, leia de baixo pra cima)

(reading, chi-chi-chi, old e-mails )

sábado, 13 de dezembro de 2008

Coisas

*
Coisas que falamos e nunca mais poderemos engolir de volta.
Coisas que fazemos e nunca mais poderemos desfazer.
Coisas que não falamos, mas deveríamos, e a chance de dizer, passou.
Coisas que não fizemos e jamais teremos outra oportunidade.
Coisas que pensamos que são maravilhosamente malvadas e deliciosas, e sabemos, lá no fundo, nunca poderemos fazer.
*

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

O homem que virou gelatina.




Era domingo, mas tinha muitas coisas pra fazer então coloquei meu relógio para despertar bem cedo, na noite anterior tinha ficado num bar com uns amigos da faculdade até muito tarde, então acordar cedo era um sacrifício. Como acordar todo dia pra ir trabalhar, meu trabalho tem sido uma correria, muito pra fazer, nossa empresa está um pouco que decaindo, essa crise mundial já está chegando nesta filial Paulista, mas como o Natal se aproxima, não poderia deixar coisas pro ano que vem, por que todo ano é assim, vai chegando o Natal fica tudo tão difícil. Tudo. Arrastamos nossas obrigações pro ano seguinte são as festas de fim de ano, eu acho.


Bom, mas ainda na cama ao ouvir o despertador pensei em enrolar mais um pouco deitado, tentei virar pro lado, mas ouvi um barulho estranho parecia que estava sobre um colchão d’água, não entendia aquele som... Virei de novo pro lado do relógio e ouvi o som de novo, mas desta vez prestei mais atenção ele vinha do meio da cama, do meio do corpo, achei que algo que comi no buteco me fizera mal; então podia ser, só, minha barriga reclamando, coloquei minhas mãos sobre ela, ela estava mole, flácida, úmida, levantei o lençol, correndo, para olhar o que estava acontecendo, ela estava com uma cor alaranjada.


Começava subir por minha garganta um calor e o desespero tomava meu corpo, tentei levantar e coloquei uma perna pra fora da cama, com dificuldade consegui, mas quando me apoiei em minha outra perna quase fui ao chão, minhas mãos bateram contra a parede e deixaram nela uma macha laranja e viscosa, virei as palmas sentido meus olhos e elas estavam quase transparentes.


Sentia algo escorrer pelo meu rosto achei que era suor, frio, pelo esforço e sofrimento que passava, então tentei secar minha testa com meu antebraço, mas ficou mais melado, meu braço melava meu rosto e meu rosto melava meu braço.


Escorando-me cheguei ao banheiro o único lugar onde tenho espelho em casa, ascendi a luz para ver melhor, eu estava todo laranja e quase transparente meu rosto, meu peito, meus braços, minha barriga escorria de mim pelas minhas coxas, quase via o outro lado.


Abri correndo o chuveiro, achando que estava sonhando e precisa de um banho para acordar, quando a água tocou meu rosto estava morna, comecei sentir uma sensação boa, havia passado o desespero, sentia uma calma enorme, alívio, mas não percebia que a água morna me fazia escorrer pelo ralo.



Gosto esquisito

Hoje acordei sentido um gosto esquisito na boca. Não, não era gosto de guarda-chuva, eu nem bebi ontem à noite, na verdade minha vida tem sido um tanto quanto pacata, saio de casa, super cedo, levo duas horas pra chegar ao trabalho, quando chego lá, sigo minha rotina de sempre.

Ligo meu computador, faço o login no sistema, penduro meu paletó na cadeira e vou à cafeteria pegar um café, com leite, por que tomo café demais (o médico disse que era melhor com leite); Desço de novo para o jardim do prédio que fica na entrada e fumo um cigarro, e volto pra minha sala de novo, finjo trabalhar, no almoço, quase todo dia, vou num kilo aqui do lado, com uma amiga (gostosa), que até me dá uma bola, mas é casada então finjo que não noto.

Ela sempre faz piadinhas sobre como minhas pernas devem ser grossas, por que eu joguei muito futebol quando era moço, com meus olhos verdes, estou quase com quarenta anos, mas ainda sou bonito e solteiro, corro na academia enquanto leio um livro, finais de semana sempre vou nadar num clube que meu irmão é sócio, somos bem parecidos então entro com a carteirinha dele.

Depois do almoço, ainda desço pra fumar outros cigarros e pego outros cafés, preparo meus relatórios super rápido pra quando der seis horas eu possa sair correndo e ir pra rua.

Sempre saio correndo para parecer que tenho um compromisso super importante, para que as pessoas não desconfiem que sou sozinho, quando me chamam nas sextas pra ir ao happyhour, eu sempre digo que tenho algo pra fazer, mas na verdade, às vezes, pego o metrô só pra ver gente diferente, vou de um lado para outro. Vou da linha verde pra azul, pra vermelha, pra azul de novo e volto pra verde que é linha que me leva pra perto de casa.

Chego em casa descongelo algo pra comer, pego um livro e leio enquanto como, (não tenho TV), até me dar sono. Tomo banho escovo meus dentes e vou dormir, pra começar tudo de novo no dia seguinte.

Mas ontem foi diferente, acho que por isso sinto este gosto em minha boca, eu me apaixonei perdidamente por você, na linha verde eu te vi, estávamos indo pra mesma direção, você com seus cabelos vermelhos e encaracolados, passei por você e tentei pegar teu perfume, ele está na minha memória, sua pele branca com sardas, seus sapatos de saltos super altos e suas unhas vermelhas, meu DEUS, queria que você tivesse sentido seu coração parar por mim como o meu parou por você. Acho que este gosto de minha boca deve ser paixão.

(Pracy)

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Ele, telefone, o outro e eu com isso e isso errado e esperando por aquilo e aquilo certo.


Ele – Olá boa tarde!
Eu – Boa tarde entra!
Eu – Nossa demorou era pra você vir aqui antes das 13h.
Ele – É final de ano todo mundo quer fazer um “upgradi
Eu – Entendi (meio impaciente)
Ele – Então a ordem de serviço é essa, é pra fazer isso e isso?
Eu – Mas, não foi isso e isso que eu pedi; Pedi aquilo e aquilo.
Ele – Estranho. Vou ter que estar ligando na central.
Eu – Tudo bem ligue então na central pra saber o que aconteceu.
Ele – Então “outro” o “Eu” disse que ta tudo errado, ele não quer isso e isso não.
Outro – Mas é o que mostra aqui. Vou estar ligando pro “Eu”
Telefone – Trin, trin...
Outro – Olá “Eu” tudo bom? Então senhor estou ligando pra estar confirmando a ordem de serviço.
Eu – Não existe ordem de serviço pra confirmar por que o serviço está errado!
Outro – Não é possível senhor, está no computador e o computador não erra.
Eu – Então o computador não erra, mas a pecinha que fica na frente dele vendendo serviço pode errar não é? Eu pedi aquilo e aquilo e não isso e isso.
Ele – (apenas observando e escutando)
Outro – Senhor dá pra você estar explicando que não estou entendo.
Eu – Então, quando me ligaram me ofereceram aquilo e aquilo isso eu tenho e outro isso viria junto com o aquilo, um isso tá certo, mas tá faltando um aquilo.
Outro – Senhor, ainda não estou conseguindo estar entendendo.
Eu – Tudo bem explico de novo. (puto já). Aquilo e aquilo ao contrário do isso e isso.
Outro – Senhor ainda não deu pra estar entendendo.
Eu – Posso te perguntar uma coisa?
Outro – Pode sim senhor estar me perguntando o que quiser.
Eu – Você é bonito?
Ele – (olhos arregalados)
Outro – (gaguejando) Senhor não estou entendo a pergunta?!
Eu – Você só pode ser bonito, acho que você escolheu ser bonito não é?
Outro – Ainda não entendo senhor.
Eu – Explico então, você só pode ser bonito, aliás, lindo, por que você escolheu ser burro como uma porta. (Falei)
Ele – HAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHA
Só então “Eu” me dei conta da grosseria, que feiura!
Outro – (disse nada)
Telefone – Tun, tun, tun, tun, tun

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Madalena

Eu ouvi essa música tantas vezes, mas ontem foi a primeira vez, ao traduzir para o inglês, eu realmente tive goozebumps, não sei se era o contexto no qual fazia a tradução e/ou a reação do M. em descobrir pela primeira vez (como eu) o que uma canção tão conhecida realmente podia significar, pelo menos naquele momento.
.
Madalena, o meu peito percebeu
Que o mar é uma gota
Comparado ao pranto meu.
Fique certa, quando o nosso amor desperta
Logo o sol se desespera
E se esconde lá na serra
Madalena, o que é meu não se divide
Nem tão pouco se admite
Quem do nosso amor duvide
Até a lua se arrisca num palpite
Que o nosso amor existe
Forte ou fraco alegre ou triste
.
Can our hearts really perceived everything which is around? If "the heart is deceitful above all things" how it might not be mistaken now and then?
How can we avoid bad surprises?
How can we not be afraid to love again?
Do we need to let go the past and forget everything done and start all over again with the undone?
Sometimes..."all we need is to let go who we were to become who we will be".

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Tudo que vejo são faróis vermelhos.

Estávamos num “Prainha” conversando, contando piadas lamentado uma bolsa roubada pensando: Aonde o mundo vai parar deste jeito?

Derrepente num impulso, que achei que fosse pressa por causa do horário do metrô, decidi ir embora, quando alcancei a calçada e entre as pessoas que paradas estavam, me senti livre, mas pensei no por que da pressa.

Andando na Avenida Paulista tudo que via eram faróis vermelhos, à minha direita à minha esquerda e a minha frente, derrepente pensei: Pressa pra que? Pra chegar onde? Por quê?

Podia ter ficado mais, ter pegado um ônibus, um taxi podia ter dormido na casa da minha querida amiga, ela não se importaria... mas tive pressa, pressa de ficar só comigo, com meus pensamentos, a visão das luzes entre os prédios (luzes vermelhas, pára-raios dos prédios de trás dos que estavam a frente) desejando que fossem estrelas (make a whish).

Enquanto descia as escadas do metro, menina bonita tatuada com flores vermelhas em seu ombro direito (americam, talking about how much she likes aipins), desço as escadas, espero no verde para ir para a azul.

Moço de pólo vermelha com listras brancas olha pra mim... estranho ele vai até a frente e volta, sinto receio me afasto.

Conversa Incidental

- É esse o metro que vai pro Paraíso?
-Sim, é!
-Puta que pariu! Verde, azul, vermelha.
-Puta que pariu mesmo, vermelho lá no final é longe, demora.
- É, eu moro aqui perto, mas meu coração estava tão acelerado, eu não consegui parar. (whishing yours felted the same about me)
-Por quê?
- Dois meses sem falar com minha ex e ela me ligou hoje. Estava bebendo sozinho aqui na Paulista das seis horas até agora, sozinho! (era meia noite já). Senta do meu lado, por favor?
(Ele precisava desabafar, e eu sou apenas a testemunha, você não se lembrará de mim, mas você está escrito aqui.)
- Ok!
-Então véio, nós namoramos sete anos e ai ela terminou comigo do nada, sem explicação (even though I try, u wouldn’t let me explain), eu insisti...
-Você não ligou?
-Liguei, mas ela não atendeu.
- Mas você atendeu a ligação dela hoje e agora vai assim mesmo?
-Sim, por que eu amo. (Do the same for me)
-Cara sua estação.
-Me dá um abraço véio, valeu brother!
-Cara boa sorte.
-Tchau
-Ciao


Continuo com meus pensamentos...

Observo a menina que sentada se despede do namorado e enquanto ele sobe as escadas ela faz gestos com os braços e mãos significando um coração, um vento sopra e em meio o abafado do metro e sinto arrepios.

Observo o menino “japonesinho” jogando como doido em seu celular, a menina de cabelos vermelhos e patas de bode, que me olha pelo reflexo da janela, o tiozinho que cansado ronca no final do vagão e todas as outras caras e sapatos, poderia descrever cada roupa, cada penteado, cada expressão, cada pessoa e contar sua história (inventada) em meus pensamentos.

Eu sou apenas a testemunha dos faróis vermelhos, das luzes vermelhas, das tatuagens de flores vermelhas, das camisas pólo de cor vermelha, dos cabelos vermelhos, dos crações acelerados vermelhos (just like mine). E é só quando me aproximo de casa, num prédio recém construído, o alívio de sentir ao cheiro noturno de flores brancas, podiam ser Damas da noite, Jasmins, Rosas Madeira, mas não sei o que são, apenas me agradam, algo me consola nada mais de vermelho nem os faróis, estão todos verdes e as flores são brancas.

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Gravity.

Something always brings me back to you.
It never takes too long.
No matter what I say or do,
I still feel you here 'till the moment I'm gone.

You hold me without touch.
You keep me without chains.
I never wanted anything so much
Than to drown in your love and not feel your rain.

Set me free, leave me be.
I don't want to fall another moment into your gravity.
Here I am and I stand so tall,
I'm just the way I'm supposed to be.
But you're on to me and all over me.

You loved me 'cause I'm fragile.
When I thought that I was strong.
But you touch me for a little while
and all my fragile strength is gone.

Set me free, leave me be.
I don't want to fall another moment into your gravity.
Here I am and I stand so tall, just the way I'm supposed to be.
But you're on to me and all over me.

I live here on my knees
As I try to make you see
That you're everything I think I need
Here on the ground.

But you're neither friend nor foe
Though I can't seem to let you go.
The one thing that I still know
Is that you're keeping me down
You're keeping me down, yeah, yeah, yeah

You're onto me, onto me and all over
Something always brings me back to you
It never takes too long


domingo, 7 de dezembro de 2008

Cheiro de chuva

Adoro o cheiro da chuva logo que molha o asfalto quente, é um cheiro peculiar, cheiro de chuva fresca e asfalto ardido, me lembra tanto minha infância dias longos de horário de verão, quando ela começava corria tocando nas casas dos amigos vizinhos para irmos tomar banho de chuva, era divertido, correria, gargalhadas, um jogando o outro na poça d’água ou batíamos com pé de lado nelas pra molhar quem já estava ensopado. Adorava sentir os meus cabelos caindo no rosto, roupas grudadas ao corpo o que não nos limitavam em aproveitar uma coisa simples e normal como um final de tarde com chuva de verão.

A ponte.

São os braços que ligam um lado ao outro, mas que adianta ser só a passagem? Pois ela apenas conecta, mas não é capaz de manter, absorve um pouco da felicidade dos encontros e o pezar das partidas. Chinelos, sapatos, saltos, botas, calçados que partem no peso do arrastar ou na pressa de chegar é apenas isso que leva em suas costas, nada fica, tudo e todos querem se conectar ou desconectar de algo, se prender ou se desprender e é por meio dela que acontece. Superando grandes alturas ou grandes profundidades já uniu povos e amantes, amigos vindo de lugares distantes, também já separou famílias e as dores vizinhas, mas ela está lá pra esperança de alguns ou pra solidão de outros.

Eu falo demais.

Eu preciso encontrar um jeito de controlar minha boca, sempre falo demais, sobre mim mesmo, e sobre o que penso sempre me coloco em situações que não deveria me colocar um amigo americano (G) uma vez me disse que tenho muita opinião e que nem sempre estou certo, concordo com ele meu problema não é ter opinião, (creio), uma vez que todo mundo tem a sua própria, meu erro é expressa-la a minha maneira. Fuck!

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

"Da porta pra rua é o mundo".



Por mais que nossos pais nos dêem uma boa educação, existem coisas que só aprendemos com a vida, com o mundo, às vezes (ou sempre) ser “street smart” é a única coisa que pode nos salvar, de situações embaraçosas ou salvar de verdade.


Pensando em que meu amigo ”P” disse uma vez: “Dá porta pra rua é o mundo”, concordo com ele, se assim como eu sou esquisito e tenho amigos esquisitos (very special people) imagina a quantidade de outros esquisitos (doidos) que existem por aí.


Algumas das coisas que aprendi:


Não esperar por um taxi usando boné ou casacos com muito volume na cintura, quando em ruas escuras, (eles nunca param).


Não puxar assunto com taxistas, alguns são mal-humorados (vão te ignorar) outros são capazes de engatar em conversas (absurdas, sobre anatomia) que não acabam nunca, (ou podem querer falar de assuntos que você não está a fim de falar).


Ah! E se você estiver só (zinha) nunca sente no banco da frente ao lado dele, (ele pode confundir sua coxa com o câmbio).


Se você estiver andando por uma rua escura, alguém te perguntar pelas horas, saia correndo, (pois nessas ruas skates voam e encontram seu rosto).


Seja cordial com o travesti que faz ponto na esquina da rua, diga boa noite e se te pedir um cigarro dê sem reclamar. (Ele (a) pode te salvar do skate voador).


Se uma pessoa estranha sentar ao teu lado no metro, levante-se e mude de lugar, se estiver cheio desça e espere outro, se estiver atrasado, finja dormir. (algumas dessas pessoas estranhas babam).


Nunca fique enfrente a porta do metro em horário de pico, principalmente quando chegar às estações Ana Rosa, Paraíso ou Sé. (as pessoas sentem uma necessidade “de você” e decidem te levar junto com elas).


Se encontrar um (a) colega do trabalho ou escola numa balada GLS;

Se você for homem (mulher), não tente se explicar e muito menos faça perguntas (você pode descobrir que ele (a) tem um crush on you e ele (a) não vai entender se você disser que não é gay, mas suas amigas (os) são). Smile and nod from far away.

Se você for mulher (homem), chama a bicha (sapa) pra almôndega.


Ah! E se você se chama Jorge, masca chiclete, toma Coca Light e pratica Pilates, omita alguma dessas coisas numa dinâmica de grupo em uma entrevista de emprego. (pode causar crises de risos nas pessoas do grupo, não sei porquê).

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

O Modêlo Milionário.

"De que vale ser um jovem encantador se não tiver bastante dinheiro. O romance é privilégio dos ricos e não profissão de desempregados. O pobre deve ser prático e prosaico. Vale mais uma renda permanente do que o dom de fascinar."

(Oscar Wilde)

Quem sou eu pra discutir com Mr Wilde, mas também não preciso concordar a hundred percent.
Everything pays off for poor Hughie, meaning that sometimes is richer to be fascinating than to have a rich wallet.

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Something old, something blues.


(Watching some old videos of Billie Holiday)


Sadness when seeing old pictures of you and me, looks like an old movie with minor tonality, scraped memories of times without imagining an ending to come...


Sometimes thinking (whishing u) of your unhappiness to match mine, hating things that we used to like or do together...But that is the price of loosing something old and is something that makes me blue.


The joy of past times and a past live, together dreams going along (now) in different paths, different ways...


Damned echoes of laughs that keeps me awake or wake me up in the middle of the night, searching for your body next to mine, so sad “travelin’ light”


Sweat sweet dreams that fall apart constructing new ones, something new, something golden that shines after what was left of something old, something blues.


“Ma man don’ love me” (on the radio). Anymore will be able to say we, so you (and me) are in front of the past, trying to forget something old, facing the future something like blues. “Awful mean” those past happenings which I saw and see.

And it isn’t “summer time” anymore, a long winter came, frizzing down the sadness in the ground and the “strange fruits” (love) are frozen in the trees, nothing or anyone to come outside and play just wishing (inside) to be listen and prays.


There isn’t poetic or sad song that would sing my blues, not even the real old ones from the slave’s hearts, twisted mellow sounds in the background, distorted ideas of what was supposed to be there in the coming future like the “moon brewin’” hopes so hard to believe because I can’t touch (u) what I can’t see.


What I see right now? All I see around is myself in my “solitude” singing alone the old blues.




sábado, 29 de novembro de 2008

Balanço


Como andar para trás, retroceder a Curupira anda e anda pra frente mas seus pés mostram outros caminhos. Pensando nisso me pergunto: Será que precisamos mesmo revisitar nossos própios erros (passados) para lembrar que errar faz parte da vida assim como acertar também?

Como quando criança eu balançava no balanço de um playground perto de casa; “Ia” pra frente e deitava a cabeça para trás ao voltar do balanço, para olhar o céu, era uma sensação tão boa, uma sensação (inversa) de liberdade.


Horas me sinto assim, num eterno balançar pra trás, corpo movendo-se no ar que passa rápido por ele em uma contemplação infinita de um céu azul infnito.

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Foi um sorriso que passa, passou não sei ao certo ainda. Somente o tempo...




Escondido atrás de um enorme celular a frente de olhos verdes, rodeado por sua pele, envolto em seus lábios. Somente um sorriso. Ou me posso dizer que foi mais que isso?


Sim. Foram dias, milhas, kilómetros, foram risos e sorrisos, soluços e mágoas... Kilos e kilos de sal e açúcar, armadilhas deliciosas e bobo presente. Tudo misturado, somado e dividido, tudo amassado, sovado, cortado.


De um sorriso a um soluço no escuro no fundo do quintal atrás do muro, sapatos grandes pendurados no varal, pesam em seu fio e ele curva para baixo. Tamanho é o peso de quem terá que preencher los, mas passou como se passa a chuva, como o pássaro para de cantar ao anoitecer.


Começa um novo dia de uma nova época de tão cheio, eu, de velhos clichés... Eu não escrevo isso para você, pois creio que não vai entender e se entender, não quero te envaidecer, eu escrevo isso tudo para mim. Para guardar numa gaveta e nunca esquecer ou queimar para sempre da memória o que o sorriso é (foi) pra mim.


Um gemido no escuro, uma realidade, um passado feito de presente, e onde se escondeu o futuro?


Talvez nos grandes sapatos pendurados no varal a frente dos soluços atrás do muro.


Como concluir algo que não acaba ou se conclui, conclua a partir daqui o que não se pode acabar ou começar, elipses que se rodeiam, que falam de nada e nada concluem.


Apenas um sorriso que está na lembrança: um final de Julho de um ano bem passado pra trás... Onde havia frio e outros sorrisos, mas era o teu sorriso que despertou em mim uma vontade de não pensar em nenhum outro sorriso naquele momento se não o teu.


Mas você sabe que não sou poeta e nem pretendia que você visse isso, acabei te mandando por e-mail por engano, não era pra ser (engano)... Devia ter enterrado tudo isso com as lembranças de outros passados, como as brigas na escola, os amigos que se foram e não voltam mais, os hematomas dos tombos.


É isso tem sido um tombo de quatro ao descer do ônibus na frente do ponto, todo mundo olhando e nem um sorriso pra me ajudar é nenhum sorriso.


(TA, Still)

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Tristeza não tem fim...felicidade sim.

Felicidade em estado líquido nos banha com pura sensação de êxtase, mas é tão volátil que não se prende agente.

Tristeza por outro lado é como espinhos que nascem dos ossos e atravessam a carne rasgando a pele, nos deixa rígidos esticados, dando a sensação de que não podemos cruzar os braços ou pernas por que vez ou outra acabam ferindo outras partes de nossos corpos.

Mas não creio que seja possível dizer que somos a todo o momento 100% felizes ou 100% tristeza, uma coisa compensa a outra e nos lembra que somos humanos, nada abstratos como o divino, porém nada tão concreto quanto o inferno.

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

O Chamado

Sabe, esses dias eu ando cansada, mau humorada, faminta, estou me sentindo como no filme O Chamado.
Nossa mas por quê? Te jogaram no poço?
Ah meu, não, tanta coisa da facul pra fazer uma apresentação de seminário atrás da outra, fora as provas e os trabalhos em sala de aula, Isseys Miyakes, Alexandres Hercobitches, resiliências, "o" abrasão.
Mas os trabalhos são com consulta, as apresentações estão quase acabando!
Adianta? Eu nem tenho toda a matéria, passei uma parte do semestre dormindo na aula, lembra? E pra piorar, gaguejo quando fico nervosa.
Sim mas não creio que isso possa ser minimamente comparado ao filme. E a parte da garotinha esquisita e cabeluda do além? E ainda estamos nos segundo dia da semana, restam 3 apenas para o final de semana!
A fedelha que me leve logo daqui eu não agüento mais!!!
(Telefone toca)
Não é o meu! Eu disse.
Caralho falando nela.
(...)

terça-feira, 25 de novembro de 2008

La cerise;


De petit fleur cor de rosa pendurada ao galho, virou um pequeno fruto verde, que cresceu e vermelho amadureceu, à terra foi, não longe do tronco que uma vez a segurou, seu brilhante vermelho se foi, ficou apenas o caroço que germinou após um tempo.



Assim da terra úmida surge sua pequena folha, sua primeira a mais verde de todas, que dá carona a dois pequeninos caracóis, e ela cresce e eles crescem aos braços de suas folhas, seu tronco maduro e galhos fortes sobem bem alto;



Segurados em suas folhas estão eles pequenos que crescem com sua casa em suas costas e de cima contemplam o mundo de uma forma diferente, com uma nova visão... Do alto.


(Para PSOT)

domingo, 23 de novembro de 2008

Papo de Buteco

Sentado na mesa de um buteco com dois amigos, um de 19 e outro que havia completado 21 naquela mesma semana. Estávamos esperando dar o horário pra entrar num clube, então bebíamos uma cerveja e falávamos de coisas engraçadas, cada um lembrando uma história pior que a outra, só que eles não falavam deles, pois afinal são bem novinhos...ai cai na besteira de contar a história de um "amigo" (Que na época dele havia sido uma pessoa muito famosa), e que nesta mesma época obscura, (somente flashes), dançava num extinto clube cluber usando apenas um par de patins e cuecas de pelúcia...imagina só a cara dos meninos...Quem tem coragem de fazer such a thing? Um pergunta.
Hahahahahahahahahahaha! A reação do outro.
Até explicar o que pegava naquela época...bom tem gente nova que, mesmo sem entender, gosta de coisas old school, não é? Whatafck!!

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

No metrô

Sentado no metrô, minding my own business, lendo meu livro. Você entrou meio que carregado pela moça, olhei como quem olha pra qualquer outra coisa, a placa do nome da estação ou o relógio. (tirar o celular do bolso da calça apertada é foda).

Sentaram-se bem perto de mim.

Percebi que você olhava pra mim, mas me forçava a não olhar pra seus claros olhos azuis penetrantes... Seus cabelos bagunçados indicavam que você e havia acabado de acordar.

Sua pele branca e macia, rosada nas bochechas, sua boca semi aberta parecia querer dizer algo... Ai você disse:

Babababaaiouê. Heiepe

Não me contive e comecei a rir... Já quase descendo na minha estação; Que criança mais linda, disse eu a tua mãe e você sorriu ainda mais, uma gargalhada tão gostosa, gargalhada de bebê. Daí beicinho cara triste deu até vontade de voltar.

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Cidade


Adoro acordar e ouvir o som dos carros que passam numa famosa avenida perto de casa, sons de freadas, buzinas e roncos de motor de caminhões, são como os passarinhos que a longo tempo não ouço por aqui.

Abro minha janela e vejo mais um belo dia cinza começando, em meio à neblina da cidade avisto outros vizinhos, dos prédios aos lados, acendendo suas luzinhas (pequenas) siluetas e movimentos de um lado para outro em seus pequenos apartamentos.

Imagino que jamais conseguiria viver senão em outra cidade grande e cinza, onde pessoas passam todos os dias umas pelas outras (anônimas), alheias. Gosto disso, gosto de ter minha imagem livre de qualquer coisa que me vincule a outra coisa, gosto de ser assim invisível, apenas mais um, em meio aos carros, gosto de ser descoberto e esquecido quando atravesso a rua enquanto o farol está fechado para pedestres, a lembrança de mim é apenas um vulto e o eco da buzina, que me segue até eu chegar à outra calçada. (Eu sou o amigo que atravessa a rua).

No meu dia a dia observo as mesmas pessoas que entram em ônibus e metro sempre no mesmo horário, sempre sem nome, a caminho do trabalho, escola ou sei lá pra onde. Não sei se me percebem da mesma maneira que eu as percebo, olhos puxados, verdes, castanhos, cabelos, cacheados, lisos, alisados, altos, baixas, magras ou gordos, são apenas mais alguns rostos que lembrarei depois, talvez os veja novamente talvez nunca mais, é essa a beleza de não ser.

O entardecer é belo, o céu vai se tingindo de um azul escuro misturado ao cinza da poluição, o laranja do sol se pondo, avistado apenas por entre os prédios ou quando vou para o meio da rua, é diferente, é cor de sol se pondo na cidade, é tinto como tinta feita por pintores, nunca igual à outra cidade.

E o anoitecer? O céu é de um azul profundo, azul da meia-noite quase negro, nenhuma estrela brilha, as luzes gritantes daqui de baixo ofuscam as luzes tímidas lá de cima, como em desenhos de artistas contemporâneos, os prédios se misturam ao fundo, vê-se apenas as luzes amarelas dos apartamentos, por vezes solitárias, por vezes mudas no meio do balançar dos galhos soprados pelos ventos que se prendem em meio aos prédios.


terça-feira, 18 de novembro de 2008

Arrastando tudo.


Os ventos que sopram do norte já te avisam dos perigos que têm por vir.


Arrastando, tudo que se move e que está preso a terra, com suas asas grandes e pretas como se tudo abaixo fosse pó.


Arrasta a mesquinharia do homem e a gargalhada da velha mulher que tece sua teia, choros, soluços e sorrisos ecoam no silêncio sonoro que mais parecem trovões.


Candido ou perverso, vícios malditos ou hábitos deliciosos... Miséria e riqueza, tudo, reboa ao seu passar sentido ao sul, dizem que o inferno está nesta direção, deve ser por isso que nela vai... carregando tudo pra cima pra levar pra baixo.


A maldita é até bela, com sua couraça metálica reflete a luz da vida e dá ao poeta a alegria, da dor, para compor, também ao compositor, dizem que sua irmã até inspira alguns também, porém ela é mais contida e pálida, (disforme pelo balançar de quem ri).


É a tristeza que canta as canções mais bonitas, (talvez sejam os gritos e risadas que formam sua melodia), e compõe os versos mais belos, (toda miséria do homem e riqueza), que motiva a saudade do pintor traduzida em tela, (todos os rostos de gozos e amores).


Sua infame intrínseca que não me deixa.


(Para APN)

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Final inevitável

Esta semana será curta, e o final de semana será longo.
Tanta coisa pra fazer final, inevitável, de ano está chegando e o de semestre já me pegou. (Provas, Barbies, trabalhos, vestidos, seminários, modelagem, apresentações, calças)
Todo mundo tem pressa, porém a cidade parece ficar mais alegre mais colorida e muito mais cheia.
Andei pela 25 de Março um desses dias, precisava comprar tecido pra um trabalho da facul...
Tanta gente, dá até um pouco de bode. Todos correm de um lado para o outro, atravessam as ruas na frente dos carros, até mesmo quem anda de bengala, carrega sacolas enormes...Esse é o espírito do Natal chegando?
Na verdade não gosto de Natal, acho chato, prefiro o Ano novo, muito mais divertido...aquela velha idéia de novo:
Tudo será melhor ano que vem, bom assim pelo menos, todos esperamos.

Se ela viesse!


Esperava que a chuva viesse, mas ela não veio.
Os ventos levaram as nuvens pra bem longe, queria eu ter ido junto, pois não sei ainda agüento ficar sentada nesta cadeira, equilibrada em uma perna só, em cima desse muro alto, tão alto.


Difícil de equilibrar-me, quase nem me movo...às vezes uns peixes estranhos e voadores passam por aqui, eles podem ser bem malvados, ficam dando rasantes sobre mim, tentando me derrubar os gatos da janela apenas olham e sorriem podiam 'estar' fazendo seu trabalho...se pegam pássaros e gostam de peixes, combinação melhor não há...peixes voadores? Pode!


Mas também nem sei mais... o que pode e o que aqui posso, nem sei se ainda estou, parece confuso tudo isso. É como levitar sobre você mesmo. Parece uma inércia incoerente como da amiga Alice, que tortura, sou mais o “Floating World” do que aquela so boring Wonderland (full of little boys).


Depois de passar tanto tempo aqui, aprendi a observar e entender as coisas: Espinhos disfarçados de rosas, cobras com pés e mãos, que estranho não é? E as corujas com olhos na nuca que podem ver, até, através da gente?
No escuro da noite dá medo.


Por isso queria ir com as nuvens, pra onde elas me levassem ou pra onde ninguém me conhece, já não sou mais novidade aqui...
Aiê, não ser novidade não é legal. Meu vestido já desbotou de tanto sol, meus cabelos já perderam o viço de tanto sereno que tomei... mas acho tão bonito ver o dia nascer daqui de cima, me dá esperança sabe? Parece uma chance de recomeçar ou começar algo novo, mas estou stucked aqui, talvez cair ou pular fosse a melhor opção, mas e o medo de não saber o que me espera lá embaixo, pode ser pior do que realmente é ou melhor? Quem sabe?


Na verdade nem lembro como cheguei até aqui, acho que talvez tenha sido um tornado, talvez foi depois de um pesadelo, será que isso não é um sonho?
Nunca me disseram o que há além daqui, talvez não existe nada lá embaixo, talvez há apenas, um, eu.

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Quinta

Acordar. Preguiça....muito sono, talvez mais dez minutos..melhor ir tomar banho logo senão ficarei aqui...até o horário da facul.

Banho. Quase frio pra ver se desperto, demora, me apresso.

Café em pé na cozinha, olho relógio, vou me atrasar..que roupa vestir?

Tudo parece okay com excessão das calças ficando cada vez mais folgadas, who cares a essas horas.

Sapatos, camiseta, carteira, material....perfume.

Porta, portão, calçadas, rua acima...anda, um, dois, três...vários quarteirões; Metro....nunca há lugar pra sentar.

Livro...São Judas, Saúde, Praça da Árvore, Santa Cruz, Vila Marina, Ana Rosa, Paraíso, São Joaquim, Liberdade, Praça da Sé...fecho o livro, all hell on earth, linha vermelha...empurrões, estica braços, sede, não se move, fede, finalmente República.

Aula, que saco a hora não passa...sono, ela não me deixa dormir...me cutuca sorri pra mim, fala algo, rimos juntos.

Hora de ir embora, volta, não, Butantã....mensagem, espera, espero, esperamos...papos, risadas, água gelada, muito quente em Sampa....

Ponto de ônibus, olhos verdes, raquete de tennis...Sobe a Consolação?

Sim.

Bora!?

Fome lanche no buteco da esquina. Facul...mudaram as aulas de hoje, sem o material necessário; Putz! Lembro da mensagem de logo cedo. Trabalho pra nota também...Fudeu!

Embora? Agora sim...Princesa Izabel...ônibus...livro, Rio Branco, Anhagabaú, Nove de Julho, Brasil, Borges Lagoa, Domingos de Moraes, Jabaquara...isso lota, todos querendo chegar, muitas gargalhadas, (quem consegue a esta hora), conversas, não consigo ler, pula demais.

Olho as luzes, pela janela, comércios fechados, uma certa tristeza tudo parece tão escuro, vultos nas calçadas...

Tá lotado ?

Sim! Como sempre.

Mesmo a esta hora?

Sim!

Ciao, meu ponto.

Tchau!

Esperar farol fechar pra cruzar a rua...mais calçadas, postes, carros que vão e vêm.

Chaves, portão, porta, luzes, TV, computador.

Teclado, teclado, teclado....

Preciso ir dormir.

Ainda bem que amanhã é Sexta-feira.

Ufa!!

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

54



54 ... se passaram e sei que muitos outros estão por vir... Acho que chegou a hora de seguir meu caminho sem olhar pra trás, por que do passado nada resta, senão estilhaços, e muito menos nada se pode esperar.
O que passou ainda não é metade do que está por vir?


Que surpresas boas me reservam o futuro, que futuro existe senão esqueço o passado que não volta e que dele não consigo me desvencilhar.


Em estilhaços está minha vidraça, ao chão está refletido em seus cacos coisas boas e ruins difícil dizer o que há em maior quantidade, mas quem é que liga? Nada se pode fazer já está tudo quebrado mesmo.

Queria eu nem pensar mais sobre isso, apenas juntar os cacos e seguir adiante, mas como uma insistente abelha, a lembrança zumbe, zomba ao redor de minha cabeça, debochando de minhas tentativas de enxotá-la daqui.


Será mesmo que o passado é e será sempre presente?


Será que estamos mesmo amaldiçoados pelos nossos erros do passado e que uma hora ou outra eles voltam, como os fantasmas do desenho do Scooby-Doo, um lençol branco, sem rosto que arrasta suas pesadas correntes de culpa?


Numbers:


54 = 5+4 = 9 = Número 9 - Cor: Verde/ Azul marinho. A cor do mar evoca a mesma energia do número 9: o mar é um universo à parte, com vários níveis de vida e ambiente, e o número 9 representa a busca daquilo além da mente e além da matéria. O mar contém incontáveis tipos de seres, e o 9 também traz em si muitas facetas, e busca contato com pessoas das mais diversas tendências, e suas mudanças são representadas pela cor do mar, que passa por diversos tons de verde e de azul.


Será??

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

"Meu Deus, protegei-me de meus amigos! Dos meus inimigos eu me encarregarei."
Voltaire
(Mô vc sabe do que estou falando,hehehe)

terça-feira, 11 de novembro de 2008

Come as u r


Venha como fores, venha depois de dores.


Venha depois de outros amores


Venha com flores e mentiras


Venha com gritos e pavores


Mas venha...


Com suas dúvidas e medos, venha


Dos teus e seus ridículos conselhos


Suas olheiras e grandes orelhas, venha


Seus binóculos pentelhos


Apenas venha como fores,


Mesmo depois de outras dores e amores;


Corações mais partidos e menos temores;


Repousar-te em meus braços venha.

Há uma tempestade dentro de mim.

Ai, muita coisa passa pela minha cabeça e eu não consigo dormir, tento ler um livro, ver tv, aí vou e lavo a louça e mais coisas, idéias e palavras vêm até minhas mãos, sinto uma ânsia de escrever as coisas que sinto, e penso, mas está tudo tão bagunçado dentro de mim nem sei por onde começar e é como se tivesse passado um furacão aqui por dentro...sempre é dia de tempestades em minha mente, sempre existem trovões que quebram meu silêncio. Será que sempre serei assim, intenso enquanto não durmo e inquieto quando não sou?
Não existe poesia sem a dor

Por que quando se sangra de amor

É a poesia o que se tem a expor.

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Chic so freak



What means be a Freak Chic? It might means, to some people, be different, wear weird women cloeths and a lot of make up.

But the truth is, who knows? I guess is more then that, is to become something else, bring out, in between your own fetish and the other’s, something unexpected, it can make a heart move faster or just stop beating, make our eyes rolled and mind wonder.

Is that a girl? A guy? How can it moves so lightly wearing those heavy clothes, heavy shoes and make up,a lot of it, how can it be so tall in so many senses?

Once a friend of mine said: “Artists have to hold the knowledge of making their works powerful enough to bring out of us all sorts of hidden emotions. And some of the “Freaks” do that in such a “Chic” way.

They are art in fresh and movement, using their plain bodies as their canvas, making it shine and glow, causing aversion, distorting paradigms and concepts, a mixer of art and body architecture, tons of make-up and a lot of imagination.

I’m very fond of night life culture and people that are different and do not care about being Freak cause they believe that art is Chic and it comes out of our souls in a lot of different ways.


sábado, 8 de novembro de 2008

Gostar

Gostar é assim, (pelo menos no meu caso), agente acha uma coisinha interessante em alguém e curiosamente vai ficando mais fofo com o passar do tempo, ai de fofo vai ficando viciante, começa ser necessário e ai vai crescendo mais e mais, e aquilo que era uma miniatura de Fusqueta, vira uma Scania que se desembesta e nos atropela.

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Festa

Odeio ter que recusar convites de festas, principalmente quande sei que naquele dia não teria nada de interessante pra fazer, mas às vezes não tenho saco de reencontrar muita gente que não vejo a muito tempo ao mesmo tempo, são sempre as mesmas perguntas idiotas e comentários sobre um passado que não volta e nem era tão bom assim.

Mas enfim rejeitei o convite. Não tava no clima não, esse passado pertence a outra época (Por que eu, na minha época, fui uma pessoa muito famosa, hehehehe).

No dia da festa, fiquei pensando que devia ir, mas a distância era grande, o passado sempre é longe. Tinha que usar fantasia na tal festa, sempre tentamos mascarar o passado. Não fui.

Graças a “Shiva” semanas depois vi as fotos da festa...na podia pensar senão, ufa! Me livrei de uma, pelo amor...

Foi Assim, mais ou menos.


(Philadelphia)
Final de Outono começo de inverno não lembro bem, podia ser o final de inverno também.

Eu “Ia e Vinha” pelos corredores frios do C.C.P. alguns dias da semana tinha algumas horas livres entre uma aula e outra e às vezes muitos trabalhos pra fazer.

(Amores vêm e vão, mas amizades verdadeiras permanecem pra sempre)

E em um desses dias, cansado em teimar em não fazer meus trabalhos, lá fui eu para o Estúdio de Cerâmica terminar meu trabalho, supostamente tinha que ser alguma coisa tridimensional feita em barro que lembrasse nosso país, ou algo assim.

(Carência e solidão são males malditos que me derrubam e me assustam, sou filho de mim mesmo quando estou só e pai de todos os pensamentos que nem só, eu gosto de ter)

Sentei-me em uma bancada, elas eram grandes cabiam uns seis alunos, algumas pessoas já estavam lá. Uma menina loira de olhar brilhante e curioso, uma senhora gorda carinha de chata, acho que tinha uma “Afroamericam” bitching about something, também, na verdade não lembro bem.

Quebrava minha fool cabeça antes de tudo isso, pensando em que fazer, mas como nada se cria e tudo se copia, decidi fazer um Bumba-meu-Boy, hehehehe, quero dizer Bumba-meu-boi.

Não tinha um pra copiar, se tivesse também nem poderia levar, era plágio saca.

Bom suava a tanga tentando dar forma pra aquilo, sob olhares da loira de olhar brilhante e curioso, que fazia caras tipo: Que que esse cara ta fazendo? Derrepente entra na sala uma colega de outra aula, uma Americana de cabelos ruivos e olhos verdes, casada com um Italiano, Ammy, era super curiosa sobre o Brasil vivia a me perguntar coisas, era super simpática. Eu que estava quieto, comecei conversar com ela e ela com a moça loira de olhar brilhante e curioso e conversa vai, conversa vem.

Ai, my dreadful accent, can’t talk sometimes, it seems weird. (Após algum tempo de
conversa) Bom o sotaque da Ammy era meio South Phily, coisa de quem vive com Italiano, o da moça loira de olhar brilhante e curioso era meio French (biquinho) meio South Americam Way (sem os balagandans), não podia atestar com certeza, era bonitinho e charmoso. O sufficient para perguntarmos: Where are u from?

She said: Brazil!

Ammy said: Oh!!

I said: Shut up!! (Like in Gossip Girls) Really? (Like in House)

Ammy said: Oh!!!

She said: Yep!?!

Ammy Said: Oh!!!

I said: Okay then we can talk in Portuguese!

Ammy said: (didn’t, she just rolled her eyes)

From that moment on, rolaram muitos cigarros nos intervalos, coffees, risadas e soluços de tanto rir...hehehe.

(Eita vício que cresce e atormenta quando estamos distantes dele)

Depois disso, festas, jantares, baladas, viagens, praias, cidades, alguma milhas já adicionadas à amizade, Philadelphia, New York, Rio de Janeiro, São Paulo, Minas, e até mesmo Santos...

Se tiver esquecido alguma location, please don’t mind my memory.
E com as milhas vieram os anos, as confidências, tighthning friendship e tudo mais que vem com uma grande amizade.

“Existe uma gota cristal metálica” que une o que já está, que busca o que não sabemos onde encontrar, cem mil milhas e 300 anos não é o suficiente para a gota secar.
(U r so dear to me, can´t imagine not having u around, thanks)

Beijos musa S.

Meu!!

"Meu! digam o que me disserem" mas vou te dizer amigo, ninguém, por mais filho da puta que seja merece pegar a linha vermelha do metrô de Sampa as 7e30 da manhã.